A ERGONOMIA NA ENGENHARIA
Por: Alannysousa • 5/7/2022 • Resenha • 846 Palavras (4 Páginas) • 129 Visualizações
ERGONOMIA
A ergonomia é uma ciência que estuda a adaptação das condições de trabalho humanas ao ser humano. Nesse termo estão sintetizados os conceitos de trabalho e leis naturais. Assim, notamos que o trabalho também teria uma conotação de necessidade humana natural, a qual deveria ser suprida seguindo leis universalmente aceitas. Com esse fim, temos duas vertentes básicas que atuam buscando alcançar os objetivos da ergonomia, que são as escolas anglo-saxônica e a franco-fônica.
A escola anglo-saxônica surge no contexto da Revolução Industrial, embora sua evolução tenha se dado efetivamente em decorrência das demandas por produtividade de material bélico ao longo das Grande Guerras Mundiais. Mesmo ao final desses episódios trágicos da humanidade, o qual causou muitas perdas humanas e materiais, tivemos a percepção de como muitas circunstâncias de trabalham se apresentavam mal dimensionadas. O ser humano era prejudicado em seus resultados pela falta de adaptabilidade entre as tarefas, o homem e as máquinas que ele operava. Assim, a abordagem anglo-saxônica visa compreender melhor as relações físicas do trabalho decorrentes das iterações entre maquinário e ser humano. Logo, postura, foco e repetição se tornaram as principais críticas dos estudos anglo-saxônicos, ou melhor, buscavam seus estudos melhorar a adaptação física nos equipamentos que operacionalizados. Nesse sentido, tomaram padrões medianos de conformação física humana como métricas favoráveis aos estudos realizados.
Por outro lado, a escola franco-fônica, que surge após a Segunda Grande Guerra, criam uma nova maneira de entender a ciência da ergonomia. Nessa vertente, a Análise Ergonômica do Trabalho (AET) é aplicada com o fim de desenvolver novas percepções das tarefas e atividades desenvolvidas no ambiente laboral. Dessa forma, perguntas essenciais sobre a organização do trabalho vidam a esclarecer as reais necessidades e limites humanos no contexto laboral: o que faz, quando faz, por que faz, de maneira faz, quem faz, onde faz, como faz.
Analisando as visões anglo-saxônica e franco-fônica percebemos que são diferentes percepções de um mesmo fenômeno complexo: o trabalho. Dessa forma, pode-se compreender o conceito de ergologia, área de conhecimento que visa o entendimento das relações de trabalho em toda a sua abrangência, a fim de diferenciar o que realmente é vivido nas relações laborais e o que apenas passa pelo campo da percepção pessoal. Nesse sentido, diante da elevada complexidade do ambiente profissional, percebe-se também que a essa complexidade se equipara a própria complexidade do habitat natural do ser humano, quando se considera as cada vez maiores demandas dos intricados sistemas de trabalho. Busca-se nas relações trabalhistas habilidades necessárias em diversos ambientes das relações humanas, tais como habilidades de relacionamento, emocionais, cognitivas, técnicas, intelectuais. Assim, em muito se assemelha ao que percebemos no cotidiano humano, fora do ambiente de trabalho, já que nas relações profissionais o ser humano despende grande parte da sua expectativa de vida, tornando-se um importante ambiente da vida humana.
Ainda entendendo o ambiente de trabalho, a psicodinâmica do trabalho se torna importante para o entendimento da singularidade humana em suas relações com a organização do trabalho. Nesse processo dinâmico ocorre um a subjetivação do ser humano que tem como importante fator a luta contra o sofrimento e a usca pelo prazer. Por isso, inicialmente a disciplina de psicodinâmica do trabalho foi entendida inicialmente como um estudo da psicopatologia no ambiente de trabalho, já que o ser humano buscava em suas relações profissionais se manter saudável psicologicamente e, nesse sentido, apresentava fortes influências da psicanálise. Percebemos, portanto, uma preocupação em manter a existência humana por meio do trabalho sem perder o ser humanos as suas características que o distinguem singularmente.
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