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O RESUMO CARBOIDRATOS

Por:   •  3/6/2020  •  Trabalho acadêmico  •  2.869 Palavras (12 Páginas)  •  277 Visualizações

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  1. Carboidratos: conceito

São a principal fonte de energia dos seres vivos e constituem de 50 a 80% das calorias totais da alimentação.

São constituídos de carbono, hidrogênio e oxigênio.

Em sua estrutura possuem um radical aldeído ou cetona.

  1. Classificação
  1. Monossacarídeos: açúcares simples
  • Hexoses: glicose, frutose e galactose
  • Pentose: ribose e desoxirribose
  • Triose: Gliceraldeído e diidroxicetona
  1. Dissacarídeos: composto por dois monossacarídeos
  • Sacarose: glicose + frutose
  • Lactose: glicose + galactose
  • Maltose:  glicose + glicose α (1-4)
  • Isomaltose: glicose + glicose α (1-6)
  1. Oligossacarídeos: contem de 3 a 10 monossacarídeos
  • Rafinose: sacarose + galactose
  • Estaquiose: sacarose + 2 galactose
  1. Polissacarídeos: contém mais de 10 monossacarídeos
  • Celulose: encontrada na parede celular de plantas, aumenta a massa fecal.
  • Hemiceluloses: retém água e aumenta o volume do bolo fecal
  • Pectina: possui capacidade de formais géis e se ligar a íons
  • Amido: sendo composto por amilose: cerca de 15-20% (insolúvel)  e amilopectina: cerca de 80-85% (solúvel)

  1. Amido
  1. Dextrinas: são produtos intermediários da quebra do amido.
  2. Glicogênio: é o polissacarídeo de reserva no animal, sendo formado por várias moléculas de glicose. É sintetizado no fígado e nos músculos
  1. Fontes de carboidrato

Cereais (arroz, milho, trigo, aveia, cevada), pães, biscoitos, massas, tubérculos e raízes (batata, mandioca, inhame), frutas etc.

  1. Funções dos carboidratos
  1. Energética: principal fonte de energia das dietas, onde 1g fornece 4kcal, assim, a produção de energia a partir de CHO diminui a utilização de gorduras e proteínas com essa finalidade.
  2. Estrutural: celulose, hemiceluloses e pectinas na parede dos vegetais parede celular em bactérias e exoesqueleto em insetos.
  3. Reserva energética: amido vegetais e glicogênio nos animais.
  4. Desintoxicação: glicogênio hepático - ác. Glicurônico
  5. Crescimento bacteriano: Lactose: crescimento de bactérias benéficas
  •  ação laxativa  
  • produção de vit. K e complexo B  
  • facilita absorção de Ca
  1. estimulo ao peristaltismo: celulose e outros CHO insolúveis
  2. precursores de compostos orgânicos: ácidos nucléicos, matriz do tecido conectivo e galactsídios do tecido nervoso

  1. Digestão de carboidratos

Amilase salivar continua agindo até ser inibida pelo HCL (pH<4,0).

A α-amilase pancreática continua o desdobramento dos carboidratos. A amilase pancreática também age na borda em escova.

Na borda em escova as dissacaridases e oligossacaridases terminam a digestão dos CHO.

  1. Absorção de carboidratos

São absorvidos na forma de monossacarídeo no duodeno e jejuno.

Da luz intestinal os carboidratos se direcionam para a borda em escova - o enterócito - e posteriormente passam pela membrana basolateral para ir para o fluxo sanguíneo, em uma circulação porta-hepática, ou seja, se direcionará para o fígado.

Cada monossacarídeo tem suas características peculiares:  

  1. Glicose e Galactose: transporte ativo dependente de Na, porque é um transporte concomitante de glicose com sódio, através do transportador SGLT-1 (transportador de glicose dependente de sódio do tipo 1). Ou seja, o transportador só faz essa captação de glicose e galactose se tiver o sódio, na ausência do sódio isso não acontece.  E difusão (Glut-2).

O transporte de glicose e galactose, dependerá do SGLT-1  para adentrar o enterócito. E quando no enterócito, para ir para a circulação, precisam precisa passar ainda pela membrana basolateral e o transporte utilizado para todos os monossacarídeos para isso, será a difusão facilitada, através do transportador Glut-2. O sódio que adentrou a borda em escova posteriormente irá sair da célula (contra o gradiente de concentração) e para isso haverá gasto de energia e irá ocorrer através da bomba sódio e potássio.

  1. Frutose: Difusão (Glut-5 e 2).

No caso da frutose, ela não dependerá de sódio para adentrar o enterócito. Para isso, ela utiliza o Glut-5 (transportador de glicose do tipo 5) e para atravessar a membrana basolateral ela usa o Glut-2.

Da luz intestinal os carboidratos se direcionam para a borda em escova - enterócito - e posteriormente para fluxo sanguíneo, em uma circulação porta-hepática, ou seja, se direcionará para o fígado.

  1. Metabolismo dos carboidratos

Os órgãos que utilizarão a glicose serão o fígado, intestino e músculo.

  1. Fígado

Os substratos serão digeridos e absorvidos (circulação porta-hepática) e então irão adentrar em cada célula de cada tecido para exercer sua função, seja energética ou biosintética.

No fígado grande parte da frutose e da galactose serão convertidos em glicose ou serão direcionadas para oxidação de glicose para gerar piruvato e ATP, por exemplo. Por ser o primeiro órgão a receber essa glicose, ele será um regulador desse substrato energético e ele também já utilizará de início essa glicose como fonte de energia para ele próprio, a glicose excedente será direcionada para a síntese de estoque do nosso corpo – glicogênio ou gordura no próprio fígado – e boa parte dessa glicose também será direcionada pela circulação sistémica e atenderá os outros tecidos, como o músculo e o tecido adiposo.

Por essa circulação porta-hepática, a glicose vai adentrar a célula do hepatócito (célula do fígado) através de transportadores. No caso do fígado (e no pâncreas), predomina o Glut-2 e ele não depende de insulina para estar na membrana celular do hepatócito, por exemplo, para fazer a captação da glicose. A medida que o transportador Glut-2, ou seja, essa proteína, é sintetizado, ele já ocupa seu local de ação, que é a membrana celular. Já o Glut-4, por exemplo, a medida em que ele é expresso, ele fica condicionado em vesículas no interior da célula, então ele depende da insulina, pois será ela que vai favorecer o processo, colocando o Glut-4 na membrana para poder realizar o transporte. A partir do momento que o hormônio insulina se liga ao seu receptor de membrana (transmembrana) na célula gera uma cascata de sinalização da insulina, gerando uma série de efeitos subsequentes, geralmente de fosforilização até culminar em um efeito biológico que nesse caso será a translocação das vesículas contendo o Glut-4 e essas vesículas irão se fundir na membrana e irão expor o Glut-4. O Glut-2, entretanto tem baixa afinidade com a glicose, porém tem alta capacidade de transporte, alta velocidade. Essas características, principalmente a baixa afinidade com a glicose, são importantes porque em uma situação de jejum, em um estado de hipoglicemia, boa parte dessa glicose iria adentrar o fígado, e ele, assim como tecidos como muscular e adiposo, tem total condição de utilizar outra fonte de energia além da glicose, como os lipídeos (gordura - ác. graxo - em reserva). Então, graças a essas características, ele poupa a glicose para tecidos que dependem quase que exclusivamente dela, como por exemplo, o cérebro.

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