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A relação da microbiota intestinal e a obesidade

Por:   •  13/4/2016  •  Seminário  •  691 Palavras (3 Páginas)  •  883 Visualizações

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RELAÇÃO DA MICROBIOTA INTESTINAL COM A OBESIDADE

1Deise Fernanda Máximo de Lima, 2Suellen Laís Vicentino Vieira

1 Discente do Curso de Nutrição –UNIPAR-Umuarama

2 Docente da UNIPAR – Umuarama

Introdução: Considerada uma epidemia global do século XXI, a obesidade pode ser causada por fatores diversos, ente eles, alimentação inadequada, sedentarismos, patologias de base, entre outros. Alguns estudos apontam que a composição da microbiota intestinal de indivíduos obesos, pode ser diferente da encontrada nos indivíduos magros, fato este, que leva à especulação de como a microbiota pode participar na fisiopatologia da obesidade (TSUKUMOet al., 2009).

Objetivo: Realizar uma revisão bibliográfica sobre a relação da microbiota intestinal com a obesidade.  

Desenvolvimento: A microbiota intestinal é de suma importância para a saúde do sistema digestório e do organismo em geral. O corpo humano abriga cerca de 10 a 100 trilhões de microrganismo, sendo que a maior parte esta presente no cólon. Dentre os microrganismos encontrados no trato gastrointestinal, destacam-se as Bifidobactérias, Fusobacterias, Peptostreptococos, Bacteroides e Eubacterias (RODRIGUES, 2011).  Poralgum tempo, pensava-se que muitos dos problemas que acometiam o intestino eram causados por parasitosese não se imaginava que a questão da obesidade poderia estar ligada à saúde deste órgão, do qual se observou o contrário (PÓVOA, 2002). O intestino é o único órgão que funciona independente do sistema nervoso central, possui diversas funções, e entre elas esta a de selecionar e absorver nutrientes, além da fabricação de alguns hormônios, fatos intimamente ligados à problemática da obesidade (MACHADO et al., 2015). Outro ponto em questão é que, existem evidencias de que a composição da microbiota intestinal entre humanos magros e obesos é distinta, reforçando a hipótese da influência da microbiota na fisiopatologia da obesidade (RODRIGUES, 2011). Diversas pesquisas demonstraram que a microbiota de pacientes obesos tem uma capacidade maior de extrair energia da dieta. O aumento de peso e a ocorrência da resistência à insulina relaciona-se como consequência da extração aumentada de energia pela microbiota a partir de fibras não digeríveis, desencadeando no individuo um aumento da absorção intestinal de glicose, consequente aumento da glicemia e insulinemia (RODRIGUES, 2011). Estes resultados ainda implicam no aumento da lipogênese, ocasionando no aumento de triglicerídeos hepáticos.  A existência de diversos microrganismos que podem acometer e lesar a mucosa intestinal fazendo que esta fique mais permeável, desencadeia uma perca da adesão das células da mucosa intestinal, provocando uma absorção não eficiente de substâncias essenciais ao organismo bem como alteração da eliminação de substâncias desnecessárias ou que não foram devidamente processadas. Alterações na microbiota intestinal  normal podem provocar o aumento da colonização de bactérias gram negativas que apresentam como constituintes da parede bacteriana lipopolissacarídeos (LPS) e alteração na permeabilidade intestinal. Por conseguinte, uma maior absorção de LPS, faz com ocorra a ativação de células imunes  e secreção de mediadores pró-inflamatórios que contribuem ainda mais para desordens metabólicas e presença de inflamações intestinal de baixo grau. Tomados em conjunto, esses resultados consolidam que microbiota intestinal é um fator de importante contribuição para a fisiopatologia da obesidade(RODRIGUES, 2011, FIOCCHI, SOUZA, 2012, MACHADO et al.,  2015). Desta forma, uma alimentação correta e balanceada pode proporcionar a saúde intestinal, com manutenção da microbiota benéfica ao intestino, o que auxiliaria no processo de prevenção de diversas doenças entre elas a obesidade.

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