A Odontologia Pré-Clínica em Oclusão e Dentística
Por: Gisele.iotti • 14/4/2022 • Projeto de pesquisa • 1.796 Palavras (8 Páginas) • 199 Visualizações
Nome: Gisele Cristine Iotti RA: 3950 9672 5932
Curso: Odontologia - 3º Semestre
Disciplina: Odontologia Pré-Clínica em Oclusão e Dentística
Ministrada por: Profª Drª DIANA ROBERTA PEREIRA GRANDIZOLI
ATIVIDADE
Pesquisa: Quais são os princípios gerais do preparo cavitário?
A área de dentística é a que estuda e aplica de forma integrada e unificada o conjunto de procedimentos operatórios, preventivos, terapêuticos, curativos, preparatórios, protéticos, estéticos e educativos, objetivando preservar e devolver ao dente sua integridade de funções, forma e estética em sua totalidade, um diagnostico correto tanto na dentística restauradora quando na não restauradora é fundamental, sendo esse o principal e mais importante elemento na obtenção de sucesso e eficácia do procedimento. No Início do século XX(1908) - Black elaborou uma série de normas e detalhes para cada tipo de preparo cavitário, classificados por classe de black, sendo classe I; classe II; classe III; classe IV e classe V, porém ainda se tratava de preparos sem bases biológicas e de forma mecânica as lesões causadas pela cárie.
Para o preparo cavitário é necessário a utilização de instrumentos que facilitem o acesso á lesão que afeta a estrutura dentária, possibilitando diferentes abordagens e procedimentos a se realizar, em especial o esmalte do dente é um elemento com grande regidez, sendo necessário a utilização de instrumentos resistentes para cortar ou desgastar com eficiência o esmalte e a dentina. Os instrumentos são agrupados por categoria sendo: instrumentos cortantes manuais que são os cinzeis, as enxadas, machados, recortadores de margem gengival, formadores de ângulo, escavador de dentina e os instrumentos rotatórios sendo: de corte, de desgaste e instrumentos abrasivos aglutinados e abrasivos de revestimento. Quando o dente sofre um processo destrutivo devido uma lesão de cárie, uma fratura ou quando vamos modificar as suas características estéticas, esse dente deve ser preparado para receber o material restaurador. Black foi o primeiro a idealizar uma sequencia lógica de procedimentos para a realização de preparos cavitários, atualmente esses preparos tiveram significativas mudanças, devido o surgimento de novos materiais e novas técnicas restauradoras surgindo modernas concepções de preparo cavitário conservador desenvolvidas nesses últimos anos.
O preparo cavitário deve seguir a uma sequência lógica de procedimentos para tratar a cavidade, sendo: Abertura da cavidade; Forma de Contorno; Remoção do tecido/dentina cariada; Forma de Resistência; Forma de Retenção; Forma de Conveniência; Acabamento das Paredes de Esmalte e Limpeza da cavidade para receber a aplicação do produto restaurador. Essa sequência pode ter sua ordem alterada, com base em uma analise clínica de cada caso. A abertura da cavidade consiste na remoção de esmalte, expondo o processo patológico e facilitando o manuseio dos instrumentais e visualização mais ampla para as próximas fases, em casos de cárie as vezes a cavidade já esta aberta, sendo nesse caso necessário apenas remover o tecido cariado, fazer a definição do contorno, a forma de resistência, retenção e conveniência, realizar o acabamento das parede cavitárias e limpar para a cavidade para receber a restauração de modo a evitar qualquer tipo de infiltração. No procedimento de abertura se utiliza instrumentos rotatórios de alta velocidade, diferentes tipos de brocas e pontas diamantadas, de acordo com fatores como: o dente afetado, o tamanho da lesão e o material restaurador a ser utilizado. A próxima etapa é a forma de contorno onde se delimita o desenho da cavidade, verificando a anatomia do dente, a extensão da lesão, a oclusão e o material restaurador a ser utilizado, os princípios básicos adotados é de que deve ser removido todo esmalte sem suporte de dentina, e considerar as margens do preparo para um bom acabamento, avaliar o risco de cárie e observar a diferença dos procedimentos operatórios entre cavidade de fissura e cicatrículas e de cavidade de superfície lisa. As cavidades de cicatrículas e Fissuras em geral é a propagação da cárie, iniciando pela abertura vestibulo-lingual, realizando a extensão preventiva, sempre eliminando o tecido cariado, analisando a idade do paciente, qual o procedimento correto a ser aplicado e o risco de cárie. Nas cavidades de superfícies lisas relaciona-se com as faces vestibular, lingual, incisal e distal de todos os dentes, e alguns fatores são importantes como: a propagação da cárie, a extensão para a gengival, a idade do paciente e a extensão para a vestibular e Lingual. Nas cavidades da classe III, IV e V se remove apenas o tecido cariado sem necessidade de realizar extensão preventiva. Existe pacientes considerados alto, médio e baixo risco de cárie, e de acordo com a classificação define-se um tratamento preventivo/restaurador individualizado, onde as variações na forma do contorno dos preparos cavitários depende de características individuais, do risco alto ou médio e a forma de contorno que será executada de forma a englobar toda a lesão, resultando em preparos cavitários modificados, já em pacientes de baixo risco a forma de contorno do preparo cavitário irá se limitar ao local da lesão, preservando os tecidos sadios remanescentes. O próximo passo é a remoção de dentina/tecido cariado, que é analisado a cor e a consistência para definir o estado da dentina cariada, onde se deve remover toda a dentina desmineralizada infectada que é a dentina infectada quando ela esta totalmente invadida por micro-organismos, a remoção pode ser realizada simultaneamente durante a forma de contorno ou em duas etapas, em cárie incipiente ou pouco invasivas e em casos mais profundos seria melhor a remoção do tecido antes de determinar o contorno, para a remoção do tecido/dentina cariada é utilizado instrumentos manuais como: curetas ou colheres de dentina afiadas e o tamanho deve ser proporcional a lesão de cárie e caso a dentina esteja resistente utiliza-se fresas esféricas lisas em baixa rotação. Temos ainda a dentina afetada que é desmineralizada com coloração diferente da dentina sadia que ainda não foi alcançada por bactérias. A forma dada a cavidade de modo que tanto o dente como o material restaurador resistam aos esforços mastigatórios e às alterações volumétricas frente às variações térmicas recebe o nome de forma de resistência, em amálgama o preparo é em forma de caixa com ângulos diedros externos retos e definidos com espessura de no mínimo 2mm em áreas como oclusais, pois é um material quebradiço, a forma de resistência é diretamente proporcional a espessura do material restaurador, segundo Black ela é fundamentada em princípios mecânicos como: todo esmalte deve ser removido, as paredes circundantes paralelas entre si, parede gengival perpendicular ao longo do eixo do dente e paralela a parede pulpar, ângulos diedros e triedos vivos, angulo axio e abertura vestíbulo, trata-se da conformação dada a cavidade a fim de evitar a fratura do remanescente dental, o deslocamento ou fratura da restauração, alguns fatores como: tipo de material restaurador; estrutura dental remanescente; esmalte com e sem suporte; paredes internas; ângulos internos. restauração em amálgama deve ter ângulo cavo superficial ideal de 90o ou aceitável 70o, baixa resistência do material nas margens da restauração, a resina composta e ionômero de vidro, apresentam características e ser mais conservador. Hoje nos preparos modernos os ângulos internos da cavidade são arredondados, este procedimento diminui a concentração de esforços mastigatórios capazes de influir na fratura do material restaurador. A Forma de Retenção seria a característica que evita o deslocamento do material, sob ação dos esforços mastigatórios, pelas alterações dimensionais térmicas ou alimentos pegajosos, obtida através de alguns embricamentos mecânicos entre a parede cavitária e material, para a obtenção da forma de retenção pode ser criada retenções internas em dentina e associá-las a convergência das paredes laterais .Quando a profundidade de uma cavidade for igual ou maior que sua largura V-L ela por si só será retentiva, as retenções são classificadas em: Retenção friccional, dada por atrito do material restaurador as paredes cavitarias, quanto maior o contato , maior a retenção resultante; Retenções mecânicas adicionais, através da confecção de sulcos, canaletas, orifícios, pinos, pins, inclinação das paredes e Retenção química através de condicionamento ácido associado à adesivos dentinários Na sequencia é realizada a forma de conveniência que é a característica que se deve dar ao preparo cavitário, com a finalidade de facilitar o acesso, a conformação e a instrumentação da cavidade, estes procedimentos relacionam-se com as características especificas do material restaurador como: afastamento mecânico dos dentes, isolamento absoluto, afastamento gengival, extensão do preparo cavitário; pequenas cirurgias periodontais entre outros. No acesso por lingual ou palatino atualmente todas as formas de conveniência aplicadas preservam os tecidos dentais sadios e consequentemente há um menor comprometimento da resistência dental. O processo de acabamento das paredes de esmalte consiste na remoção das irregularidades da parede e do ângulo cavo superficial, onde se remove prismas de esmalte sem suporte dentinário com o objetivo de promover adaptação entre material restaurador, parede cavitárias e consequentemente uma melhor vedação marginal, caso o material restaurador seja o amalgama nunca se deve deixar parede de esmalte sem apoio de dentina, pois em caso de exposição a variações térmicas ele se contrai e se expande mais que o esmalte, a finalidade desse procedimento é fornecer resistência entre o dente e a restauração e definir o término do material restaurador para obter um ângulo ótimo entre dente e restauração, na restauração de cavidades extensas com amalgama(ângulo liso em 90º) pode-se optar na técnica de conservação de esmalte utilizando materiais adesivos ou material restaurador de resina composta (Dentes posteriores: ângulo Cavo - Superficial Vivo e Dentes anteriores: Biselado) ou o ionômero de vidro (ângulo vivo). Os instrumentais utilizados pode ser pontas diamantadas de baixa rotação e recortadores de margem gengival.
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