A Resenha Crítica

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA BAIANO Campus Guanambi

Disciplina: Gestão dos recursos naturais

Docente: Poliana Oliveira

Curso: Engenharia Agronômica

Discente: Rafael Felipe dos Santos

RESENHA CRÍTICA

Temas: A origem das coisas (vídeo no Youtube) e Sistema de gestão ambiental no segmento hoteleiro (artigo).

A princípio é válido refletir sobre o quão rotineiro se tornou a discussão sobre preservar o meio ambiente e seus recursos naturais, porém, é sabido realmente o que é essa ação de preservar? É empírico o significado da palavra, trata-se de conservar, zelar, salvar dentre diversos sinônimos. Mas quando se trata do meio ambiente e seus recursos finitos, será possível dizer que mesmo num mundo onde o consumo é exorbitante e cada vez mais a exploração pela matéria prima se aceleram, há uma real preocupação com o meio ambiente? ou apenas um interesse em conseguir manter a fonte de exploração para saciar o consumismo imposto a sociedade moderna.

Um dos itens mais consumidos atualmente é o smartphone, um objeto indispensável para qualquer pessoa atualmente, se tornou tão essencial que poucos se perguntam os processos que ocorreram até chegar em suas mãos, simplesmente não se imaginam sem eles. Desde os materiais brutos para a confecção do aparelho, até mesmo a embalagem e por fim estar nas prateleiras para serem adquiridos, quantos processos ele passou, quantas pessoas foram envolvidas, quais os países que cada pedaço percorreu, quantos e quais meio ambientes foram explorados e alterados? Essas questões são conduzidas no vídeo de maneira geral para instigar a pergunta: qual a origem das coisas?

O vídeo aborda todo o sistema das coisas em quatro partes ou processos, sendo: extração, produção, distribuição e disposição. Tudo começa na busca por matéria prima, ou seja, exploração dos recursos naturais, pois tudo é feito a partir de algo e sendo assim para o ser humano evoluir é necessário explorar o meio onde ele vive, para fabricar e desenvolver “coisas” para sua sobrevivência e conforto. O processo de produção nada mais é que a transformação do recurso natural em um produto desejado, porém o processo em si pode ser desgastante, oneroso e sobretudo gerar poluentes tóxicos para toda biosfera. No avanço da industrialização as fábricas se potencializaram e aperfeiçoaram a linha de produção, mas ao mesmo tempo o impacto ambiental subiu exponencialmente e hoje é uma das principais fontes de poluição do planeta. Após produzir, existe uma linha tênue entre distribuição e disposição (produto na prateleira), pois é determinado pela demanda, e quem determina isso em tese é o consumidor, ou seja, para a empresa produzir precisa ter procura e para tal precisa ter necessidade daquilo, a lógica parece bastante simples, porém há uma ordem consumista induzida pelas grandes corporações onde o status social do indivíduo é medido pelo quanto consume, desta maneira o termo “consumir por necessidade” acaba por ficar perdido, na sociedade moderna ,e sobremaneira os estadunidenses, segue o lema de consumir por consumir, pelo desejo de ter cada vez mais, como é apontado no vídeo.

O vídeo aborda essa questão mais palpável das coisas, já o artigo aponta o lado corporativo, de como um empreendimento que oferece serviços (hotelaria nesse caso) podem gerar impactos ambientais. De maneira geral o simples fato da construção de um hotel já impacta todo o meio ambiente ali, sendo que, já deste ponto o empreendimento deve ser acompanhado por gestores capacitados em gerir da melhor forma os recursos naturais. Porém edifícios já em funcionamento, devem se preocupar da mesma forma com o impacto e gastos dos recursos naturais que ele utiliza, pois atualmente há tecnologias e práticas para mitigação de diversas irregularidades no âmbito de impacto ambiental, sobretudo leis que sustentam isto.

O artigo aborda a necessidade dos hotéis em se preocuparem com a gestão ambiental dentro de seus espaços e até onde os impactos de suas ações alcançam. Baseado na ISO 14001, é discutido a melhor forma de adaptabilidade e como a rede hoteleira pode desenvolver dentro de sua gerencia um espaço para o Sistema de Gestão Ambiental (SGA), que é uma forma de organizar ações e recursos para que a empresa tenha suas atividades desenvolvidas de maneira ecologicamente correta. O maior desafio é apontado como conseguir mudar a visão de empresários do ramo que estão enrijecidos dentro de pensamentos ultrapassados, onde veem o SGA como um gasto sem grande retorno, mas para quem tem visão de futuro consegue perceber que as vantagens vão além de diminuir os impactos ambientais, mas conseguem evitar multas e punições perante a lei com algum dano ambiental e ainda preservam aquilo que tem se tornado um dos maiores apelos de marketing para o ramo do turismo, a natureza e o ecologicamente correto.  

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