Casos Clínicos de Fisiologia
Por: Solange Regina • 7/5/2017 • Ensaio • 445 Palavras (2 Páginas) • 1.330 Visualizações
“ Por que sangrou ?”
Paciente do sexo masculino, com 43 anos de idade, antecedente de lombalgia ocasional com uso de antiinflamatórios, refere dor epigástrica em queimação há 3 semanas, com piora associada a alimentação. Nega disfagia, vômitos e outros sintomas associados. Há uma semana, após recorrência da lombalgia e uso de analgésicos e antiinflamatórios, apresentou piora da epigastralgia, procurando o serviço de emergência. Relatou, ainda, fezes escurecidas e um episódio de vômitos com laivos de sangue em seu conteúdo. Sem outros antecedentes patológicos dignos de nota.
Exame Físico
BEG, corado, hidratado, anictérico, acianótico.
PA: 130 x 70 mmHg.
FC: 90 bpm.
AR: MV presente, sem RA.
ACV: RCR, 2T, BNF, sem sopros
Abdome: plano, flácido, dor discreta à palpação de epigástrio, descompressão brusca negativa, sem visceromegalias e massas palpáveis.
MMII: pulsos presentes, sem edema.
Toque retal: presença de sangue na luva.
Foi realizado EDA com biópsia e após os resultados, medicado com:
Omeprazol 20 mg VO em jejum e antes do jantar por 7 dias
Claritromicina 500 mg VO em jejum e antes do jantar por 7 dias
Amoxicilina 1 g em jejum e antes do jantar por 7 dias
“O problema vem da onde?”
D. Maria tem 70 anos, nasceu em Recife e mora em São Luis há 10 anos, é costureira. Ela procurou o pneumologista com queixa de tosse há cinco anos. Relata que a tosse é seca, piora pela manhã, associada a pigarro e secreção mucóide em orofaringe. Referia, também, engasgos freqüentes, inclusive com saliva. Realizou RX de tórax, de seios-da-face, além de espirometria, que foram normais. Foi, então ao ORL, cuja avaliação foi normal. Assim, foi encaminhada ao gastroenterologista.
Relatou também pirose e regurgitação ácida +/- 2 vezes/semana, relacionadas ao uso de certos alimentos.
Tem como antecedentes ser portadora de rinite alérgica, em uso irregular de anti-histamínicos e budesonida nasal. Ex-tabagista, tendo interrompido o uso há 30 anos.
Exame físico: sem alterações
Foi rrealizada uma EDA que revelou pequena hérnia hiatal de 2 cm, sem esofagite erosiva.
E agora, como tratar essa paciente?
“ Faz tempo que eu sinto...”
Paciente do sexo feminino, 40 anos, professora, procedente de São Luis, MA procurou um gastroenterologista com queixa de diarréia há 3 anos. Relava 3-5 evacuações/dia com fezes líquidas, sem sangue, muco ou pus, associada à distensão e dor abdominal em cólica.
Referia, também, que a diarréia melhorava com o jejum.
Nega náuseas, vômitos, febre e perda de peso.
Exame físico:
Bom estado geral, normocorada, afebril, normotensa.
AR e ACV: sem alterações
ABD: discreta distensão abdominal, RHA presentes, doloroso à palpação profunda, sem visceromegalias,
Exames laboratoriais iniciais:
Hemograma: normal
VHS: 5 mm/hora
Teste de D-xilose: normal.
Teste de tolerância à lactose:
Dosagem de glicemia de jejum = 88mg/dL.
Após ingestão de 50g de lactose: 30’ = 90mg/dl; 60’ = 85mg/dl; 120’ = 87mg/dl.
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