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SISTEMA CARDIORRESPIRATÓRIO VASCULAR

Por:   •  29/10/2019  •  Resenha  •  9.711 Palavras (39 Páginas)  •  295 Visualizações

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SISTEMA CARDIORRESPIRATÓRIO

VASCULAR

Aula 1 - Anatomia macroscópica arterial e venosa do corpo humano

🡪 Introdução
- O interesse pela anatomia é milenar, o conhecimento da anatomia e fisiologia do corpo humano e suas variações anatômicas são imprescindíveis para qualquer médico principalmente para os cirurgiões. Ainda hoje, em nossas faculdades de medicina é uma disciplina fundamental. Nos séculos passados, era praticamente a coluna vertebral dos estudos médicos. O conhecimento correto dessa disciplina é o fundamento de todas às ações terapêuticas da cirurgia, assim como oferece a possibilidade de entender as alterações macro ou microscópicas secundárias aos processos patológicos.
- Com o advento da angiografia por subtração digital houve um grande impulso para melhor entender a anatomia normal e suas variações.
- No tronco estão localizados os vasos sanguíneos mais calibrosos e mais importantes, sejam situados no tórax, abdome e pelve. No tórax, o gradil costal e as costelas lhes oferecem proteção. Ocupam os espaços entre os pulmões e a pleura parietal, ou seja, o mediastino anterior e posterior.
- fístula arterio-venosa: quando o sangue do capilar arterial passa para o capilar venoso; ex: artérias digitais;
- No mediastino anterior, onde se situa o coração com o pericárdio, localizam-se a veia cava superior, seus troncos formadores (os 2 troncos braquiocefálicos), os vasos pulmonares, o timo ou o seu reliquat, a artéria torácica interna (mamária interna), vasos linfáticos e cadeia de linfonodos que a acompanha (artéria pulmonar e parte inicial da aorta).
- No mediastino posterior, estão além do conduto tráqueo-brônquico, a aorta, as veias ázigos, o ducto torácico, o esôfago, os nervos vagos, os plexos nervosos viscerais aí contidos.

* Mecanismos que promovem retorno do sangue venoso ao coração

1. Mecânico
- bomba muscular dos músculos da perna
- esponja plantar (quando a gente pisa)
- sistema de válvulas dos membros inferiores;

2. Fisiológicos
- vis a tergo: para o sangue ser ejetado, ocorre contração do VE, e a pressão remanescente da aorta (10mmHg) empurra o sangue da região das fístulas arteriovenosas, da arteríolas em direção às vênulas, estimulando a circulação; mecanismo de forças presentes antes de chegar ao capilar;
- vis a lateralis: as veias são duplas e estão coladas nas artérias, aproveitam o pulso das artérias para promover o retorno venoso;
- vis a fronte: respiração provoca pressão negativa no tórax e puxa sangue de volta para o coração; mecanismo de forças presentes após o capilar;

OBS: Aneurisma
- aneurisma é uma dilatação de 50% acima do diâmetro normal de qualquer artéria;

OBS: Vasos da base x troncos supra-aórticos
- vasos da base: artérias pulmonares, aorta, veias cavas
- troncos supra-aórticos: tronco braquicefálico arterial, artéria carótida comum esquerda e artéria subclávia esquerda;

🡪 Artéria aorta
- É o pedículo da circulação geral nascendo no ventrículo esquerdo, ocupa o tronco no tórax e no abdome. Inicia-se nas bordas das válvulas semilunares à origem das artérias ilíacas, cumpre a finalidade de longo pedículo, oferecendo, nos seus vários segmentos, troncos que se destinam aos diversos campos da economia.
- No estudo clássico dividiremos a aorta numa parte ascendente, uma transversa (o arco aórtico) e uma maior descendente, ocupando inicialmente o tórax e que, após atravessar o diafragma, passando à cavidade abdominal, recebe o nome de aorta abdominal.

* Aorta torácica ascendente
- está quase totalmente intra pericárdica e fornece as importantes artérias coronárias (primeira ramo da aorta torácica).
- Tem comprimento aproximado de 55mm e diâmetro de 28mm, é mais estreita em sua origem que a artéria pulmonar.

* Arco aórtico e tronco supra aórtico
- também chamado de aorta horizontal, transversa ou croça.
- Dá origem à ramos importantes que se destinam à nutrição da cabeça, pescoço e membros superiores, à saber: troncobraquiocefálico arterial, artéria carótida comum esquerda e artéria subclávia esquerda.
- O arco aórtico tem diâmetro de 28mm após a emergência de seus três ramos passa a ter 23mm aproximadamente;
- Em decorrência de distúrbios no processo evolutivo embrionário, várias anomalias podem ocorrer na disposição no arco aórtico ou de seus ramos: o duplo arco aórtico, outra anomalia muito comum é a artéria subclávia direita em vez de nascer do TBC arterial, origina-se do próprio arco aórtico como seu último ramo (4º) e descreve um trajeto retro esofágico (artéria de lusória - pode dar disfagia com o passar da idade por esse trajeto).
- Normalmente à disposição mais comum em 65% dos casos é a seguinte: da direita para a esquerda – TBC ou artéria inominada, artéria carótida comum esquerda (ACCE) e artéria subclávia esquerda (ASE), o tronco braquiocefálico é o primeiro ramo do arco aórtico e divide-se em artéria carótida comum direita e artéria subclávia direita. O segundo ramo do arco aórtico é a artéria carótida comum esquerda e o terceiro ramo é a artéria subclávia esquerda.
- variação anatômica dos troncos supra aórticos: ACCE sair junto com o TBC ou sair dele, em vez de ter 3 ramos, tem 2, essa variação chama-se arco bovino.

* Aorta torácica descendente
- seus ramos principais são: artérias intercostais, artérias bronquiais, artérias subcostais e pericárdicas. As artérias intercostais distribuem-se de modo paralelo, acompanhando os espaços intercostais, situados entre a veia e os nervos homônimos, delas saem os principais ramos para nutrir a medula espinhal.
- Obs.: a porção proximal da medula espinhal é irrigada pelos ramos das artérias vertebrais e dos troncos costocervical e tireocervical. As porções torácicas e abdominal recebem suprimento das artérias intercostais e lombares e a porção caudal recebe ramos das lombares, ileolombar e artérias sacrais laterais da circulação da hipogástrica.

🡪 Aorta abdominal
- ao atravessar o diafragma pelo hiato aórtico, a designação do vaso passa a ser aorta abdominal, compreendendo o segmento que se estende da 12ª vértebra torácica à 4ª vértebra lombar, onde se bifurca nas duas artérias ilíacas comuns (no Brasil é o ramo terminal), e emite seu ramo terminal a artéria sacra média que, para os anatomistas clássicos, é a sua verdadeira continuação.
- No plano externo a bifurcação pode ser projetada na linha mediana no ponto em que cruza outra linha transversa, determinada pelas bordas superiores das cristas ilíacas, ponto este que corresponde aproximadamente à cicatriz umbilical. A bifurcação da aorta abdominal a nível da cicatriz umbilical ocorre em 80% dos casos, 11% pode ser inferior e 9% superior.
- A aorta pode ser dividida em duas partes, uma superior e outra terminal, tendo como limite entre as duas as artérias renais, desse modo a aorta abdominal apresenta dois segmentos distintos. O cranial que é o pedículo visceral do abdome, e o caudal, responsável pela irrigação da pelve e dos membros inferiores.
- O diâmetro intra luminal da aorta supra-renal é em torno de 25mm não devendo exceder a 30mm. Após a emergência dos ramos viscerais e artérias renais a aorta diminui de calibre para aproximadamente 15 a 20mm, até atingir o ponto de bifurcação.

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