Resumo Pre natal na Gravidez
Por: thiagopossmoser • 29/9/2018 • Trabalho acadêmico • 4.746 Palavras (19 Páginas) • 269 Visualizações
Assistência ao Pré-Natal
Definição: É o conjunto de medidas assistenciais, profiláticas e terapêuticas que têm por intuito garantir o bem-estar materno, reduzir as complicações relacionadas à gravidez e ao parto, e promover o nascimento de um infante saudável.
Objetivos:
• Datação precisa da idade gestacional;
• Identificação de fatores de risco e prevenção de complicações obstétricas;
• Identificação e tratamento precoce de doenças intercorrentes;
• Avaliação do bem-estar materno e fetal;
• Educação e promoção de cuidados de saúde;
• Estímulo ao vínculo materno fetal e suporte psicossocial.
Primeira Consulta
Anamnese
História da gestação atual:
• Precisar a idade gestacional;
• Avaliar se a gravidez foi planejada; se foi espontânea ou por técnica de reprodução assistida;
• Investigar eventuais queixas.
História obstétrica: Obter informações sobre gestações anteriores: vias de parto; peso, idade gestacional e vitalidade dos filhos ao nascer; intercorrências e complicações em gestações anteriores; intervalo entre as gravidezes; história de aleitamento.
História ginecológica:
• Padrão menstrual: menarca, padrões de ciclos anteriores;
• Método de contracepção e época da interrupção;
• Sexualidade e doenças sexualmente transmissíveis.
História clínico-cirúrgica:
• Comorbidades;
• Uso regular de medicações;
• Alergia medicamentosa;
• Cirurgias prévias;
• Hemotransfusão;
• História vacinal.
História familiar:
• Doenças hereditárias ou malformações congênitas;
• Avaliar diabetes, hipertensão, gemelidade, e doenças do parceiro.
História social:
• Situação conjugal;
• Suporte psicossocial à gestação;
• Animais domésticos;
• Profissão;
• Hábitos de vida: etilismo, tabagismo, dieta, sedentarismo.
Exame físico
Exame físico:
• Peso habitual e atual; altura; IMC;
• Aferição da pressão arterial;
• Exame clínico geral;
• Exame das mamas;
• Exame obstétrico: delimitação do fundo uterino e ausculta dos batimentos cardíacos fetais;
• Exame especular: deve ser realizado mesmo em pacientes assintomáticas, com o intuito de identificar eventuais vaginites, cervicites, condilomas.
Outras demandas:
• Solicitar exames complementares;
• Preencher cartão de pré-natal.
Consultas Subsequentes
Anamnese: Deve ser direcionada para as queixas da paciente, procurando-se orientar e amenizar os pequenos distúrbios da gestação:
• Avaliar hábitos de vida e estimular práticas saudáveis;
• Indagar quanto as expectativas e discutir sobre o parto e aleitamento;
• Registro vacinal.
Exame físico:
• Peso e avaliação da média de ganho ponderal semanal;
• Aferição da PA;
• Medida do fundo uterino;
• Ausculta do BCF com sonar e avaliação da estática fetal;
• Pesquisa de edema; exame especular e toque vaginal caso haja indicação clínica.
Outras demandas:
• Avaliar e solicitar exames complementares;
• Preencher cartão de pré-natal.
Aprazamento das consultas:
• Até 32 semanas: mensalmente;
• 32 a 36 semanas: quinzenalmente;
• A partir de 36 semanas: semanalmente.
Datação da Gravidez
Data da última menstruação (DUM): A utilização apenas da data da última menstruação para datar a gravidez pode levar a equívocos
devido a irregularidades dos ciclos, ovulação tardia ou imprecisões de memória. Recomenda-se, portanto, associar a informação da DUM à ultrassonografia de primeiro trimestre para melhor definição da idade gestacional.
Ultrassonografia (USG) de primeiro trimestre: A medida do CCN entre 6 e 13 semanas é a forma mais precisa de datação da gravidez, havendo uma margem de erro de apenas 5 dias, para mais ou para menos. Caso a diferença entre o cálculo da idade gestacional pela DUM e pela USG de primeiro trimestre seja superior a 5 dias, deve-se utilizar o exame ultrassonográfico para datação da gravidez. Caso contrário, pode-se utilizar a DUM como referência.
Ultrassonografia (USG) após o primeiro trimestre: Quanto mais avançada a gravidez, maior a margem de erro na estimativa
ultrassonográfica da idade gestacional, podendo determinada biometria corresponder a 2-3 semanas a mais ou a menos da calculada pelo exame.
• Regra de Näegele: DUM de janeiro a março: somam-se 7 dias e 9 meses; DUM de abril a dezembro: somam-se 7 dias e subtraem-se 3 meses.
Identificação do Risco Obstétrico
Fatores de risco que permitem acompanhamento em Unidade Básica de Saúde (Ministério da Saúde, 2012):
• Idade menor do que 15 e maior do que 35 anos;
• Ocupação: esforço físico excessivo, carga horária extensa, rotatividade de horário, exposição a agentes físicos, químicos e biológicos, estresse;
• Situação familiar insegura e não aceitação da gravidez, principalmente em se tratando de adolescente / situação conjugal insegura;
• Baixa escolaridade;
• Condições ambientais desfavoráveis;
• Altura menor do que 1,45 m;
• IMC que evidencie baixo peso, sobrepeso ou obesidade;
• Fatores relacionados à história reprodutiva anterior: recém-nascido com restrição de crescimento, pré-termo ou malformado; macrossomia fetal;
• Síndromes hemorrágicas ou hipertensivas; intervalo interpartal menor do que dois anos ou maior do que cinco anos;
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