A Divisão do Trabalho e Balanceamento de Processo

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Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais Curso de Engenharia de Produção Laboratório Engenharia de Métodos e Processos Relatório Atividade Prática 2 – parte 1 Divisão do Trabalho e Balanceamento de Processo Data: 21/09/2022

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Número do aluno	Nome do aluno
1	IGOR MATHEUS DE ALMEIDA
2	LUCAS CAVALCANTE CHAVES
3	PATRICK HENRIQUE MUNIZ DE SOUZA
4	PEDRO RESENDE DE ALMEIDA
5	THIAGO CANTON GONÇALVES
6	VITOR HUGO FERREIRA HOMEM

Contextualização e Referencial Teórico

Quando uma empresa necessita aumentar a capacidade produtiva de um processo, algumas alternativas podem ser consideradas:

• Divisão do trabalho: esta alternativa consiste em dividir as atividades do processo para mais de um operador e em estruturar uma maior quantidade de postos de trabalho de acordo com a parte do trabalho que será realizado.
• Duplicação de postos de trabalho: neste caso, considerando que não haveria a divisão do trabalho, seria necessário investir em uma nova estrutura produtiva.

Estas alternativas podem ser implementadas individualmente ou simultaneamente, dependendo da necessidade da empresa.  De acordo com Slack (2018), ao dividir o trabalho é importante que as cargas de trabalho de cada operador sejam equilibradas (balanceadas) evitando sobrecargas e ociosidades (Figura 1). [pic 3]

Figura 1: Divisão do trabalho

Fonte: Slack, 2018

O balanceamento de um processo produtivo consiste em um equilíbrio entre os tempos de cada operador pela divisão do trabalho. Ao dividir o trabalho, o ideal seria que os tempos necessários para a realização o conteúdo do trabalho alocado a cada estágio da operação fossem os mesmos, porém, em grande parte dos processos, isso não é possível. O tempo ideal de cada estágio pode ser calculado por:

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Sendo:

Tideal: tempo ideal para cada um dos estágios do processo

n:  quantidade de estágios no processo

T:  tempo de cada elemento que constitui o trabalho a ser realizado no processo

A partir do tempo ideal, identifica-se uma referência para dividir os elementos do trabalho de forma a encontrar tempos que sejam o mais próximo possível desse tempo ideal. Para a divisão do trabalho, é preciso verificar o ponto de corte entre um operador e o seguinte para garantir que os elementos de trabalho podem ser separados naquele ponto.

Exemplos:

1. Divisão do Trabalho correta, considerando o que está sendo realizado em cada elemento do trabalho:

Elemento	Divisão do Trabalho
Pegar a base do apontador	Operador 1
Pegar a lâmina
Posicionar a lâmina em sua sede na base do apontador
Pegar o parafuso	Operador 2
Posicionar o parafuso em sua sede na base do apontador
Pegar a chave Phillips
Aplicar o torque no parafuso
Dispor a chave Philips e o apontador na bancada

Ou seja, o tempo ideal, serve como referência, mas o conteúdo do trabalho é que definirá quais são os pontos de corte entre os operadores do processo.

1. Divisão do Trabalho incorreta, considerando o que está sendo realizado em cada elemento do trabalho:

Elemento	Divisão do Trabalho
Pegar a base do apontador	Operador 1
Pegar a lâmina
Posicionar a lâmina em sua sede na base do apontador
Pegar o parafuso
Posicionar o parafuso em sua sede na base do apontador	Operador 2
Pegar a chave Phillips
Aplicar o torque no parafuso
Dispor a chave Philips e o apontador na bancada

• Não faz sentido o operador 1 pegar o parafuso se ele não irá realizar nenhuma etapa do processamento com este componente.
• Para que o operador 2 possa posicionar o parafuso na base do apontador, inicialmente ele precisa pegá-lo.

O posto de trabalho que apresenta o maior tempo necessário para execução do conteúdo do trabalho que foi alocado a ele é considerado gargalo. O tempo de ciclo que representa o ritmo de produção de um processo é definido pelo tempo do gargalo. Assim, o gargalo de um processo produtivo define e limita a capacidade produtiva.

Após a divisão do trabalho é preciso fazer a contabilização dos tempos necessários para a realização do trabalho alocado para cada um dos operadores do processo. Assim, pode-se calcular os tempos ociosos dos operadores em relação ao gargalo, subtraindo-se o tempo do gargalo do tempo necessário para realização do estágio de produção (considerando todos os elementos alocados para este estágio).

Podemos representar graficamente os tempos de cada etapa alocada a cada operador de acordo com a divisão do trabalho de forma a registrar e facilitar a análise do processo. O eixo x é usado para representar os operadores e o eixo y para representar o tempo. Cada coluna representa o conjunto de atividades que foi alocado a cada um dos 4 operadores do processo. A representação das etapas para montagem da coluna deve seguir o sequenciamento definido no padrão de operação do processo. A Figura 2 apresenta a divisão do trabalho de um processo: