O ANÁLISE DA VIGILÂNCIA EM SAÚDE APÓS A PANDEMIA DO COVID19

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ[pic 1][pic 2][pic 3]

 PROGRAMA UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL

ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO EM SAÚDE

Disciplina: GESTÃO DA VIGILÂNCIA Á SAÚDE

Aluno: LEONARDO SEGATELI

A pandemia do Coronavírus trouxe sérios problemas para o Sistema Unico de Saúde (SUS), gerando o desafio de promover, prevenir e cuidar da população, mesmo com a redução significativa de investimentos que vem ocorrendo desde de 2016. Diante disso, a atenção primária à saúde (APS) vem implementando ações emergenciais e cumprindo sua função como porta de entrada preferencial do SUS, mantendo a luta pela universalidade, integralidade e equidade dos serviços ao se mostrar eficiente no reconhecimento das vulnerabilidades do território, perfazendo o sistema de vigilância em saúde (CARMO E TEIXEIRA, 2021).

A Vigilância em Saúde é considerada um eixo essencial da saúde pública, sendo parte fundamental do sistema público de saúde vigente no Brasil, contribuindo, para a qualidade de vida de todos os cidadãos residentes no país. As ações de vigilância devem integrar todas as Regiões de Saúde estabelecidas em território nacional, como regulamenta o decreto 7508, de 2011 (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2014).

A Política Nacional de Vigilância Sanitária tem como competência integrar e  articular a rede de atenção à saúde; os sistemas de informação integrados; a gestão do processo de trabalho; a educação permanente; os estudos e pesquisas; a comunicação e o controle social, associado à regionalização das ações e serviços de vigilância em saúde. Todas essas competências são consideradas essenciais para informar as mudanças nas políticas, orientar as novas intervenções do programa, aprimorar as comunicações públicas e ajudar as agências a avaliar os investimentos em pesquisa (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2014).

Em nosso país, a vigilância em saúde está estruturada pela divisão de atribuições entre os três níveis de governo, com ênfase no poder estatal e autonomia das instâncias gestoras para ação junto à coletividade. A mesma está organizada pelo modelo assistencial fundamentado nos princípios da universalidade, descentralização, intersetorialidade, integralidade e equidade das ações de promoção da saúde dos indivíduos e grupos. Destacamos que a Política Nacional de Vigilância em Saúde (PNVS), integra as vigilâncias: – Epidemiológica, Sanitária, de Saúde do Trabalhador e Ambiental, que é operacionalizada pela abordagem dos componentes da vigilância em saúde no território, no problema e análise de situação de saúde (GUIMARAES ET.AL. 2017).

 Os avanços conceituais e metodológicos da organização das ações de vigilância no âmbito do SUS, estão estruturados pela visão ampliada de saúde, que avança do modelo da história natural das doenças para incorporar fundamentos do modelo da determinação social, dos riscos, agravos e danos, à luz da Epidemiologia (TEIXEIRA ET. AL, 2018).

Através do desenvolvimento de estratégias de monitoramento, estimativas e projeções mais precisas do comportamento epidemiológico da pandemia, e sua apropriação pelos serviços de saúde, foi fundamental a parceria com instituições de ensino e pesquisa, pois, possibilitou o redimensionamento e ampliação, pela rede, da sua capacidade de atenção. A articulação entre a vigilância epidemiológica e a Atenção Primária em Saúde (APS) se mostrou uma importante estratégia de atuação no território. O compartilhamento e análise conjunta dos dados, a investigação dos casos e o monitoramento dos contatos de forma integrada ampliaram a capacidade de detecção de novos casos e a análise de risco de agravamento (PAULA ET. Al, 2021).

Um dos papeis fundamentais da APS é desenvolver ações que possam promover a saúde da população por meio de estratégias de cuidado. Essas estratégias podem ser organizadas de forma individual ou coletiva, envolvendo ações de educação em saúde, promoção e proteção. Ressaltando que a recuperação, a vigilância em saúde, o diagnóstico, o tratamento, a reabilitação e a prática do cuidado integral, realizados através da equipe multiprofissional de saúde também fazem parte da gestão do cuidado (PAULA ET. Al, 2021).

Do ponto de vista de politicas publicas para a Vigilância em Saúde, o primeiro desafio será analisar como a PVNS está implementada para o enfrentamento de emergências e pandemias. Acredito, que essa análise permitirá compreender o conceito de vigilância em saúde ou apenas ações fragmentadas. O primeiro desafio será interno, pois, é necessário rever a utilização e a análise das informações e apartir dai planejar e executar as ações de saúde através da avaliação de indicadores (MATTA, REGO, SOUTO E SEGATA, 2021).

O planejamento da Vigilância em Saúde é fundamental para
controlar riscos em cada território e promover e proteger a saúde da população. Diante disso, o
segundo desafio é externo, e foi testado agora a partir das respostas do poder público e
da sociedade no controle do Covid-19. O coordenador da vigilância à saúde tem um papel fundamental na promoção e proteção à saúde, direcionando ações governamentais a partir de uma articulação intersetorial (CORREA E YAMAMOTO, 202).

Em qualquer um dos cenários é importante lembrar de aspectos relevantes para o melhor aproveitamento das evidências, fornecendo dados com maior precisão numérica, tornando a informação mais específica, portanto, com uma evidência melhor qualificada. Além disso, a avaliação das políticas deve considerar efeitos de período, como ciclos eleitorais (donde as políticas se tornam de governo e não de Estado) e a implementação de ações específicas. Considera-se, pois, importante localizar os principais eventos marcadores das políticas, e a partir deles observar o impacto das ações (OLIVEIRA, 2020).