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A Nutrição Clínica

Por:   •  1/4/2016  •  Trabalho acadêmico  •  2.004 Palavras (9 Páginas)  •  684 Visualizações

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Estudo dirigido

  1. Diferencie nutrição enteral e parenteral.

Dieta enteral: de acordo com a RDC Nº63 de 6 de julho 2000 é considerada “alimento para fins especiais, com ingestão controlada de nutrientes, na forma isolada ou combinada, de composição definida ou estimada, especialmente formulada e elaborada para uso por sondas ou via oral, a qual é prescrito pelo médico, introduzida, higienizada e aplicada pelo profissional de enfermagem, onde compete o nutricionista fazer a avaliação nutricional do paciente, elaborar a prescrição dietética , formular a NE estabelecendo a sua composição qualitativa e quantitativa, seu fracionamento segundo horários e formas de apresentação, acompanhar a evolução nutricional do paciente em TNE, adequar a prescrição dietética, em consenso com o médico, com base na evolução nutricional e tolerância digestiva apresentadas pelo paciente, garantir o registro claro e preciso de todas as informações relacionadas à evolução nutricional do paciente, orientar o paciente, a família ou o responsável legal, quanto à preparação e à utilização da NE prescrita para o período após a alta hospitalar.  Este tipo de dieta pode ser, industrializado ou não, utilizada exclusiva ou parcialmente para substituir ou complementar a alimentação oral em pacientes desnutridos ou não, conforme suas necessidades nutricionais, em regime hospitalar, ambulatorial ou domiciliar, visando a síntese ou manutenção dos tecidos, órgãos ou sistemas.

        

Dieta parenteral: solução ou emulsão, composta basicamente de carboidratos, aminoácidos, lipídios, vitaminas e minerais, estéril e apirogênica, acondicionada em recipiente de vidro ou plástico, destinada à administração intravenosa em pacientes desnutridos ou não, em regime hospitalar, ambulatorial ou domiciliar, visando a síntese ou manutenção dos tecidos, órgãos ou sistemas de pacientes que não podem ou não conseguem receber alimentos através do trato gastrintestinal. (KNOBEL, OLIVEIRA e CAL, 2005).

A NP pode ser utilizada para oferta de todas as necessidades nutricionais ou de forma complementar a uma dieta oral ou enteral. A solução estéril de nutrientes é infundida por via endovenosa através de um acesso venoso (cateter), periférico (NPP) ou central (NPC). Procedimento este, realizado pelo médico através de micro cirurgia. (KNOBEL, OLIVEIRA e CAL, 2005).

A NPP usualmente é indicada para períodos curtos (7 a 10 dias), pois normalmente não atinge as necessidades nutricionais do paciente. A quantidade de calorias administradas normalmente fica em torno de 1000 a 1 500 kcal/dia. A osmolaridade da NPP deve ser menor que 900mOsm/1 para evitar flebite. Enquanto a NPC é indicada para uso superior a 7 a 10 dias e oferece aporte calórico e proteico total ou parcial ao paciente. A osmolalidade da NPC é geralmente superior a 1000 mOsm/l. (KNOBEL,OLIVEIRA e CAL, 2005).

Knobel,Oliveira e Cal (2005) ressaltam que além da diferença da via de administração, a terapia de nutrição enteral apresenta várias vantagens fisiológicas, metabólicas, de segurança e de custo/benefício em relação à de nutrição parenteral total. Quando comparada à nutrição parenteral, a oferta de nutrientes pela via gastrintestinal é mais fisiológica, mantém a arquitetura e microflora intestinal normal, além de melhorar o estado do sistema imunológico intestinal, com menores custos. Quando comparada a TNP, a TNE está associada a uma incidência significativamente menor de complicações infecciosas em pacientes cirúrgicos.

De acordo com Waitzberg (2000), outro diferencial entre as vias é a complexidade dos nutrientes. A NE pode ser classificado em polimérica (contém os principais nutrientes, proteína, hidrato de carbono e gorduras, na sua forma intacta), monoméricas/oligoméricas (denominadas elementares/semi elementares, contem proteínas parcialmente hidrolisadas) e fórmulas especializadas (para pacientes com disfunções orgânicas importantes, devem ser indicadas de maneira precisa e estas podem ser monoméricas, oligoméricas ou poliméricas). E podem ser administrada no sistema aberto ou fechado e pode ser infundida por meio de bomba de infusão no modo contínuo (geralmente em sistema fechado), intermitente ou em bolus. Enquanto a NP é sempre elementar, por não passar por nenhum processo digestivo e normalmente é infundida de forma continua.

Ambas podem ser definidas como um conjunto de procedimentos terapêuticos empregados para a manutenção ou recuperação do estado nutricional mediante a oferta de nutrientes por sondas e/ou cateter. (KNOBEL,OLIVEIRA e CAL, 2005).

  1. Quando se deve usar a nutrição parenteral?

Segundo Filho e Akamine (2005), a principal via para a administração das dietas é a oral. Na impossibilidade de alimentarmos o paciente pela mesma, a segunda via de eleição é a administração de dietas por sonda. A nutrição parenteral deve ser utilizada em últimos casos quando não for possível a utilização das dietas via oral ou enteral. Também deve ser usada quando se espera uma duração superior 7 a 10 dias, devendo Ser iniciada após a estabilização das funções vitais, equilíbrio ácido básico de fluidos e eletrólitos e melhora da perfuração tecidual deve ser usada para pacientes que sejam ou possam se tornar desnutridos e que tenham função do TGI suficientes para manter ou recuperar o estado nutricional. Trata-se da infusão de nutrientes por via intravenosa. Oferece um aporte calórico e proteico total ou parcial a um paciente que não possa tolerar ingestão via oral ou enteral de alimentos. A osmolaridade da NPC é geralmente superior a 1 000mOsn/L.

        Filho e Akamine (2005) argumentam que a NP é indicada quando o trato digestivo não funciona, se estiver obstruído ou inacessível, com a previsão que esta condição continuara por pelo menos sete dias. Quando a absorção de nutrientes é incompleta e principalmente quando as condições mencionadas estão associadas ao estado de desnutrição. No geral, as indicações de NP seguem as categorias:

  • Pré-operatória: particularmente doentes portadores de desnutrição (perda de 15% do peso corpóreo) com doenças obstrutivas no trato gastrintestinal alto;
  • Complicações cirúrgicas pós-operatórias: fistulas intestinais, íleo prolongado e infecção peritoneal;
  • Desordens gastrintestinais: vômitos crônicos e doença intestinal infecciosa;
  • Pós-traumática: lesões múltiplas, queimaduras graves, infecções;
  • Moléstia inflamatória intestinal: colite ulcerativa e doença de Crohn;
  • Insuficiências orgânicas: insuficiências hepática e renal;
  • Condições pediátricas: prematuros, ma formação congênita do trato gastrintestinal, gastrosquise, onfalocele e diarreia crônica intensa.

Alguns fatores devem ser considerados na decisão de se utilizar NP, incluindo: previsão da duração da terapia; requerimento calórico e proteico; limitação de infusão hídrica e acesso venoso disponível. Deve se enfatizar que a NPT não deve ser usada rotineiramente em pacientes terminais. (WAITZBERG, 2000).

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