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Resenha Crítica: “O Momento da Morte”

Por:   •  14/4/2021  •  Seminário  •  918 Palavras (4 Páginas)  •  530 Visualizações

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ – UESC

CIJ099- MEDICINA LEGAL

Graduação em Biomedicina

Anthony Barbosa dos Santos

Beatriz Maria Sá de Pinho Figueiredo

Deise Oliveira da Silva

Ginuino Vitor Santos Barboza

Isabelle Araújo Gomes

João Pedro Nunes Santos

Maria Eduarda Viana Santana

Samuel Santana Oliveira

Samuel Santana Santos

Vitória de Souza da Silva

Resenha crítica: “O momento da morte”

Ilhéus – BA

2020

O momento da morte

“O momento da morte” é um documentário lançado em 2008, escrito pelo diretor Mark Mannucci e produzido pela National Geographic. A obra apresenta diversas visões que norteiam os dilemas da Tanalogia - ciência que que faz o estudo da morte. Em suma, os entrevistados levantam opiniões em relação a essas indagações, tais como: “Qual o momento exato da morte?”, “O que sentimos antes de morrer?”, “A morte é irreversível?” ou até mesmo “Para onde vai o nosso espírito após a morte?”. A reunião de grandes nomes da Medicina e de pessoas que já passaram por situações de EQM, - Experiência de Quase Morte - fomentam positivamente o documentário, cumprindo-se o esperado. 

A princípio, a tanatologia é o ramo das ciências forenses da medicina legal que estuda a morte e suas repercussões na esfera jurídica e social. A morte é algo bastante complexo de se conceituar, porém, em uma definição mais simples, ela consiste na cessação total e irreversível das funções vitais. Neste sentido, por exemplo, o exame necroscópico, procura estabelecer a identificação do cadáver, o mecanismo e a causa da morte, o diagnóstico diferencial médico-legal (acidente, suicídio, homicídio ou morte de causa natural), o que pode ajudar de certa forma na definição deste assunto. 

Com isso, vimos que atualmente, o momento da morte pode ser manipulado para prolongar a vida - por exemplo, se um coração para de bater, uma máquina pode substituir por um tempo determinado. Este é justamente um dos pontos mais retratados pelo documentário, onde há parâmetros de técnicas para retardar a morte, ou para se obter certeza de que ela ocorreu, feitas há décadas atrás em comparação com as contemporâneas, mostrando o nível de conhecimento que era disseminado para saber sobre algo tão desconhecido. Também retrata-se sobre o conselho de medicina que considera a morte como sendo a total e irreversível falência das atividades encefálicas, que se denomina como morte encefálica. Em contrapartida, também é mostrada a opinião de que a morte ocorre quando há uma perda irreparável da continuidade e informação de nossa personalidade. Tais diferenças sobre o mesmo tema servem para exemplificar a dificuldade de conceituar a morte que é abordada em boa parte do documentário.

O documentário traz também algumas visões tanatológicas apresentadas por especialistas na área, que relataram o que sentimos durante a morte, e todo processo fisiológico das mesmas. A primeira visão tanatológica trazida pelo documentário é a morte por afogamento, que pode ser surpreendentemente rápido. Uma vez submerso, ficamos sem respirar no máximo entre 30 a 90 segundos, o que é mais comum em um afogamento. É algo chamado de laringoespasmo. Sabendo que a entrada da água nos pulmões está prestes a ocorrer, o corpo contrai as cordas vocais, isto pode evitar com que a água entre nos pulmões, mas também significa que não conseguimos respirar. Outra visão é a hemorragia grave, que também pode ser chamada ‘’ esvair-se em sangue ‘’, quando a perda de sangue ocorre rapidamente, a resposta do corpo é começar a desligar os sistemas orgânicos que considera menos necessário para a vida. O sangue que ainda existe no corpo é enviado para o cérebro e para o coração, neste ponto é provável que a pessoa não sinta mais dor e que a morte seja um simples adormecimento. Já na morte pelo fogo, não são as chamas que normalmente matam, e sim o monóxido de carbono, que por ter uma afinidade maior com a hemoglobina vai impedir o fornecimento de oxigênio. Na eletrocussão, há um curto-circuito nos nervos e sistema elétrico do coração, sendo difícil dizer o que acontece mentalmente, pois as ondas cerebrais são alteradas pela eletricidade. E por fim o documentário traz a morte na guilhotina que foi bastante utilizada pelos Franceses em execuções. Os especialistas falam ‘’ que perder a cabeça era praticamente instantâneo e indolor’’.

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