Relação medico paciente geriatria
Por: salocf • 28/2/2016 • Trabalho acadêmico • 2.512 Palavras (11 Páginas) • 369 Visualizações
Universidade Estadual de Maringá - UEM Medicina
Relação médico-paciente no contexto da geratria
Relação médico-paciente no contexto da geratria
SUMÁRIO
- INTRODUÇÃO 3
- ALTERAÇÕES NOS IDOSOS E ANTROPOLOGIA DO ENVELHECIMENTO 4
- RELAÇÃO MÉDICO - PACIENTE IDOSO 9
- CONCLUSÃO 10
REFERÊNCIAS 111
INTRODUÇÃO
A relação médico-paciente é fator de extrema importância para o cuidado médico e para um tratamento satisfatório da pessoa enferma. O contato inicial necessariamente passa pela consulta, na qual serão estabelecidas as primeiras impressões por ambas partes. A partir dessas impressões é que se começa a criar o vínculo de confiança, o qual é imprescindível no decorrer do tratamento.
A relação médico-paciente se torna ainda mais importante quando o paciente em questão é um idoso. Junto com a senilidade surgem diversas alterações, principalmente no âmbito biológico, psicológico e social.
As doenças, limitações físicas e a resolução de situações que antes eram normais, mas que agora são penosas, são algumas das alterações biológicas decorrentes da idade. Na vertente psicológica inclui-se a auto aceitação e a maneira como serão tratadas as alterações impostas pela velhice. A questão social, além de tudo, envolve questões culturais e históricas, a desvalorização do idoso nos tempos atuais é muito visível, principalmente quando comparada às épocas passadas, na qual a pessoa idosa era vista como uma fonte de sabedoria exercendo assim um papel social. Atualmente as pessoas de mais idades estão à margem da sociedade, uma vez que são vistas como improdutivas em tempos que o capitalismo impõe o consumismo e a produção como bases do sucesso social.
Por tudo isso, os idosos estão inseridos em uma quadro de vulnerabilidade, tanto biológica quanto psicossocial. Dessa forma, o médico deve estar atento buscando entender todas essas alterações quando no cuidado de uma pessoa idosa, lembrando que cada pessoa tem sua própria forma de envelhecer. Para os idosos, os médicos são vistos como fonte de conhecimento técnico suficiente para a cura de todos os males que os acometem, sendo por vezes a última esperança dessas pessoas.
Se hoje a abordagem e vínculo com o idoso, por parte do médico, é um tema de extrema importância, daqui algumas décadas será um tema ainda mais relevante, uma vez que projeções apontam para um envelhecimento da população brasileira.
ALTERAÇÕES NOS IDOSOS E ANTROPOLOGIA DO ENVELHECIMENTO
Contextualização do tema – psicologia médica “[...]o envelhecimento
é um fenômeno normal, universal e
inelutável, caracterizado por um conjunto complexo de factores não só fisiológicos mas também psicológicos e sociais[...].”
(Paula Agostinho)
Assim a autora do texto (Perspectiva psicossomática do envelhecimento), Paula Agostinho, que mostra o processo de envelhecimento que a autora divide em duas teorias a explicação do envelhecimento as Teorias médicas e a Teoria psicossomática de Sami-Ali;
As Teorias Medicas analisam três aspectos informações: por que as células tem duração pré-definida, ou seja como é envelhecer biologicamente; como o indivíduo se vê nesse processo, ou seja, como esse processo afeta o psicológico do indivíduo; como ele é visto pela sociedade no envelhecimento, ou seja, as alterações sociais que o indivíduo sofrera.
Dentre as alterações biológicas temos varia teorias que se seguem apresentadas no texto, que são:
Teoria do desgaste – definida como sendo a partir do uso do seu corpo, ocorre um desgaste metabólico que culmina no processo do envelhecimento;
Hipótese do Atrofiamento e Morte das Células Nervosas – teoria que contempla que o envelhecimento decorre de um processo de desestruturação do controle central, que culmina num dano fisiológico;
Teoria Imunológica – é caracterizado por uma reação do próprio sistema imune de indivíduo, contra suas próprias células, o que resultaria na senilidade fisiológica;
Teoria da Programação – essa teoria discorre que todo o processo de envelhecimento parte de uma predeterminação genética, sendo que a partir de um momento o indivíduo entraria num declínio fisiológico que é o envelhecer – “[...]envelhecimento começa com a vida[...]”;
Teoria Limite de Hayflck – seria que cada célula apresenta um limite das divisões celulares e assim que esse limite é ultrapassado, ocorre a definitiva morte dessa
célula, e o acumulo de células que não se dividem mais causam o envelhecimento; Teoria da Reparação – Nessa teoria, se explora que a maquinaria que repara o
DNA contra mutações e lesões diretas a ele, e esse mecanismo culmina na morte celular e o consequente declínio fisiológico;
Teoria do Erro Catastrófico de Orgel – essa teoria se baseia que a partir do envelhecimento celular, a célula começa a produzir proteínas que são acumuladas no interior dessa célula o que acaba em resultar na morte desta;
Teorias do Tipo Evolucionista – Nesta última teoria apresentada, vê-se o processo de envelhecer como uma ativação de certos genes, que quanto mais tempo se vive, mais provavelmente serão ativados e esses genes seriam prejudiciais ao metabolismo celular.
Dessa forma, a autora considera ainda que com o envelhecimento surge uma tendência ao adoecer, devido a fragilidade do organismo, aumentando assim as patologias crônicas, que são apenas tratáveis mas não curáveis.
Dentre as alterações psicológicas, apontadas no texto, se destacam as teorias baseadas nos autores Freud (psicanálise), Jung e Erikson. Assim cada autor dentro de sua visão estabelece de forma geral que na velhice o indivíduo terá que lidar com uma serie de perdas, tanto físicas como de seus parentes e amigos o que acabam modificando profundamente como o indivíduo se verá em relação a essas mudanças.
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