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A Alimentação Vital Na Nutrição

Por:   •  3/6/2020  •  Resenha  •  12.352 Palavras (50 Páginas)  •  320 Visualizações

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ALIMENTAÇÃO VITAL MUITO ALÉM DO QUE COLOCAMOS NA NOSSA BOCA

COMEÇANDO...

Escrever sobre alimentação vital é antes de tudo um convite, um convite sobre o que significa o alimentar-se, o nutrir-se, é um convite ao autoconhecimento e também uma tentativa de compartilhar evidências cotidianas. Elas podem ser interpretadas apenas como palavras no papel ou podem ser lidas, assimiladas e vividas, tornando-se revitalizadas, recriadas jogadas no cotidiano e tornando-se luz para os que também semeiam a Vida.

Estas palavras são possibilidades de aprofundamento, aos que se identificarem com elas, cabe ir atrás, buscar o conhecimento, e tendo este em mãos, tornar-se ação,deixando de ser expectador para ser agente ativo na transformação do mundo.

Nosso organismo é um radar perfeito, urge que agucemos a própria percepção, a diversidade de formas, que tenhamos a consciência para melhor viver, de maneira simples e dinâmica, vendo o que é útil e funcional para a nossa evolução, estimulando o positivo, a lucidez, vigiando continuamente a fim de expandir sempre a Vida.

Necessitamos que o saber, quando aplicado a vida, seja confirmado com saúde, com mais eficiência, mais competência e criatividade.

Enquanto continuarmos a conviver com as doenças e disfunções vitais como situação normal, não teremos condições de propor uma melhor organização social ou uma sociedade que resolva a delinqüência e os conflitos. Construímos no externo, mesmo sem intenção, o que não resolvemos interiormente.

A transformação da doença para a saúde envolve a descoberta do prazer de estarmos vivos. É preciso que tenhamos coragem, para agir com o ponto do coração, que não tem medo de ver a verdade simples que o coração sente, então a vida se deixará administrar por nós. Não basta compreender, é preciso também agir, esse tipo de experiência não é discutida, é agida, é uma intuição que vai traduzida em ato.

Também já não adianta atacarmos o sistema, assim só nos mediocrisamos, por que ao invés de evoluirmos em inteligência até resolvê-lo, colocamos nos a serviço do problema incentivando-o e alimentando-o. Culpar os outros é um modo de subtrairmo-nos da responsabilidade de ajudar na solução da situação.

O sentido da Vida se constrói nos esforços para sair da prostração, da indiferença e da alienação, gerando o entusiasmo como potencial para irromper de forma positiva na vida de todo o Planeta.

É o caminho traçado e andado diariamente que dá o sentido, é a capacidade de nos direcionarmos para ações vitais, intencionadas, produtivas e sustentáveis. Surge o momento em que não precisamos mais apontar o caminho, mas acabamos sendo o próprio caminho, e se de algum modo não pudermos sê-lo devemos abandonar o jogo por que teremos nos tornados charlatões.

Nosso conhecimento gera responsabilidades e é nesse sentido que a prática harmonizada com a teoria se torna um diferencial, já que é um processo dinâmico, que exige esforço, determinação, superação e coragem, qualidades fundamentadas no sentido que damos a nossa própria experiência cotidiana, na capacidade de criticar e transformar essa sociedade esquematizada, hierarquizada, impositiva e violenta na qual vivemos.

O QUE SIGNIFICA ALIMENTAR-SE

Alimento não é só o que entra pela nossa boca, alimento é tudo que é ingerido ou absorvido, tudo o que nutre ou sustenta nosso organismo.Alimento também é o ar sem o qual não sobrevivemos mais que alguns minutos, o sol que nos ilumina e nos aquece, a terra que nos sustenta, a água que constitui mais de 70% do nosso corpo e também as relações humanas indispensáveis a nossa sobrevivência.

Como recebemos e assimilamos o que chega a nós a cada instante? Conseguimos nos nutrir com o que é vital ou absorvemos também o que nos é prejudicial e diminui nossa vitalidade?

Se há uma vontade comum a todos os seres humanos, sem dúvida é a vontade de conquistar a felicidade plena e a diminuição do sofrimento e independente dos caminhos que escolhemos seguir, a que se concordar que todas as respostas podem ser encontradas dentro de nos mesmos.

O convite ao início de uma longa caminhada em direção a uma alimentação mais sadia em todos os sentidos, a um ambiente mais harmônico e sustentável está feito, cada a cada um de nós decidir até onde queremos ir.

Falemos um pouco do nosso planeta vivo:

A Terra é um ser vivo, um ente vivo com identidade própria, a única de sua espécie que conhecemos. Tudo e todos somos GAIA que é o nome que os gregos da antiguidade clássica davam à deusa da Terra. Nos humanos, somos apenas células de seus tecidos, podemos ser os olhos de Gaia, capazes de ver sua singela beleza e ter consciência dela.

Lembremos das palavras de Lutzenberger:“Será mesmo acaso tudo isso? O que vamos fazer primeiro, desvendar a Natureza, compreender esta maravilha ou continuar destruindo o que nem sequer conhecemos direito.

Infelizmente hoje, nesta loucura suicida que se diz "Sociedade de Consumo" estamos nos comportando como se fôssemos um tecido cancerígeno. Se não aprendermos a nos comportar harmonicamente no grande organismo vivo não teremos futuro.”(Lutzenberger)

Tipos de alimentos:

Existem diferentes conceitos de ALIMENTOS, familiarizemo-nos com alguns deles:

NATURAL-tudo que vem diretamente do meio natural, sem corantes e sabores artificiais e tantos outros químicos empregados na indústria moderna de alimentos.

INTEGRAL-são alimentos que mantém, ao serem consumidos, todos os seus integrantes nutricionais básicos.Se tirarmos as fibras e o germe do trigo, faz com que tenhamos que  compensar estes integrantes com outras fontes de nutrientes.

ORGÂNICO-todos os alimentos que são produzidos sem agrotóxicos e adubos químicos.

ECOLÓGICO engloba estes três conceitos e vai além. O agricultor ecológico interage harmonicamente com sua propriedade, percebendo seus ciclos, visualizando a busca da sustentabilidade em os aspectos cotidianos baseada na observação e prática em plena cooperação com a Natureza, ele sabe que os recursos são finitos se não cuidados, tem noção do valor da terra que nutre e sustenta, comercializando sua produção direto ao consumidor, com relações coletivas e em rede, harmônicas e uma visão global do processo.

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