Hanseniase

1 INTRODUÇÃO

Neste presente estudo iremos fazer um estudo de caso em um paciente com Hanseníase que reside na cidade Rondonópolis, a onde o mesmo foi contaminado pelo bacilo Mycobacterium leprae causador da hanseníase, em visita domiciliar encontra-se calmo, consciente, abertura ocular espontânea, respiração espontânea por ar ambiente, comunicativo e ansioso.

Hanseníase que é uma doença crônica granulomatosa, proveniente de infecção causada pelo Mycobacterium leprae, parece ser uma das mais antigas doenças que acomete o homem. As referências mais remotas datam de 600 a.C. e procedem da Ásia, que, juntamente com a África, podem ser consideradas o berço da doença.

A melhoria das condições de vida e o avanço do conhecimento científico modificaram significativamente o quadro da hanseníase, que atualmente tem tratamento e cura. No Brasil, cerca de 47.000 casos novos são detectados a cada ano, com isso paramos para dedicar um pouco mais a essa patologia que merece um olhar minucioso.

A Hanseníase, conhecida como a antiga Lepra, pode ser de dois tipos: Multibacilar e Paucibacilar, sendo essa uma patologia que envolve alguns dos nossos mais importantes órgãos: o Sistema Nervoso e a Pele. Portanto uma doença que envolva estes órgãos tão importante e que pode deixar sequelas irreparáveis, deve ser melhor entendida, o que nos motivou a escolher esse paciente.

A enfermagem tem um grande papel não só na assistência, mas também na prevenção desta doença, ajudando a reduzir os fatores de risco, e com isso, ao longo do presente estudo vamos buscar saber mais da patologia, desenvolvendo assim, um planejamento de cuidados de forma mais humana, individualizada e de acordo com a Sistematização da Assistência de Enfermagem, sendo o presente trabalho, uma complementação teórico/prática da disciplina de Supervisionado I.

2 OBJETIVOS

2.1 Objetivo Geral:

Esclarecer o que é o Hanseníase e seus principais tipos, dando ênfase no subtipo Multibacilar Virchoviana, correlacionando o nosso conhecimento teórico com prática vivenciada na instrumentalização prática.

2.2 Objetivos Específicos:

• Conhecer os fatores de risco para a Hanseníase;

• Adquirir conhecimento sobre essa doença;

• Enriquecer nosso aprendizado.

3 METODOLOGIA

Esse estudo de caso foi elaborado com caráter descritivo/ analítico, sendo a metodologia utilizada a revisão bibliográfica, onde tivemos como base de dados livros acadêmicos e arquivos eletrônicos. Inicialmente iremos abordar sobre anatomia e fisiologia, bem como, a fisiopatologia, epidemiologia, tratamento clínico.

Em seguida iremos realizar a Sistematização da Assistência de Enfermagem, buscando assim, melhorar consideravelmente os cuidados prestados a paciente em estudo. Bem como, a evolução do caso.

Sendo esse um Estudo de Caso desenvolvido com um paciente em campo prático, no Centro de Saúde do Conjunto São José que se localiza na cidade de Rondonópolis, no período de 19/08/2013 à 05/12/2013.

4 RESUMO DO CASO

J.A.F., brasileiro, viúvo, cor branca, natural de Campo Novo - RS, nascido em 04/09/1930, 82 anos, veio para Rondonópolis - Mato Grosso em 1984, mora em uma casa de alvenaria contendo 09(nove) cômodos no Bairro Guanabara nesta cidade. Cliente com histórico de queixas de sensibilidade reduzida na região plantar, ocorrendo então no dia 12/09/2013 uma queimadura, devido ao cliente estar com a sensibilidade reduzida. Após ocorrer essa queimadura de 2º grau na região plantar esquerda, o cliente compareceu a unidade, onde foi suspeitado de um caso novo de hanseníase, foi ao Drº especialista, onde fez exames, e foi diagnosticado a hanseníase virchoviana multibacilar. Começou o tratamento no dia 26/09/2013. Encontra-se no seu 18º dia de tratamento. Foi realizado teste de sensibilidade dermato neurológico, ao ser aplicado a avaliação térmica, dolorosa e tátil, foi observado uma ausência de sensibilidade em região crural anterior e posterior e plantar do lado esquerdo e lado direito com menor intensidade. Cliente encontra-se calmo, consciente, orientado quanto ao tempo e espaço. Segundo relatos da filha cliente está se apresentando irritado, nos últimos dias.

5 EXAMES LABORATORIAIS

Exame realizado no dia 16/09/2013 Valores Normais

VDRL: NR

Glicose: 110,00 60 - 99

PSA: 2,78 Menor = 4,0

Urina: pH 6,0

6 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

6.1 Anatomia e Fisiologia:

O sistema nervoso é constituído pelo tecido nervoso e este é formado por células denominadas neurônios.

Um neurônio compreende: o corpo celular (onde se localiza o citoplasma e o núcleo); axônio ou cilindro-eixo (que é um prolongamento do citoplasma) e dendritos (que são ramificações curtas).

O sistema nervoso central é também chamado “cefalorraquidiano” porque é composto pelo encéfalo (cérebro, cerebelo e bulbo) e a medula espinhal.

Esses órgãos são formados por substâncias ”cinzenta” e ”branca”, devido à reunião dos neurônios (células nervosas). Quando os corpos celulares (citoplasma e núcleo) se agrupam, formam a substância cinzenta. E, quando os axônios ou cilindros-eixos se agrupam, formam a substância branca. O cérebro e cerebelo são constituídos de substância branca por dentro e substância cinzenta por fora, enquanto que o bulbo e a medula são formados por substância cinzenta por dentro e branca por fora.

Meninges

São três membranas que envolvem e protegem o encéfalo e a medulo. A meninge mais externa é resistente e chama-se duramáter; a meninge do meio chama-se aracnoide (é parecida com uma teia de aranha); e a meninge mais interna chama-se pia-máter. Entre a pia-máter e a aracnóide existe um líquido chamado “cefalorraquidiano”, cuja função