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O problema do conhecimento especializado e o seu efeito emburrecedor na cultura contemporânea

Por:   •  19/9/2018  •  Projeto de pesquisa  •  422 Palavras (2 Páginas)  •  290 Visualizações

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Problemas da cultura contemporânea numa perspectiva Inter (ou multi) disciplinar.

Na contemporaneidade o problema do conhecimento tecnicista e especializado se tornou generalizado. Essa é uma questão recorrente em todo o sistema educacional, onde cada vez mais o conhecimento é transmitido de forma parcial, fragmentado. Com isso, o indivíduo não é capaz de fazer relação direta desses conhecimentos com seu cotidiano. Este problema como concepção educacional é um produto histórico, decorrente da expansão das atividades industriais e da necessidade de subordinação dos objetivos educacionais aos objetivos da produção. Mas em uma perspectiva interdisciplinar as novas gerações são interativas, dialógicas, e portam uma nova racionalidade cognitiva em que o aprender se faz descentrado e difuso. São gerações competentes para acessar e processar um conjunto simultâneo de informações, conhecimentos e experiências.

A dependência da educação aos parâmetros e às necessidades da Revolução Industrial implicou, principalmente, nos Estados Unidos, no início de século XX, em pensar a escola como luz da organização fabril. Assim, segundo (SILVA, 1999), as primeiras elaborações teóricas sobre currículo foram no sentido de estabelecer nexos práticos entre a educação escolar e a produção do mercado de trabalho. A escola deveria ser produtiva, racional e organizada e formar indivíduos capazes de se engajar rápida e eficientemente no mercado de trabalho. Para tanto, à imagem da empresa, a escola deveria apresentar uma produtividade eficiente e eficaz. Essa eficiência do ensino está vinculada ao aprendizado das habilidades necessárias ao mercado de trabalho. Portanto, as crianças deveriam ser treinadas para adquirir essas habilidades exigidas ao exercício das ocupações do mercado de trabalho. Organizada a partir deste paradigma, a instituição escolar reproduz no seu cotidiano um trabalho fragmentado, disciplinar, com tempos pré-estabelecidos em que cada um desempenha suas tarefas isoladamente. As aulas são verticalizadas, reproduzindo-se em expressões e comportamentos ritualizados e automáticos. As práticas repetitivas e sem significados atrofiam a criatividade e colocam educadores e educandos em uma camisa de força face ao dilema adaptação ou exclusão. Desta forma, educadores e educandos são submetidos a uma maratona em que tudo tem que acontecer em determinados dias letivos, como na esteira fabril, produzindo em série, trabalhando com conteúdos isolados, conhecimentos fragmentados, formando uma visão parcial, unilateral do mundo, impedindo o conhecimento e a percepção das relações.

Porém, em uma perspectiva interdisciplinar nega-se completamente a divisão de saberes em áreas específicas e a reprodução do conhecimento fragmentado. Elas encaram o indivíduo como um ser único e globalizado, formando sujeitos críticos que compreendam as informações e as relacionem com os conhecimentos desenvolvidos, assim, permitindo uma visão universal e globalizadora da realidade como totalidade.

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