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O Projeto Hidropônico de Alface

Por:   •  7/11/2021  •  Trabalho acadêmico  •  5.505 Palavras (23 Páginas)  •  246 Visualizações

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AGRICULTURA ORGÂNICA

SOBRENOME, Nome do autor (aluno)[1]

SOBRENOME, Nome do orientador (professor)[2]

RESUMO

A agricultura orgânica é um sistema de gestão da produção que exclui todos os insumos sintéticos, mas depende de métodos agronômicos, biológicos e mecânicos, tais como rotações de culturas, resíduos de colheitas, estrume animal, resíduos orgânicos não agrícolas, que promovem e melhoram a biodiversidade, os ciclos biológicos e a saúde dos agro-ecossistemas. Em 2015, havia 50,9 milhões de hectares de terras agrícolas orgânicas no mundo, sendo que o Brasil possuía 750.000 hectares, com cerca de 12.000 produtores cadastrados no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Esta pesquisa caracteriza-se quantos aos fins como descritiva, com procedimento bibliográfico e documental, e abordagem qualitativa. O objetivo deste trabalho é apresentar as vantagens e desvantagens da agricultura orgânica com enfoque no produtor, considerando aspectos econômicos, ambientais e principalmente de saúde, mostrando que o cultivo orgânico traz melhores resultados nos aspectos em questão.

Palavras-chave: Princípios. Valor Nutricional. Contribuição Social.

  1. 1 INTRODUÇÃO

A agricultura orgânica é um sistema integrado de gestão da produção que promove e melhora a saúde do agro-ecossistema, incluindo a biodiversidade, os ciclos biológicos e a atividade biológica do solo. Ela dá preferência ao uso de práticas de gestão de insumos de não agrícolas, considerando que as condições regionais necessitam de sistemas adaptados à realidade local. Para isto, são utilizados, na medida do possível, os métodos de cultura, biológica e mecânica, em vez de materiais sintéticos, para desempenhar qualquer função específica dentro do sistema (FAO).

O Decreto nº. 6.323, de 27 de dezembro de 2007, que regulamenta a Lei nº. 10.831, de 23 de dezembro de 2003, que dispõe sobre a agricultura orgânica e dá outras providências, define no inciso XVII artigo 2º o Sistema Orgânico de Produção Agropecuária de maneira muito similar à FAO, mas acrescenta:

[...] aquele em que se adotam técnicas específicas, mediante a otimização do uso dos recursos naturais e socioeconômicos disponíveis e o respeito à integridade cultural das comunidades rurais, tendo por objetivo a sustentabilidade econômica e ecológica, a maximização dos benefícios sociais, a minimização da dependência de energia não-renovável [...] (BRASIL, 2007, p. 2)

De acordo com o último levantamento do Forschungsinstitut für biologischen Landbau (FiBL) sobre agricultura orgânica certificada em todo o mundo, a partir do final de 2015, dados sobre agricultura orgânica estavam disponíveis em 179 países (WILLER e LERNOUD, 2017).

Em 2015, havia 50,9 milhões de hectares de terras agrícolas orgânicas. As regiões com as maiores áreas de terras agrícolas orgânicas são a Oceania (22,8 milhões de hectares, que é quase 45% da terra agrícola orgânica do mundo) e a Europa (12,7 milhões de hectares, 25%). A América Latina tem 6,7 milhões de hectares (13%), seguida da Ásia (4 milhões de hectares, 8%), América do Norte (3 milhões de hectares, 6%) e África (1,7 milhões de hectares, 3%). Os países com mais terra agrícola orgânica são Austrália (22,7 milhões de hectares), Argentina (3,1 milhões de hectares) e Estados Unidos (2 milhões de hectares) (WILLER e LERNOUD, 2017).

Atualmente, um por cento da terra agrícola do mundo é orgânico. As maiores quotas orgânicas do total de terras agrícolas, por região, estão na Oceania (5,4%) e na Europa (2,5%). Na União Europeia, 6,2% das terras agrícolas são orgânicas.

Quanto ao número de produtores, em 2015 existia cerca de 2,4 milhões de produtores. Deste total, 35% dos produtores estavam na Ásia, seguidos pela África (30%) e América Latina (19%). Um quarto das terras agrícolas orgânicas do mundo (12,8 milhões de hectares) e mais de 89% (2,1 milhões) dos produtores estavam em países em desenvolvimento e mercados emergentes em 2015 (WILLER e LERNOUD, 2017).

De acordo com o Ministério da Agricultura, o Cadastro Nacional de Produtores Orgânicos inclui 11.650 produtores e a área de produção orgânica total no país cobre quase 750.000 hectares, cerca de 1% da área total cultivada (MEIRELLES, 2016).

O objetivo deste trabalho é apresentar as vantagens e desvantagens da agricultura orgânica com enfoque no produtor, considerando aspectos econômicos, ambientais e principalmente de saúde, mostrando que o cultivo orgânico traz melhores resultados nos aspectos em questão.

Esta pesquisa caracteriza-se quantos aos fins como descritiva com procedimento bibliográfico e documental. Vergara (1997, p.45) conceitua a pesquisa descritiva como: “Uma pesquisa descritiva expõe características de determinada população ou determinado fenômeno. Pode também estabelecer correlações entre variáveis e definir sua natureza. Não tem compromisso de explicar os fenômenos que descreve, embora sirva de base para tal explicação”.

A abordagem será qualitativa, pois, conforme Minayo (1996, p. 21), “[...] trabalha com o universo de significados, motivos, aspirações, crenças, valores e atitudes, o que corresponde a um espaço mais profundo das relações, dos processos e dos fenômenos que não podem ser reduzidos à operacionalização de variáveis”.

O procedimento bibliográfico consiste na busca de material de caráter acadêmico que tenha sido publicado em relação ao tema, para que se possa delinear uma nova abordagem sobre o assunto, chegando a conclusões que possam servir de embasamento para a pesquisa. Pode ser utilizada como fonte de pesquisa qualquer informação publicada (impressa ou eletrônica). O procedimento documental, conforme Gil (2002), tem o objetivo de descrever e comparar dados, características da realidade presente e do passado.

Segundo Cervo e Bervian (1983, p. 79), documento é “toda base de conhecimento fixado materialmente e suscetível de ser utilizado para consulta ou estudo”.

A ferramenta que se utilizou para tratamento do material bibliográfico foi a Análise Documental (ADOC), que permite obter evidências documentais relevantes com o intuito de apoiar e validar fatos declarados em uma pesquisa, especialmente durante a revisão da literatura de investigação. Segundo Pimentel (2001), a ADOC é a uma forma de organizar o material, de modo que a leitura utilize algumas técnicas, tais como: fichamento, levantamento qualitativo e quantitativo de termos e assuntos recorrentes, criação de códigos para facilitar o controle e o manuseio.

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