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Prevalência do HPV em Mulheres Rastreadas para o Câncer Cervical

Por:   •  10/10/2018  •  Resenha  •  734 Palavras (3 Páginas)  •  220 Visualizações

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HPV

De acordo com Bringhenti (2010), uma das causas mais frequentes em relação ao óbito na população feminina no mundo todo é o câncer de colo uterino. E o principal fator de risco para que ocorra o câncer cervical e suas lesões precursoras é através do papilomavírus humano (HPV).

Na população feminina, o que se diz mais prevalente em relação a neoplasia, o carcinoma de colo uterino apresenta-se como segunda causa. Essa neoplasia, no Brasil, é classificada como a terceira mais comum, apenas “perdendo” para o câncer de pele (não melanoma) e pelo câncer de mama, sendo classificado como a quarta causa de morte feminina por câncer.

        Geralmente, o HPV acomete jovens no início da atividade sexual, sendo um fenômeno transitório em 80% dos casos. Todavia, uma pequena porção de mulheres apresentam persistência a esta infecção, em alguns casos devido a falha dos mecanismos imunológicos, o que pode causar alterações no epitélio cervical e transformação maligna. Essas infecções persistentes em mulheres são consideradas o verdadeiro grupo de risco para o desenvolvimento do câncer cervical.

A variação da prevalência do HPV nas diferentes populações é ampla (1,4% a 25,6%) e também como a variação da frequência dos diferentes tipos virais. De acordo com pesquisas, cerca de quarenta tipos de HPV acometem o trato genital pelo contato sexual e atualmente tem sido a infecção sexualmente transmissível mais frequente.

A respeito das infecções por HPV ela é elucidada como assintomática e autorresolutiva, pode ocorrer ainda regressão espontânea em 80% dos casos. Porém, em algumas mulheres essa infecção pode ser mais prolongada e isso faz com que o quadro evolua para câncer cervical em pelo menos 10% dos casos. Por isso que, o diagnóstico precoce da infecção, especialmente nas mulheres com risco elevado de desenvolvimento de câncer, possibilita o acompanhamento clínico ou intervenções curativas nas lesões precursoras.

A respeito do diagnóstico realizado para evitar o câncer cervical podemos citar o exame citopatológico que é classificado como o principal exame utilizado na rotina de um laboratório clínico e faz o diagnóstico de neoplasia intraepitelial ou câncer invasivo associado. No que se diz respeito a este exame, ele possui uma grande especificidade, porém, pouca sensibilidade devido a variação e interpretação de resultados.

De acordo com as alterações que aparecem no epitélio escamoso, elas podem ser classificadas de acordo com o sistema Bethesda (2001), onde LSIL (lesão intraepitelial escamosa de baixo grau), HSIL (lesão intraepitelial escamosa de alto grau), ASC-US (células escamosas atípicas de significado indeterminado), ASC-H (células escamosas atípicas, não é possível excluir HSIL) e carcinoma de células escamosas.

Além dos testes citopatológicos para diagnóstico de HPV e câncer de colo uterino também podem ser utilizados exames moleculares. Exemplo disso é a reação em cadeira da polimerase (PCR), classificado como um teste de alta sensibilidade, aplicado para comprovar a existência ou não do DNA do vírus HPV. Este método é considerado bastante eficaz para pesquisa do DNA do HPV relacionado ao diagnóstico precoce e também possibilita a realização do acompanhamento clínico e terapêutico para os pacientes que apresentam DNA de HPV de alto grau e, evitar a evolução do câncer.

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