PRODUZIR ALIMENTOS SEM DESMATAR
Por: Nívia Thays • 9/11/2020 • Resenha • 941 Palavras (4 Páginas) • 270 Visualizações
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INSTITUTO FEDERAL DE RORAIMA – CAMPUS NOVO PARAÍSO
CURSO BACHARELADO EM AGRONOMIA
NÍVIA THAYS IVO PEREIRA
AGROPECUÁRIA NA AMAZÔNIA: IMPACTOS, DESAFIOS E PRODUÇÃO SUSTENTÁTAVEL. AFINAL... É POSSÍVEL PRODUZIR ALIMENTOS SEM DESMATAR A FLORESTA?
CARACARAÍ – RR
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NÍVIA THAYS IVO PEREIRA
AGROPECUÁRIA NA AMAZÔNIA: IMPACTOS, DESAFIOS E PRODUÇÃO SUSTENTÁTAVEL. AFINAL... É POSSÍVEL PRODUZIR ALIMENTOS SEM DESMATAR A FLORESTA?
Trabalho apresentado à disciplina de Ecologia Geral, como requisito avaliativo. Sob orientação do professor: Andréia Flores.
Turma: 531.
CARACARAÍ – RR
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RESENHA CRÍTICA
O desmatamento na Amazônia brasileira tem aumentado continuamente desde 1991, variando de acordo com as mudanças relacionadas às forças econômicas.
Os impactos do desmatamento incluem a perda de oportunidades para o uso sustentável da floresta, incluindo a produção de mercadorias tradicionais tanto por manejo florestal para madeira como por extração de produtos não-madeireiros. O desmatamento, também, sacrifica a oportunidade de capturar o valor dos serviços ambientais da floresta (FEARNSIDE, 2006).
Na Amazônia já foi desmatada aproximadamente 76 milhões de hectares de floresta, considerada claramente desmatada - uma área equivalente a três vezes o tamanho do Estado de São Paulo. A proposta de sustentabilidade é aumentar a produção agrícola nessas áreas desmatadas (HOMA, 2005).
A agropecuária mundial é capaz de produzir a quantidade de alimentos necessária à plena satisfação das necessidades (ABRAMOVAY, 2010).
Quando se trata de mudanças climáticas, não aumentar o desmatamento é essencial, pois o desmatamento e as queimadas respondem por 75% das emissões de gases de efeito estufa do Brasil. Hoje, o Brasil é o quarto maior emissor do mundo (PINTO, et al., 2010).
Assim como na região amazônica, o desmatamento no Cerrado gerou emissões de gases que contribuem para o aquecimento global. A região do Cerrado também é uma das regiões mais ameaçadas do Brasil, e suas diversas formas vegetais e biodiversidade representam uma pequena proporção do sistema nacional de unidades de conservação (ROQUETTE, 2018)
As políticas necessárias recomendadas pelo estudo incluem: promoção do aumento da produtividade nas áreas cultivadas, estabilização dos preços e ampliação do mercado de produtos responsáveis e sustentáveis, e incentivos às atividades econômicas que podem ser realizadas nas propriedades rurais em áreas florestais, como mineração sustentável e pagamento por serviços ambientais.
A proteção desse bioma não deve ser uma prioridade regional, pois o impacto sobre a Amazônia não é apenas local, mas também continental. Isso porque, com o desmatamento na região amazônica, também muda a forma como chove, o que afetará os rios voadores que causam parte das chuvas no sudeste e sul do Brasil e na América Latina.
A população mundial continua a aumentar e a demanda por alimentos também está aumentando. No entanto, esse tipo de produção deve ser realizado de forma sustentável, de forma a não comprometer a sobrevivência do ser humano, portanto, a inovação tecnológica deve ser realizada para a produção sob a premissa de respeitar as leis e regulamentos ambientais. O Brasil já possui tecnologia eficaz para continuar ou aumentar a produção sem intensificar o desmatamento ou destruir o meio ambiente.
Além disso, já se tem pesquisas científicas que mostram que em áreas onde a biodiversidade é protegida, a produção agrícola é maior, pois em áreas de resíduos florestais, polinizadores e inimigos naturais de doenças agrícolas e insetos-praga podem ser protegidos. Como os serviços do ecossistema são protegidos, isso reduzirá a demanda por pesticidas.
Geralmente é mais lucrativo manter a proteção da floresta amazônica do que aumentar a pecuária e a área agrícola. Isso se deve ao potencial econômico de sua biodiversidade, que permite ao país desenvolver novos medicamentos, alimentos, cosméticos e patentes, aquecendo a economia brasileira e melhorando a qualidade de vida dos residentes no país.
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