Resumo de artigo
Por: Juliana Machado • 7/5/2015 • Pesquisas Acadêmicas • 434 Palavras (2 Páginas) • 273 Visualizações
Baseado no artigo, em que um estudo realizado com 65 cães de ambos os sexos e raça misturada que eram de uma área endêmica brasileira (Teresina, estado do Piauí) que estavam infestados com carrapatos, foram detectados casos de infecção de Leishmania spp. em Rhipicephalus sanguineus(espécie de carrapato) coletados de cães naturalmente infectados com L. (L.) infantum.
Esta doença, possui uma relação dinâmica com interações de alta complexidade entre os protozoários, os insetos vetores, como o flebotomíneos(Mosquito-palha, principal transmissor da doença) e os hospedeiros susceptíveis.
Foi constatado que em diferentes regiões onde ocorrem Leishmaniose visceral canina (CVL) , devido à sua prevalência, relevância veterinária e potencial zoonótico, representam um problema histórico e emergente.
Em áreas onde os casos de CVL ocorrem sem a presença de flebotomíneos, da mesma forma, em áreas de alta endemicidade para CVL, onde a eutanásia de cães com VL não mostra nenhuma correlação positiva com uma diminuição na incidência de doença, o possível envolvimento de outros vetores prováveis deve ser considerado. Como o envolvimento de R. Sanguineus(o ectoparasita mais freqüente encontrado em cães no Brasil), na transmissão de L. (L.) infantum, onde o carrapato(com presença de L. (L.) infantum nas glândulas salivares), ao se alimentar do hospedeiro transmiti o protozoário, ao excretar uma quantidade substancial de saliva potencialmente contaminadora.
Fatores adicionais como a participação do carrapato no ciclo de vida do CVL, incluindo seu contato extremamente comum com cães, a sua longevidade, a sua capacidade de adaptação ao meio ambiente, o processo e durabilidade da alimentação de sangue e a capacidade de locomoção dos machos buscando um novo anfitrião.
Neste estudo, PCR(Reação em cadeia da polimerase), executado em material extraído de piscinas de carrapatos fêmeas adultas ingurgitadas, dez de cada um dos cães que foram naturalmente infectados com L. (L.) infantum revelou que 22,9% dos carrapatos foram infectados.
Embora não tenha sido comprovado que carrapatos podem transmitir infecções de cães, cães podem transmitir infecções para carrapatos.
Com base nos resultados apresentados, conclui-se que a presença de Leishmania spp. em carrapatos coletados de cães parasitologicamente positivos das áreas em que CVL e endémica, demonstra que este artrópode está infectado e pode ter importância epidemiológica, particularmente, dada o grande número de cães positivos e a baixa incidência de infecção natural de flebotomíneos (menos de 1,0%). Esta possibilidade deve ser corroborada com vários casos autóctones do VL em que não é detectada a presença de mosquito-palha .
Referência:
Revista Instituto de Medicina Tropical de São Paulo
Versão de impressão ISSN 0036-4665
Rev. Inst.. Med. tropical Paulo S. vol.56 no. 4 São Paulo julho/agosto de 2014
http://DX.doi.org/10.1590/S0036-46652014000400005
LEISHMANIOSE
PARTICIPAÇÃO DE CARRAPATOS DO CICLO INFECCIOSO DA LEISHMANIOSE VISCERAL CANINA, EM TERESINA, PIAUÍ, BRASIL
...