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ANÁLISE DO EFEITO RESIDUAL DE HERBICIDAS NAS CULTURAS DE MILHO E PEPINO EM SUCESSÃO AO TOMATEIRO

Por:   •  30/9/2018  •  Monografia  •  1.847 Palavras (8 Páginas)  •  374 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE

ESCOLA DE ENGENHARIA

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE BIOSSISTEMAS

I) ANÁLISE DO EFEITO RESIDUAL DE HERBICIDAS NAS CULTURAS DE MILHO E PEPINO EM SUCESSÃO AO TOMATEIRO

Eng. Agri. Ramonn Diego Barros de Almeida

Orientadora: Dra. Cristina Moll Hüther

Niterói

Agosto/2018

II) RESUMO

 A agricultura é uma das principais bases da economia brasileira. O cultivo do tomate faz parte das três olericulturas mais produzidas no Brasil, inclusive pelo estado do Rio de Janeiro. A lavoura do tomateiro demanda mão-de-obra especializada devido ao fato da vulnerabilidade aos agentes invasores, como as plantas daninhas. Essas plantas geram uma competição levando uma redução na qualidade e/ou da quantidade dos frutos. Este tipo de matocompetição é usualmente eliminado através da aplicação de agrotóxicos, que tem como destino final o solo. Estes agentes químicos podem ter efeito residual no solo e, dessa forma, podem causar uma fitotoxidade em culturas que serão plantadas posteriormente. O presente trabalho tem como objetivo avaliar o efeito residual dos herbicidas metribuzin e haloxyfop em culturas de milho e pepino em sucessão ao tomateiro. Os experimentos serão realizados em casa de vegetação, na cidade de Niterói (campus Gragoatá). O delineamento experimental será constituído de forma fatorial (2x5x2) inteiramente casualizado, sendo o fator A o tipo de herbicida, fator B as doses para cada tipo de herbicida e fator C os tipos de plantas sucessionais.  Espera-se verificar o nível de dano causado pelos herbicidas metribuzin e haloxyfop nas culturas de milho e pepino. Determinar a dose que mais causa injúrias as culturas sucessoras do tomateiro.  Contribuir para um manejo adequado dos agentes químicos nas culturas do tomateiro e, dessa forma, minimizar o efeito carryover na rotação entre as culturas sucessionais ao tomateiro. Divulgar os resultados obtidos através da publicação de artigos, apresentação em congressos e seminários.

Palavras chave: fitointoxicação, herbicidas, carryover.

III) INTRODUÇÃO

A produção do tomate tem destaque mundial, sendo uma das olericulturas mais importante do mundo, tanto na área cultivada como no seu valor comercial. Em termos de produtividade, a cultura do tomateiro possui relevância significativa para o mercado agrícola no Estado do Rio de Janeiro (CARVALHO et al, 2014). Os frutos podem ser destinados ao consumo de mesa (in natura), envolvendo principalmente a agricultura familiar, como na produção de frutos destinados à industrialização, com predomínio de grandes áreas plantadas.

A lavoura do tomateiro é conhecida por demandar diversas técnicas de cultivo e por ser alvo de várias pragas e doenças, necessitando no seu trato de mão de obra qualificada. Um dos problemas que podem ser encontrados são a presença das plantas daninhas, elas infestam a plantação e geram uma competição interespecífica, que leva a uma redução quantitativa e/ou qualitativa da produção (ROZANSKI; COSTA, 2004). Na maioria dos cenários de matoinfestação é comum o uso dos herbicidas para que ocorra a erradicação das ervas daninhas (DURIGAN, 1983).  O controle químico é o mais procurado pelos produtores agrícolas devido a economia com os custos de mão-de-obra, a eficiência no combate as plantas daninhas e a possível execução em períodos de chuvas, uma vez que o controle mecânico é impraticável nesta época (GONÇALVES et al., 2009).

Os herbicidas são classificados de acordo com o grupo químico e o seu mecanismo de ação (ROMAN, BECKIE, et al, 2007).  Eles possuem locais específicos para poderem agir, geralmente inibem a atividade de uma enzima e/ou proteína na célula e, dessa forma, não permitem que ela permaneça viva, matando ou inibindo o desenvolvimento das plantas, como também, inibem a realização da fotossíntese através do bloqueio do transporte de elétrons (VIDAL, 1997). Os herbicidas mais utilizados na cultura do tomateiro são metribuzin e haloxyfop, mesmo não sendo indicados como defensivos para o cultivo.

O solo é o destino final dos herbicidas, não tendo importância a forma com a qual são aplicados, diretamente no solo ou pulverizado nas folhas (MANCUSO et al., 2011). Com objetivo de diminuir os impactos ambientais causados pela agricultura no meio ambiente, alguns países têm investido em pesquisas relacionadas ao comportamento desses agrotóxicos no solo, no entanto, pouco se sabe quais serão as consequências do efeito residual em solos tropicais.

 Segundo Mancuso et al., (2011), à escolha de qual herbicida utilizar, por alguns produtores, não é feita baseada nas indicações pré-estabelecidas no mercado e também deixam de considerar características inerente ao local, como o tipo de solo, clima, temperatura, o cultivar e até mesmo o sistema rotacional utilizado. Por consequência, é observado em diversos cultivos a intoxicação das plantas, causadas pelos herbicidas aplicados durante o ciclo da cultura, bem como também, por aqueles que foram utilizados em culturas antecessoras e que possuem efeito residual no solo (MONQUERO et al., 2013).

IV) OBJETIVO

Analisar o efeito residual dos herbicidas metribuzin e haloxyfop em culturas de milho e pepino em sucessão ao tomateiro. 

V) MATERIAL E MÉTODOS

Condução dos experimentos

Os experimentos serão conduzidos em casa de vegetação, em Niterói (campus Gragoatá, UFF), Rio de Janeiro, utilizando-se amostra de um solo Latossolo Vermelho Amarelo. As sementes do tomateiro, da variedade Débora®, serão semeadas em bandejas de isopor para mudas e após 20 dias da germinação, serão transferidas para vasos de oito litros cada. A irrigação será realizada mantendo a capacidade de campo.

O delineamento experimental será fatorial (2x5x2) inteiramente casualizado, sendo o fator A   tipo de herbicida, fator B doses do herbicida e o fator C plantas sucessionais (milho e pepino), dessa forma, teremos vinte tratamentos e cinco repetições.

Os herbicidas utilizados serão metribuzin e haloxyfop devido ao fato de possivelmente serem os mais utilizados por agricultores que produzem tomates e as aplicações serão realizadas no estádio vegetativo do tomateiro.  Em cinquenta vasos cada, serão aplicadas cinco doses, equidistantes entre elas (testemunha, meia dose, uma dose inteira, uma dose e meia e o dobro da dose indicada) por agente químico, resultando em amostras com dez vasos por dose aplicada e para cada tipo de herbicida. O tomateiro será mantido até o final de seu ciclo e após o termino será realizado a transferência das mudas de pepino (variedade China®) e milho (variedade Cativerde 02®), que serão semeadas em bandejas de isopor para mudas e após 20 dias da germinação serão mudados para o mesmo solo em que foi aplicado os herbicidas, utilizando cinco vasos para cada cultura em sucessão por dose aplicada e para cada tipo de herbicida.

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