OTIMIZAÇÃO DO PROCESSO DE COMPOSTAGEM DO RESÍDUO ORGÂNICO GERADO NA INSTITUIÇÃO DE ENSINO PARA APLICAÇÃO DO CHORUME NA AGRICULTURA.

Otimização do processo de compostagem do resíduo orgânico gerado na Instituição de Ensino para aplicação do chorume na agricultura.

Danuza Rodrigues Meire¹; Larissa Trevenzoli Guimarães2; Letícia Ribeiro Costa3; Paloma Sirley Cabral4; Robert Filipe da Silva5; Ronny Souto Soares6; Sarah Vitarelli Percegoni Vidal7; Willian da Costa Roner Júnior8

Christianne Garcia Rodrigues9 (Orientador)

Centro Universitário de Belo Horizonte, Belo Horizonte, MG

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1. Introdução

O aumento no consumo da sociedade brasileira está intrinsecamente associado ao real crescimento econômico apresentado na última década. Devido aos incentivos como redução dos juros, da inflação e da diminuição do desemprego, os indicadores econômicos apresentaram uma significante melhora, o que não sendo diferente, o consumo interno também acompanhou essa tendência (OLIVEIRA, et al. 2008).

Através da modernização dos meios de produção agrícola nos anos 60 e 70, que ficou conhecida como “Revolução Verde”, onde essa modernização está ligada a sistemas mais tecnológicos adotados no campo como automação dos implementos e maquinários agrários e uso de defensivos químicos, dessa forma pode-se assim, consideravelmente aumentar a produção no meio rural, colocando o Brasil como o maior produtor agrícola mundial, conhecido até mesmo como sendo o “celeiro do mundo”. (OLIVEIRA, et al., 2008)

Diante desse cenário de “crescimento da produção X crescimento do consumo”, aumentou-se consideravelmente também a produção de resíduos em geral, na qual sendo que a coleta e a destinação final do lixo produzido, ainda é um grave problema não só no Brasil mas como também mundialmente. A falta de consciência do gerenciamento de resíduos, passa pelas esferas superiores da administração pública e chega até a cidadãos comuns da sociedade brasileira. Mesmo tendo algumas normas e resoluções e com algumas empresas investindo no reaproveitamento dos resíduos produzidos, o gerenciamento dos resíduos no Brasil ainda está longe de ter uma solução viável. Devido à complexidade dos resíduos, a classificação dos mesmos de acordo com a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT, 2004), está relacionada ao processo de geração, de suas características e dos respectivos constituintes, sendo assim a disposição final correta de qualquer resíduo é de extrema importância, pois busca evitar a contaminação dos meios naturais e da saúde pública como em um todo (NETO, 2011).

Entretanto algumas empresas e até mesmo países da Europa como por exemplo a Suíça, já conscientizaram-se da importância que o reaproveitamento de resíduos oferece, da qual em alguns casos, diminuem de modo significativo o uso da matéria-prima, contribuindo para conservação de energia e proteção do meio ambiente, deixando assim de ser algo descartável para figurar-se como sendo uma interessante alternativa econômica e de grande valor agregado (OLIVEIRA, et al. 2008).

Porém o caótico problema, emerge da intrínseca necessidade de fazer uso da prática do reaproveitamento do lixo produzido, onde que através de abordagens técnicas modernas de engenharia faz-se a adoção de um planejamento integrado e estratégico, visando a minimização do impacto causado pelo lixo no meio ambiente bem como seu devido reaproveitamento (OLIVEIRA, et al., 2008).

Mesmo diante de um insosso cenário, a reciclagem vem aos poucos ganhando espaço e gerando uma alternativa de trabalho e renda. Através de um intenso trabalho que abrange simples etapas como acondicionamento, coleta, triagem e etc., no caso, alguns centros urbanos a reciclagem cada vez mais aparece como sendo uma importante fonte de renda e de inclusão social para a sociedade menos favorecida, onde podem de perto notar a importância do reaproveitamento do lixo produzido por toda a sociedade. (OLIVEIRA, et al., 2008).

Os lixos domésticos são basicamente compostos de materiais inertes (vidros, metais, plásticos e etc.) e de resíduos orgânicos (frutas, legumes, gramas, folhas e etc.), sendo que 60% do lixo domiciliar produzido pela sociedade brasileira é constituído de resíduos orgânicos e a forma mais adequada de reaproveitamento desse material, no entanto, é a compostagem, onde todo esse material pode ser tratado e convertido em um adubo que poderá ser revertido ao uso no campo ou até pela própria sociedade em suas residências, inserindo em vasos ornamentais ou até mesmo em hortas domiciliares presente em diversas residências. (NETO, 2011).

1. Referencial Teórico

Na maioria das vezes, como citado acima, a maior parcela do lixo produzido pela sociedade provem de materiais orgânicos, que caracteriza-se sendo um composto basicamente de carbono, hidrogênio e oxigênio, entretanto em uma concepção mais ampla, pode-se caracterizar como sendo um resíduo composto de carbono susceptível a degradação microbiológica (NETO, 2011).  

O controle biodegradável desses resíduos é uma medida necessária a fim de evitar que situações como a produção de gases e líquidos poluem o ar, o solo e nos em casos mais complexos, atraia roedores e proliferação de insetos, resultando numa descontrolada degradação meio e causando danos e desconfortos para a sociedade (NETO, 2011).

Sendo assim, no caso dos resíduos orgânicos, a maneira mais viável de reaproveitamento e por meio da compostagem, sendo essa técnica feita através de um processo aeróbico para a produção de um fertilizante natural, rico em húmus e minerais importantes para o desenvolvimento das plantas. O processo todo é feito por microrganismos através da degradação termofílica, onde a temperatura do composto deve ser controlada dentro de uma faixa de 45 a 65 C. Em seguida ocorre a maturação ou cura, período onde ocorre a humificação da matéria orgânica (NETO, 2011).