Qualidade de grãos de milho armazenado
Por: Junior781 • 24/10/2016 • Trabalho acadêmico • 845 Palavras (4 Páginas) • 440 Visualizações
O artigo “Qualidade de grãos de milho armazenados em diferentes temperaturas” publicado na Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental em 2015, escrito por Ricardo T. Paraginski, Bruno A. Rochenbach, Rodrigo F. dos Santos, Moacir C. Elias e Mauricio de Oliveira, aborda o assunto sobre qualidade de grãos de milho armazenados em diferentes temperaturas.
Paraginski et al (2015), afirmam que a produção brasileira de grãos de milho (Zea mays L.) foi, na safra de 2012/2013, de aproximadamente 81 milhões de toneladas sendo este total de produção utilizado em diferentes setores. No Brasil os grãos de milho são produzidos em dois períodos que depois de colhidos e beneficiados, é necessário armazenar a produção de grãos para atender à necessidade gradativa dos setores de alimentação animal, industrialização ou consumo in natura. Muitas vezes por déficit de armazenamento ou mesmo por falta de informações, os grãos acabam sendo armazenado de forma incorreta, em condições inadequadas, o que acaba comprometendo a qualidade do produto (Paraginski et al 2015).
De acordo com estudos de Paraginski et al (2015), a temperatura é um dos principais fatores que interferem na qualidade de armazenamento de grãos. Com o objetivo de preservar a qualidade do produto por períodos mais elevados e reduzir a deterioração dos grãos as indústrias estão utilizando resfriamento artificial de grãos, esta técnica consiste em refrigerar os grãos armazenados nos silos, através da insuflação de ar refrigerado para o interior do silo, pelo sistema de aeração, até que a massa dos grãos atinja níveis desejados de temperatura, ocorrendo a troca de ar entre o ambiente externo e o interior da massa de grãos. A redução da temperatura dos grãos diminui a velocidade das reações bioquímicas e metabólicas dos grãos, pelas quais reservas armazenadas no tecido de sustentação são desdobradas, transportadas e ressintetizadas no eixo embrionário, conforme estudos de Paraginski et al (2015).
Paraginski et al (2015) consideram que o crescimento da utilização do resfriamento artificial de grãos no Brasil com o objetivo de reduzir as perdas qualitativas nos grãos, a importância dos grãos de milho em diferentes setores agroindustriais e a temperatura como um dos principais fatores que interferem na qualidade de armazenamento objetivou-se avaliar, no estudo, os efeitos das temperaturas de 5, 15, 25 e 35 °C na qualidade tecnológica de grãos de milho ao longo de 12 meses de armazenamento. Para o estudo realizado em 2012 foram utilizado grãos de milho semi duro, milho tipo 1, da região do Rio Grande do Sul, que foram colhidos mecanicamente, beneficiados e secados artificialmente a uma temperatura do ar de 35ºC e com teor de água final de 14%, armazenados em temperaturas de 5, 15,15 e 35ºC, em embalagens de sacos de polietileno em abrigos protegidos de luz, submetidos a expurgo com fosfeto de alumínio (pastilhas de gastoxin), para inibir a interferência de insetos nos grãos. Os sacos foram abertos para os grãos serem aerados simulando o que ocorre nos sistemas de armazenamento a granel, em silos verticais e horizontais.
Segundo Paraginski et al (2015), as avaliações foram realizadas no início, aos 3, 6, 9 e 12 meses, exceto no perfil de ácidos graxos, quando foi realizada avaliação no início e ao final de doze meses de armazenamento. Para confiabilidade das informações a classificação dos grãos foi realizada por classificador oficial de grãos do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento, os defeitos identificados foram ardidos, chochos, imaturos, fermentados, germinados, gessados e mofados. Além dos defeitos foram realizadas outras análises, dentre elas estão, análise de teor de água, peso, germinação, teor de lipídios, ácidos graxos, derivatização, entre outras.
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