Saúde bucal coletiva
Por: Filipi Gotuzzo • 11/9/2017 • Resenha • 860 Palavras (4 Páginas) • 1.251 Visualizações
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS
CURSO DE BACHARELADO EM ODONTOLOGIA
Filipi Gonçalves Gotuzzo
Saúde Bucal coletiva: caminhos da odontologia sanitária à bucalidade
Pelotas-RS 2017
Filipi Gonçalves Gotuzzo
Saúde Bucal coletiva: caminhos da odontologia sanitária à bucalidade
Resenha apresentada para a disciplina de fundamentos de Ciências Sociais I, no curso de Odontologia, da Universidade Federal de Pelotas – UFPel.
Prof. Rafael Braz
Pelotas-RS 2017
RESENHA
NARVAI, Paulo Carpel. Collective oral health: ways from sanitary dentistry to buccality. Rev. Saúde pública, v. 40, n. Esp, p. 141-147, 2006.
O artigo em questão discute o surgimento da saúde bucal assistida pelo poder público, enfatizando seus marcos e caracterizando os diferentes modelos de atendimento e atenção a saúde bucal coletiva propostos pelo poder público de lá pra cá. Além disso, apresenta como se deu a reestruturação dessas propostas e modelos de saúde bucal nas ultimas décadas, ainda expõem modelos de propostas nas quais essa se relaciona com a saúde coletiva de forma ampla e integral. Por fim, apresenta discussões de como a saúde bucal coletiva ainda precisa se reorientar no âmbito do SUS, apresentando propostas debatidas na Conferência Nacional de Saúde Bucal.
Através Lei 1280 de 19/12/1911 do estado de São Paulo surgiram os primeiros cargos públicos para cirurgião-dentista, dessa forma deu-se inicio ao atendimento odontológico público, desde então, grandes avanços ocorreram com o passar das décadas. Contudo, ainda que a assistência odontológica pública com o passar das primeiras décadas tenha sido pensado de uma maneira coletiva, as práticas ainda reproduziam atendimentos pautados apenas no indivíduo não se tinha uma visão planejada e organizada para discutir programas odontológicos sanitários. Contudo, esse cenário se altera quando Serviço Especial de Saúde Pública- SESP voltou sua atenção para populações epidemiologicamente vulneráveis e pensou a saúde bucal de forma planejada e instituiu programas preventivos, espalhando-se para todo país. Nesse período, devido a políticas estatais houve pequeno decréscimo na procura por serviços considerados como odontologia de mercado, proporcionando assim espaço para a até então nova, odontologia sanitária, que segundo Chaves, é a disciplina da saúde pública responsável pelo diagnóstico e tratamento dos problemas de saúde oral. Através das experiências do SESP, esta modalidade de serviço deu origem ao Manual de odontologia sanitária, baseado nas práticas desenvolvidas por profissionais da área odontológica em saúde pública da década de 50, assim como ao curso de especialização em saúde pública para dentistas, de feito de Chaves e Viegas, pioneiros nesse tema. Seguindo tal metodologia, desenvolveu-se o sistema incremental, uma ferramenta pensada para proporcionar um completo atendimento bucal, eliminando necessidades acumuladas e posteriormente as mantendo sob controle, utilizando-se então de um modelo de saúde bucal preventivo e curativo. Todavia, essa ideologia deturpou-se ao ser ampliada, e tornando-se um atendimento padrão, além de esbarrar na falta de estrutura do setor público. E este que seria um modelo combativo a odontologia de mercado, pautada no atendimento individual e pontuado, veio a fracassar, e a odontologia de merdado perdura hegemonicamente ate hoje.
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