O Sistema Respiratórios

Resumo João ADA

1ª Etapa: Podologia

-A podologia acomete principalmente a atividade leiteira, causando claudicações, o que gera um enorme desconforto para o animal; Prejuízos com:

• Custo de tratamento;
• Descarte de leite;
• Déficit reprodutivo;
• Descarte precoce do animal;
• Custo de reposição

-Etiologia: Acomete principalmente grandes rebanhos com intensificação da exploração. Normalmente encontramos de 7 a 10% dos animais com claudicação.
-Anatomia: Dígitos funcionais: lll (Medial) e lV. Dígitos afuncionais: ll e v, paradígitos e sobre- unhas.
-A epiderme possui três partes:

• Estrato basal:
• Estrato germinativo:
• Estrato córneo:

-Composição do casco: Queratina, aminoácidos, minerais, água e gordura
-Crescimento: Em média 0,5 ao mês. Nos dígitos laterais dos membros posteriores o crescimento pode ser um pouco maior. Os problemas de casco acometem 92% os cascos dos membros posteriores e unha lateral.
-A seleção por características de casco é feita de forma visual. A mensuração só deve ser feita após o primeiro parto. A seleção de touros com base em medidas de cascos tem relação positiva com a longevidade das matrizes
-Fatores de risco para as doenças podais:

• Fatores genéticos:

• Qualidade do casco;
• Conformação dos dígitos e ligamento cruzado;
• Ângulo da articulação do tarso;
• Despigmentação do casco

• Condições ambientais:

• Umidade;
• Agentes químicos (Urina, fezes);
• Tipo de terreno;
• Qualidade e conforto das camas

• Fatores nutricionais:

• As laminites são responsáveis por cerca de 70% das afecções podais em vacas leiteiras confinadas;
• Recomenda-se que pelo menos 40% da ms fornecida seja em forragem. *Alimentação baseada em grãos e em partículas menores;
• A adaptação da flora ruminal a alimentação de produção leva em torno de 2 semanas;
• O desenvolvimento das papilas ruminais ocorre em torno de 6 semanas, nessa fase os animais apresentam uma carência de zinco e cobre;
• Vitaminas A, E, biotina e co são importantes na dieta para manter a integridade dos cascos. A suplementação com biotina previne claudicação em novilhas no primeiro parto

• Fatores relacionados ao estresse:

• Idade, número de partos e lactações;
• Tamanho do rebanho, dominância;
• Concentração de animal por área;
• Estresse calórico;
• Adequação dos estábulos;
• Treinamento do pessoal;

*As vacas leiteiras estão em conforto quando 50% estão deitadas e ruminando após 2 a 4 horas da alimentação. As vacas leiteiras necessitam ficar entre 12 e 14 horas por dia deitadas

1- Doenças dos tecidos moles

• Flegmão interdigital:

-O que é? É uma infecção interdigital que acomete os tecidos profundos, causando celulite. É de caráter agudo, muito doloroso, causa claudicação intensa e queda na produção;
-Incidência: Pode atingir 50% dos animais do piquete e ocorre geralmente na época de chuvas. Acomete animais de corte, leite e também pode ocorrer em ovinos;
-Fatores determinantes: Principal agente: Fusobacterium Necrophorum.
É um necrobacilo anaeróbico e g-, habitante normal do rúmen e intestino de bovinos, ovinos.
-Fatores predisponentes:

• Traumatismo: Farpas, esterco seco e pedras;
• Umidade, fezes, urina e lesões da pele. Vacas estabuladas que ficam com os posteriores em contato prolongado com urina em fezes tem uma maior predisposição;
• Unhas geneticamente mal formadas, abertas, predispõe a pele interdigital ao traumatismo

-Sinais clínicos:

• A doença é de caráter agudo;
• Ocorre claudicação severa, febre, diminuição da produção leiteira e perda de peso;
• Há inflamação profunda do espaço interdigital, gerando celulite, com edema e separação das unhas;
• Após 24 horas do aparecimento dos sinais, o animal fica com muita dor e tende a não apoiar os membros no chão;
• Na lesão interdigital é comum necrose com secreção purulenta;
• Odor fétido desagradável característico

-Tratamento:

• Recuperação espontânea é muito rara;
• Penicilina g procaína, oxitetraciclina e ceftiofur. O tratamento deve se prolongar por 2 a 3 dias após o desaparecimento dos sinais;
• Limpeza local, curetagem do tecido necrosado e colocação de bandagens com antibióticos ou quimioterápicos. * A bandagem deve ser frouxa para não impedir a drenagem do flegmão

-Controle e prevenção:

• Isolamento dos doentes: O local tem que ser limpo e seco;
• Pedilúvio de sulfato de cobre, zinco e formalina. *as soluções com formalina nunca podem ser usadas em feridas abertas

• Dermatite interdigital Contagiosa bovina:
  - O que é? É uma dermatite superficial, caracterizada por leve erosão, com localização mais frequente entre os talões, podendo se estender até a parte anterior do espaço interdigital. É mais comum na região plantar e a inflamação pode ter caráter agudo, subagudo ou crônico;
  -Incidência:

• Pode ser alta em bovinos semiestabulados presos por longos períodos;
• Em bovinos criados em locais úmidos e com excesso de detritos;
• Na época de chuvas a incidência é mais alta
  -Fatores determinantes:
• Dichelobacter nodosus

-Fatores predisponentes:

• Umidade e falta de higiene;
• Superpopulação, acúmulo de material orgânico e alta contaminação ambiental;
• Estábulos com teto baixo;

-Sinais clínicos:

• Inflamação úmida do espaço interdigital com pequenas erosões superficiais;
• Complicações mais frequentes: Miíase e necrose;
• Raramente há claudicação;
• O supercrescimento é resultado da lesão da epiderme com consequente ativação do cório, semelhante ao que ocorre em vacas com febre aftosa

-Tratamento:

• Curetagem e colocação de antimicrobiano tópico com sulfato de cobre com bandagem em seguida, a cada 5 a 7 dias;
• Sulfametazina pó + sulfato de cobre em partes iguais;
• Pedilúvio regular com sulfato de cobre 10% controlam a doença nas fases iniciais

• Hiperplasia da pele interdigital:

-O que é? É uma reação proliferativa da pele do espaço interdigital com crescimento de pequena tumoração;
-Incidência: É a doença digital mais frequente em bovinos mestiços (Bos taurus x bos indicus) criados em pastagens íngremes e secas, também é comum em raças de corte. Ocorre geralmente em fêmeas com mais de três anos de idade. Atinge principalmente os membros posteriores, sendo bilateral em cerca de 12% dos casos.