Osteogenese
Por: anna magas • 28/3/2017 • Trabalho acadêmico • 581 Palavras (3 Páginas) • 308 Visualizações
O osso é um órgão com vários tipos de tecidos e todos eles são capazes de sofrer transformação neoplásica, isto é, são susceptíveis a um crescimento excessivo e descoordenado em relação aos tecidos normais, que persiste da mesma forma exagerada após a extinção dos estímulos que despertaram a sua alteração, formando uma massa anormal de tecido (1). As neoplasias ósseas podem ser primárias ou secundá-rias, de acordo com a sua gênese. As primárias são originárias de elementos teciduais associados ao osso (tecido conjuntivo fibroso, tecido adiposo, vasos sanguíneos ou células hematopoiéticas da medula óssea) e as secundárias, as quais estão relacionadas com a invasão óssea por extensão local ou por metástases distantes (2,3) Em cães e gatos, as neoplasias primárias são mais frequentes e majoritariamente malignas (2). Sendo o osteoma osteóide um tumor benigno com características diferentes do osteossarcoma, o trabalho teve como objetivo relatar um caso de osteoma osteóide apendicular, diagnosticado pelo exame histopatológico, mas com características clínicas e radiográficas similares a um osteossarcoma apendicular. Este tipo de neoplasia pode ocorrer em qualquer espécie doméstica, mas é mais frequente na mandíbula e nos seios nasais de equinos e bovinos. Em gatos e cães representa cerca de 6% das neoplasias ósseas primárias. É usualmente formada no periósteo dos ossos planos do crânio (4, 5, 6, 7). Mais de 85% das neoplasias ósseas primárias do esqueleto apendicular são osteossarcomas (4). Relativamente ao osteossarcoma, verificou- -se que os cães mais velhos são os mais afetados, apesar de ter sido relatada a incidência de um pico bifásico, em animais de dois e nove anos. A maioria dos tumores ósseos primários, incluindo o osteossarcoma, inicia-se na metáfise dos ossos longos, podendo, no entanto, também ocorrer na diáfise (3,5). Em cães, cerca de 60-80% dos osteossarcomas atingem o esqueleto apendicular. Entre 20-24% dos casos há envolvimento do esqueleto axial.
O diagnóstico inicia-se sempre com a sintomatologia e a história pregressa, uma vez que a aparência radiográfica de uma neoplasia óssea pode ser semelhante à de outras lesões. Outros exames complementares a serem utilizados equivalem a tomografia computadorizada, ressonância magnética, citologia, biopsia/histopatologia óssea e cintilografia (15). Radiograficamente, o osteoma apresenta-se como um acúmulo de tecido ósseo muito denso, produzindo uma massa bem circunscrita, similar a uma esfera. Este tumor pode obliterar a arquitetura óssea original, mas não destrói o tecido subjacente. Os osteossarcomas caracterizam-se por uma aparência que varia de lítica a osteoblástica na região da metáfise do osso acometido, mas é frequente o padrão misto (4,14,15). Existem poucas referências quanto ao tratamento dos osteomas. A ressecção cirúrgica é recomendada para lesões problemáticas ou pouco cosméticas (4). Existem dois tipos de terapia para os tumores ósseos malignos primários dos ossos longos: o paliativo e o curativo (11,13).
Durante a necropsia, evidenciou-se a formação tumoral na região distal do rádio (95 x 70mm), com consistência firme. Ao corte transversal, o tumor exibia um aspecto hemorrágico e zonas de destruição óssea e medular.
Os tumores esqueléticos benignos são raros em cães e em geral exibem pouco significado clínico. A exceção é feita para os casos em que há crescimento direcionado aos tecidos circundantes. Embora seja negligenciada e pouco estudada, a importância do osteoma é geralmente notável para o diagnóstico diferencial de outras enfermidades ósseas
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