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As Anormalidades Hematológicas

Por:   •  21/5/2015  •  Pesquisas Acadêmicas  •  899 Palavras (4 Páginas)  •  463 Visualizações

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Erlichiose canina – Ehrlichia spp.

Luiz Fernando de Oliveira Noll

Renata de Cássia Moura Amorim

Resumo

O presente trabalho apresenta elementos para o estudo mais afundo de Erlichiose canina que é uma hemoparasitose causada pela bactéria Erlichia sp. Essa bactéria parasita, geralmente, os glóbulos brancos e as plaquetas que são células do sangue, por isso o nome hemoparasitose. Trazendo um caso clínico em específico para o estudo da bactéria em questão.

Palavras-chave: Parasita, sangue, bactéria, hemoparasitose.

Introdução

Com o propósito de pesquisar e analisar os aspectos hematológicos de cães infectados com Ehrlichia spp. As Erlichioses são causadas por bactérias pleomórficas Gram negativas intracelulares obrigatórias que parasitam leucócitos de muitas espécies animais, inclusive o homem (McDADE, 1990; GALVÃO et al., 2002; SILVA & GALVÃO, 2004).

A Erlichiose Canina é uma hemoparasitose causada pela bactéria Erlichia spp. Essa bactéria parasita, geralmente, os glóbulos brancos (neste caso, Erlichia canis) e as plaquetas (neste caso, Erlichia platys), que são células do sangue.

A E. canis comumente parasita leucócitos e plaquetas, e o E. platys parasita plaquetas, o que poderia eventualmente dificultar o diagnóstico, principalmente por existir a possibilidade de infecções concomitantes, tendo inclusive o mesmo vetor (SMITH et al., 1975; LABRUNA & PEREIRA, 2001).

O carrapato ixodideo Rhipicephalus sanguineus ou carrapato-vermelho do cão é o principal responsável pela transmissão da erliquiose canina através de sua secreção salivar (SMITH et al., 1975). Preferem se fixar nas regiões do pescoço, orelhas, espaços interdigitais e dorso (LABRUNA & PEREIRA, 2001).

A erliquiose é uma infecção que se caracteriza por diferentes alterações clínicas, distribuindo-se nas fases aguda, subclínica e crônica. Os sinais clínicos geralmente são oriundos de hiperplasia linforreticular disseminada e das alterações hematológicas, muitas vezes com hipoplasia medular na fase crônica (MOREIRA et al., 2003; MORAES et al., 2004).

As anormalidades hematológicas mais freqüentemente observadas em infecções naturais são anemia não regenerativa, trombocitopenia e leucopenia (ALMOSNY et al., 2000). O número de leucócitos comumente varia durante a fase aguda, podendo diminuir em decorrência da indução ao seqüestro destes por mecanismos imunológicos (MOREIRA et al., 2003) e, nesse caso, a linfocitopenia e eosinopenia são conseqüências diretas (WADDLE & LITTMAN, 1987).

Relato de caso

Neste trabalho está apresentando um relato de caso de uma fêmea sem raça definida (SRD) pesando 7, 800 Kg com 09 meses de idade, o animal chegou ao local apresentando apatia e comendo pouco, temperatura corporal 39,2 ºC, a palpação abdominal estava sem sensibilidade, foi realizada a coleta de sangue, após o resultado terá início o tratamento adequado.

No exame constatou que o animal apresentava-se com anemia, trombocitopenia (plaquetas baixas) e corpúsculos sugestivos de Erlichiose canina.

Segue abaixo o resultado do exame realizado:[pic 1]Figura 01.

Fonte: Diagnóstico-Laboratório Veterinário.

O tratamento está sendo feito com suplemento composto por vitaminas do complexo B, vitamina A e aminoácidos chamado Maltodex®, a dosagem é 1ml 2 vezes ao dia, por 21 dias, via oral, suplemento alimentar composto de glicose, vitaminas e minerais quelatados, chamado Hemolipet®, dosado em 1 ml 2 vezes ao dia, por 21 dias, via oral, medicamento do grupo dos antibacterianos, sub-grupo cloranfenicol e tetraciclinas, denominado Doxiciclina® 80 mg, 1 cápsula de 12 em 12 horas, por 21 dias, via oral, e Izoot B12 0,3 ml, que é um antimicrobiano injetável, à base de dipropionato de imidocarb e vitamina B12, injetado no 1º dia e no 15º dia do tratamento.

Após a realização do tratamento no período de 21 dias, o animal será submetido a outra realização de hemograma.

Discussão

O agente erlichial mais comum encontrado na erlichiose monocítica canina (EMC) é a Ehrlichia canis (DONATIEN; LESTOQUARD, 1935), que tem como principal vetor o carrapato marrom do cão Riphicephalus sanguineus (LATREILLE, 1806), embora o Dermacentor variabilis também possa experimentalmente transmitir a Ehrlichia canis (WANER; HARRUS, 2000).

A erliquiose pode ser fatal, principalmente quando não diagnosticada precocemente, retardando o início da terapia adequada. Quase todas as espécies de erlichias podem acometer o homem e causar alguma sintomatologia. Infecções por múltiplos agentes (de várias espécies e até mesmo de outros gêneros, como por exemplo, Babesia canis), também ocorrem e podem levar a uma sintomatologia atípica e de difícil diagnóstico. Ainda não há descrição molecular das principais espécies de erlichias que acometem os cães e os seres humanos no Brasil (DAWSON et al., 1996).

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