A Cafeína no Trato Gatrointestinal
Por: estefaniamiguel • 17/5/2023 • Seminário • 1.958 Palavras (8 Páginas) • 115 Visualizações
Cafeína no Trato Gatrointestinal
Entre as metil-xantinas, a cafeína é a que mais rapidamente atua sobre o sistema nervoso central, uma vez que a sua absorção pelo trato gastrointestinal é mais rápida do que as restantes (Bassit 2003), atuando ainda sobre o metabolismo basal e aumentando a produção de suco gástrico. A cafeína estimula a secreção gástrica de ácido clorídrico e da enzima pepsina no ser humano, em doses a partir de 250 mg (aproximadamente duas chávenas de café). Essa caraterística da cafeína é contraindicada em pacientes com úlcera digestiva. No entanto, em pessoas que não possuam nenhuma patologia digestiva a cafeína não tem sido associada a um aumento do risco de úlcera péptica (Soares and Fonseca 2004).
A forma não dissociada da molécula da cafeína é solúvel na membrana gástrica sendo, por isso, bem absorvida por via gastro-intestinal, distribuindo-se em todo o organismo (Ferreira, Guerra et al. 2006), (Soares and Fonseca 2004). Tal como as restantes metilxantinas, a cafeína está distribuída nos tecidos corporais em volumes similares (0,4-0,6 l/kg) (Bassit 2003), (Soares and Fonseca 2004). Já a ligação às proteínas plasmáticas difere entre as três metilxantinas, apresentando a teofilina 50-60%, a cafeína 25-30% e a teobromina 15- 25% (Eteng 1997). Cerca de 95% da cafeína ingerida é metabolizada pelo fígado, e só cerca de 3% a 5% é recuperada na sua forma original na urina (Bassit 2003).
A cafeína é absorvida de modo rápido e eficiente, através do trato gastrointestinal, com 100% de biodisponibilidade. Também é bem absorvida através da via subcutânea e da pele, e a absorção após injeção intramuscular pode ser mais lenta que a administração via oral. A absorção via retal, pelo uso de supositórios, pode ser lenta e nada aconselhável (Soares and Fonseca 2004). A absorção da cafeína é também retardada pela presença de outros alimentos no estômago e é mais lenta nas pessoas obesas. No que se refere ao chá, a absorção de cafeína é mais lenta que no café, o que faz com que o seu efeito estimulante seja menor mas mais prolongado no tempo. Este fato deve-se à presença de polifenóis no chá que, de acordo com algumas investigações, parecem retardar a taxa de absorção da cafeína pelo nosso organismo (Lipton 2004).
A ação estimulante da secreção ácida e da pepsina no estômago leva à contraindicação do seu consumo por portadores de úlcera ou gastrite, em atividade. Apesar de todos os efeitos colaterais e doenças causadas pelo consumo excessivo do café a população brasileira está consumindo cada vez mais o café e tem a saúde afetada.
OS BENEFÍCIOS DO CONSUMO DE CAFÉ NA SAÚDE
O café também pode ajudar a proteger contra o câncer no estágio inicial, observou-se que a cafeína pode inibir a mitose e, desse modo, interferir em importantes passos na síntese do DNA e na divisão celular (ALVES, 2009). A cafeína induz a diferenciação celular, podendo tornar a célula menos suscetível à carcinogênese (LIMA, 2001).
Após a ingestão de café, a azia é o sintoma gastrointestinal mais descritos. Esse efeito pode ser relacionado a irritação direta da mucosa esofágica, estimulando também a secreção ácida (ARRUDA, 2009).
Não é descrito na literatura nenhuma relação entre o consumo de café e o aparecimento de ulceras peptídicas, no entanto, portadores deste quadro devem ter hábitos alterados de consumo. A ação do café no trato gastrointestinal é atribuída as 5-hidroxitriptamidas (ALVES; OLIVEIRA, 2009). Mas para a felicidade dos consumidores, na Alemanha já é comercializado os chamados stomach-friendly coffees para consumidores sensíveis aos efeitos gástricos (ALVES; OLIVEIRA, 2009). Por ter estruturas semelhantes, a cafeína compete com os receptores de adenosina, estimulando o SNC, tendo como consequência um aumento agudo da pressão arterial, velocidade metabólica e diurese (LIMA et. al.,2010). Deste modo, a utilização do café deve ser realizada em horários específicos do dia como também quando apresentar qualquer problema, ou anomalia médica, como problemas gastrointestinais e doenças cardiovasculares, seu consumo deve ser evitado devido ao aumento da acidez no estomago e de mudança na frequência cardíaca respectivamente
(ARRUDA, 2003).
Referências Bibliográficas
https://repositorio-aberto.up.pt/bitstream/10216/65113/2/26291.pdf
https://revistagalileu.globo.com/Ciencia/Saude/noticia/2017/07/descubra-o-que-cafeina-faz-com-seu-corpo-e-seu-cerebro.html
https://monografias.ufma.br/jspui/handle/123456789/3174
https://www.inesul.edu.br/revista/arquivos/arq-idvol_64_1568731056.pdf
EFEITOS DA CAFEÍNA NO FIGADO
Resumo
A cafeína afeta a função do açúcar no sangue do fígado, e pode ajudar a prevenir diabetes e sintomas de diabetes. Muitos estudos descobriram que o café trás benefícios para o fígado, um estudo descobriu que a café pode ajudar a reduzir o risco de danos ao fígado em pessoas com alto risco de doença hepática. Mas também viram que o café pode diminuir o risco de cirrose no fígado, enquanto outras bebidas com cafeína podem não ter o mesmo efeito.
Um estudo descobriu que o café parecia ter um efeito antidiabético em camundongos, melhorando o fígado gordo e suprindo a hiperglicemia ou o alto nível de açúcar no sangue. O estudo descobriu ainda que a cafeína na agua dada aos ratos produziu resultados semelhantes, sugere que a cafeína seja pelo menos um dos compostos responsáveis pelas propriedades antidiabéticas do café.
Bibliografia
http://www.365saude.com.br/saude/Nutricao/1019186659.html
CAFEÍNA X RINS
Para a dieta de muitos, o café pode ser uma fonte de líquido importante. A cafeína apresenta um pequeno efeito diurético, porém sendo seu consumo moderado de até 4 xícaras ou cerca de 80-100 mg, não causa a desidratação. Contudo, o aumento da produção de urina verificado após 3 horas é compensado por uma diminuição durante as horas restantes do dia.
Porém, se consumido em excesso, ou por uma pessoa portadora de qualquer tipo de deficiência renal, pode causar malefícios. Já que é uma bebida rica em oxalatos (substância que facilita o depósito de cristais e aumenta os riscos do desenvolvimento de um cálculo renal)
Não existem evidências de que a cafeína cause desequilíbrio eletrolítico, nem comprometa o estado de hidratação ou termorregulação.
Referências bibliográficas
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17138/tde-13042020-150537/en.php
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