O USO DE EDULCORANTES, CONSUMO ALIMENTAR E OCORRÊNCIA DE COMPULSÃO ALIMENTAR PERIÓDICA EM ESTUDANTES UNIVERSITÁRIOS

USO DE EDULCORANTES, CONSUMO ALIMENTAR E OCORRÊNCIA DE COMPULSÃO ALIMENTAR PERIÓDICA EM ESTUDANTES UNIVERSITÁRIOS

Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI

INTRODUÇÃO: A indiscriminada difusão do uso de edulcorantes para emagrecimento pode não ser uma medida comportamental para a alimentação saudável e, sobretudo, pode significar um risco para fortalecer estímulos à Compulsão Alimentar Periódica (CAP). OBJETIVO: Analisar a relação entre o uso de edulcorantes, consumo alimentar e ocorrência de CAP. MÉTODO: Estudo com 227 estudantes universitários de diversas áreas selecionados aleatoriamente em uma instituição de ensino superior no estado de Santa Catarina. Os participantes responderam ao questionário de auto-preenchimento, composto pela Escala de Compulsão Alimentar Periódica e questionário de frequência alimentar semi-quantitativo adaptado, para avaliação do consumo alimentar. Os dados de idade, peso e estatura foram auto-referidos. Para avaliação do peso corporal foi utilizado o Índice de Massa Corporal (IMC) comparado aos valores preconizados pela OMS (2000). O percentual de adequação de macronutrientes foi comparado às recomendações da WHO/FAO (2003). RESULTADOS: Entre os universitários estudados, 52,42% eram do sexo feminino, e 47,58% do sexo masculino. Observou-se que 20,70% (n=47) dos universitários apresentavam o IMC acima do recomendado, classificados como sobrepeso ou obesidade I. Dos participantes, 39,21% consumiam habitualmente edulcorantes e 7,93% exibiram resultados positivos para CAP. Não houve associação entre o uso de edulcorantes e a presença ou ausência de CAP (p=0,6254). Notou-se tendência estatística de maior IMC (p=0,0868) e maior inadequação no consumo de proteínas (p=0,0567) em consumidores de edulcorantes. Usuários de edulcorantes exibiram e menor consumo de lipídios (0,0490). A CAP esteve associada a maior consumo de carboidratos (0,0490) e indivíduos com CAP exibiram maiores médias de IMC (p=0,0109). CONCLUSÕES: O uso de edulcorantes, apesar de bem difundido na população de estudo, não esteve associado à ocorrência de CAP. Sugere-se que o uso de edulcorantes e suas implicações no comportamento alimentar precisam ser melhor elucidados com a realização de estudos randomizados, controlados e a longo prazo.

VIII Outras

Mayara Cristina Molleri - [e-mail]

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