O Relato de Experiência

Relato de Experiência

No dia 17/05 foi realizado, em dupla, com a supervisão de um professor e acompanhada da agente de saúde, as visitas domiciliares em 2 residências. Essas visitas tinham como proposta a aplicação de 2 questionários, sendo eles o questionário “Motivo das escolhas alimentares - Avaliação Microambiente alimentar” e o formulário “Marcadores de Consumo Alimentar - SISVAN”, com o objetivo de avaliação do consumo alimentar, suas escolhas alimentares e como são realizadas as compras dos alimentos.

As residências escolhidas foram orientadas pela agente de saúde no momento da visita ao bairro. Os questionários foram respondidos pela responsável pela escolha e preparo dos alimentos. É importante destacar que, do total de 2 domicílios visitados, só foi possível aplicar o questionário “Motivo das escolhas alimentares” integralmente em um dos domicílios, sendo que no outro aplicou-se somente o fator 10 e 11.

A decisão de não aplicar o questionário completo em um dos domicílios, partiu de um consenso entre o docente e as discentes envolvidas. Pois, a primeira experiência de aplicação do instrumento completo foi difícil e demorada, tomando muito tempo da responsável pela residência. Além disso, notou-se durante a aplicação, que as opções de resposta eram passíveis de contradições.

Foi aplicado o formulário "Marcadores de consumo alimentar" do SISVAN nos dois domicílios. Durante a aplicação foi percebido que o formulário era suficiente  para coletar informações referentes à alimentação dos domicílios, pois ele é de rápida aplicação e fácil compreensão para ser utilizado durante a aplicação no domicílio.

No primeiro domicílio foi aplicado os subgrupos “CRIANÇAS DE 6 A 23 MESES” e “CRIANÇAS COM 2 ANOS OU MAIS, ADOLESCENTES, ADULTOS, GESTANTES E IDOSOS", do formulário "Marcadores de consumo alimentar", pois era uma casa onde havia uma criança na faixa etária. Durante a entrevista, a residente foi muito receptiva e conseguimos realizar o questionários com muita tranquilidade. Algo que ficou muito evidente durante a aplicação do questionário foi a diferença da alimentação dela para a do filho, o quanto ela se preocupa em dar uma alimentação adequada para ele e acaba negligenciando sua própria alimentação.

Quando perguntado sobre a alimentação da criança, pudemos perceber que ela possui uma boa ingestão de alimentos in natura e come bem ao longo do dia, porém, ele apresenta um comprometimento no desenvolvimento por conta de ter um conjunto de doenças que resultam em retardo no desenvolvimento neuropsicomotor e apresenta disfagia, fazendo-se necessário utilizar  uma sonda enteral para se alimentar. Já avaliando o consumo do adulto, pode-se perceber que não se tem um consumo adequado dos alimentos, pois ela só faz 3 refeições por dia, relatou também que acaba comendo mais lanche devido ser mais prático e não ter tempo para se alimentar de forma adequada.

Durante o processo da aplicação do questionário “Motivo das escolhas alimentares”, algumas perguntas necessitaram de reformulações que as aproximasse da realidade do entrevistado, assim como escolha de palavras para facilitar a compreensão. Além disso, trata-se de um questionário longo, com 36 itens, havendo possibilidade de tornar-se cansativo. Contudo, algo que chama a atenção é que apesar da entrevistada considerar todas as opções do fator 1 (saúde) e 7 (controle de peso) muito importantes, ela não se alimenta de forma saudável no seu dia a dia. Podendo-se perceber a susceptibilidade de contradições das opções de resposta, uma vez que o que a pessoa considera importante na sua alimentação, não necessariamente é o que ela consome no seu cotidiano.

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