O vinho tinto como alimento funcional
Pesquisas Acadêmicas: O vinho tinto como alimento funcional. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: vaneyza • 11/12/2014 • Pesquisas Acadêmicas • 3.473 Palavras (14 Páginas) • 722 Visualizações
O VINHO TINTO COMO ALIMENTO FUNCIONAL:
UMA REVISÃO DA LITERATURA SOBRE A QUANTIDADE RECOMENDADA
Gabrieli Comachio1
Laura Ramos Toledo2
RESUMO
Atualmente a sociedade, o consumidor, a comunidade científica e a mídia desenvolvem uma consciência estabelecendo uma relação direta entre saúde e hábitos alimentares. Porém, se por um lado esse interesse da humanidade pela procura de meios que favorecem e proporcionem uma vida mais saudável, inclusive impulsionando pesquisas na busca de novos produtos e substâncias capazes de satisfazer tais necessidades, por outro é possível o risco gerado pelo consumo inadequado e até exagerado impulsionado pelas indústrias de alimentos ou pelo próprio desconhecimento das pessoas sobre o assunto. Com o objetivo de conhecer as diferentes recomendações do consumo do vinho tinto, verificar as propriedades funcionais e esclarecer as quantidades recomendadas para a prescrição como alimento funcional, por meio de uma revisão bibliográfica, com publicações entre 1990 a 2010, desenvolveu-se uma tabela de comparação para melhor visualizar as recomendações dietéticas do consumo do vinho tinto aos benefícios. Com base nos dados e nas observações, podemos sugerir que os achados desta investigação permitiram identificar a adição do vinho na alimentação habitual devido seus benefícios cientificamente comprovados à saúde, no entanto, não existe um consenso dos autores frente à quantidade a recomendar diariamente, pois muitos fatores influenciam na prescrição. O mais importante é saber que as virtudes terapêuticas do vinho só ocorrem se ele for ingerido com moderação, durante as refeições e se não houver nenhuma contra-indicação a ingestão de bebidas alcoólicas.
PALAVRAS-CHAVE
Vinho tinto, compostos fenólicos, recomendações
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1 Graduada em Nutrição pela Universidade de Cuiaba (UNIC), Pos graduanda em Nutrição Humana e Saúde (UFLA) da Universidade Federal de Lavras – Minas Gerais, e-mail: gabicomachio@hotmail.com
2 Graduada em Nutrição pela Universidade Federal de Mato Grosso (2005). É especilista em Nutrição Hospitalar. Monitoria na Disciplina Microbilogia Geral do curso de Nutrição da UFMT(400 hs). Atuação como Nutricionista Clínca em Hospitais e Clinicas de Hemodiálise e Escola Infanil. Professora das disciplinas profissionalizantes: Dietética, Nutrição Humana e Introdução à Nutrição da UNIC-Grupo IUNI.
ABSTRAT
Today society, the consumer, the scientific community and the media develop an awareness by establishing a direct relationship between health and eating habits. However, on one hand the interests of humanity by finding ways to encourage and provide a healthier life, including boosting research in search of new products and substances capable of meeting such needs, the other is the possible threat posed by inadequate intake and even exaggerated driven by food industry or by the ignorance of people about it. Aiming to meet the various recommendations of the consumption of red wine, check functional properties and to clarify the amounts recommended for prescription as a functional food, through a literature review, with articles from 1990 to 2010, developed a table compared to better visualize the dietary consumption of red wine benefits. Based on data and observations, we suggest that the findings of this research identified the addition of wine in your usual diet because scientifically proven health benefits, however, no consensus exists on the front of the authors to recommend daily amount because many factors influencing the prescription. The most important thing is that the therapeutic virtues of wine only occur if it is ingested in moderation, with meals and if there are no contraindications to alcohol consumption.
KEYWORDS
Red wine, phenolic compounds, recommendations
INTRODUÇÃO
Até a metade do século XX, as pesquisas com alimentos tinham caráter, sobretudo curativo (RAMALHO, 2009). Acompanhando o processo de urbanização e modernização, as pessoas, foram transformando seus hábitos, passando a consumir dietas hipercalóricas, comidas prontas ou semi-prontas, lanches rápidos e “fast foods” preparados com maior quantidade de carboidratos, gorduras saturadas, insaturadas e colesterol, aliados à prática cada vez menor de atividade física e associados com doenças como a obesidade, diabetes melitus tipo 2, síndrome metabólica, doenças osteo-articulares, neoplasias, entre outras (SALGADO, 2004).
A principal ação contra muitas doenças é a dietoterapia, sendo esta uma conduta terapêutica indicada isoladamente ou em conjunto com outros tipos de tratamentos (SANTOS, 2001). Em virtude disso é natural o interesse da ciência e da mídia, diante da possibilidade de prevenção através de medidas que inclui a adoção de hábitos alimentares saudáveis (ANJO, 2004).
Os alimentos funcionais fazem parte de uma nova concepção de alimentos, lançadas pelo Japão na década de 80, através de um programa de governo que tinha como objetivo desenvolver alimentos saudáveis para uma população que envelhecia e apresentava uma grande expectativa de vida (ANJO, 2004).
Um alimento pode ser considerado funcional se for demonstrado que o mesmo pode afetar beneficamente uma ou mais funções alvo no corpo, além de possuir os adequados efeitos nutricionais, de maneira que seja tanto relevante para o bem estar e a saúde quanto para a redução do risco de uma doença (MORAES; COLLA, 2006). Esses alimentos provem a oportunidade de combinar produtos comestíveis de alta flexibilidade com moléculas biologicamente ativas, como estratégia para consistentemente corrigir distúrbios metabólicos (MORAES; COLLA, 2006), resultando em redução dos riscos de doenças e manutenção da saúde (ANJO, 2004).
Dentre os diversos alimentos vistos como funcionais temos o vinho, definido como uma bebida obtida pela fermentação alcoólica, total ou parcial, do mosto (suco da uva), onde as leveduras que se alojam em sua casca, à medida que amadurecem, quando em contato com o suco da uva produzem enzimas
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