EAN Nutrição Educacional
Por: Eriberto Alvares • 2/10/2021 • Trabalho acadêmico • 463 Palavras (2 Páginas) • 141 Visualizações
Acompanhamos diariamente pelos noticiários acerca da mortalidade de pessoas por Corona vírus. Silenciosamente, no entanto, outro problema sério vem se espalhando por diversos países e pode matar ainda mais, nos próximos meses se nada mudar até lá: a fome.
No contexto da sociedade contemporânea edá visibilidade às ações políticas e humanitárias emergenciais, será possível resolver a curto ou médio prazo a questão da fome estrutural, especialmente provocada pela escassez dos alimentos?
O número de pessoas vivendo em níveis extremos de insegurança alimentar tem crescido a cada ano, em detrimento a fome estrutural no Brasil. Além da pandemia, os conflitos armados foram a principal causa da fome em vários países.Dessa forma, não seria o maior desafio não deixar esse tipo de situação cair na mais pura sensação de normalidade? Sabemos que programas de construção de políticas públicas de proteção social e de alimentação e nutrição têm sido implementados, mas esses seriam efetivamente eficazes diante da situação de pobreza e de extremapobreza em que vivemos no País?
Dentro do cenário da pandemia, temos indicadores que mostram a redução da produção agrícola no Brasil, diante de um histórico já instaurado de fome estrutural, antes da Covid 19, em decorrência do desemprego, desigualdade social, entre outros aspectos. E, nessa situação apresentada, sendo o problema alarmante, como conseguir estabelecer controle de uso de agrotóxicos, desmatamento, monopólios e falta de programas de incentivo a monoculturas?
Se antes a conta não fechava, como poderá fechar agora, se o isolamento social causa desemprego, dificultando a aquisiçãode alimentos e tudo mais que gira em seu entorno? E os estudantes? A questão da insegurança alimentar e nutricional e a fome dos alunos e a falta de aulas, pode causar danos secundários e prejuízos na formação de profissionais.
Já o mercado neoliberal teve sua forte atuação, em especial na migração de vendas dos restaurantes através de delivery. Nesse quesito, não temos dúvidas que pode ajudar a manter a sobrevivência das pessoas, mas como fica a questão dos direitos trabalhistas dos motoboys e dos transportes de casa ao trabalho dos que operam nas cozinhas? Estão sempre em aglomerações nos meios de transportes, pois a frota certamente sofreu reduções devido à baixa demanda, as empresas de transporte urbano também tiveram seus custos elevados e redução de receitas.
A sociedade civil se encontra em um momento frágil no que tange ao enfrentamento da insegurança alimentar e nutricional e da fome estrutural, em especial com a extinção do Consea, que é a organização da sociedade civil temcontribuído para o enfrentamento emergencial da fome. E não deveria caber aos responsáveis por essa problematização, a incumbência desse enfrentamento?
Se não iniciarmos imediatamente uma discussão ampla para a avaliação do enfrentamento da insegurança alimentar e nutricional e da fome estrutural, nunca teremos um plano de ação para que essa situação da invenção da fome seja sensibilizada e revertida.
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