A Etnomatemática

                                                                   FICHAMENTO

ORLANDI; Puccinelli Eni - professora universitária com titulação PhD.
- Discurso e Texto: Formulação e Circulação dos Sentidos. Campinas: Pontes Editores, 2001 (p.73 a 92).

RESUMO

A autora traz as diferentes maneiras pelas quais os sentidos se estabelecem, e a compreensão de que um discurso sobrevém de um texto. Ela mostra que o texto é o meio de levar a mensagem e o discurso é o significado do texto; aborda também como o texto foi diversificando ao longo da história.
De acordo com a leitura feita pela autora podemos compreender que tudo que traz discurso é texto e que estes textos podem trazer uma interdiscursividade, ou seja, que não há discurso uniforme, com uma maneira única de expressar.

.  O texto como unidade significativa

“ Vamos procurar compreender a presença da noção de texto nos estudos de linguagem duas de suas características: a. como unidade e b. como unidade significativa” (p.73)

“ as críticas feitas por autores como P. Kuentz (1981), tem como finalidade avançar a teoria e sobretudo o dispositivo analítico da Análise de Discurso face à necessidade de estabelecer procedimentos na análise do objeto do discurso” (p.73)

“Estamos de acordo com as críticas de Kuentz, partimos mesmo delas, mas o nosso objetivo é re-definir a noção de texto a partir da materialidade do discurso” (p. 74)

. Texto e língua(s)/Discurso:

“O aparecimento do texto como objeto de reflexão , o texto como pretexto das línguas, o texto tornando possível o estudo das línguas, mas também o texto como unidade, o texto como entrada no sentido “(p. 77)

“No modo como penso a Análise do Discurso, esta, ao tomar em consideração o texto como
forma material , manifestação concreta do discurso, torna possível a análise de seu funcionamento” (p. 78)

.Enfim, a Análise de Discurso

“As palavras não significam em si. Elas significam porque têm textualidade, ou seja, porque sua interpretação deriva de um discurso que as sustenta, que as provê de realidade significativa” (p.86)

“O discurso é o lugar de observação do contato entre a língua e a ideologia” (p. 86)

“O texto não pode assim ser visto como unidade fechada pois ele tem relações com outros textos ( existentes, possíveis ou imaginados)” (p.87)

“Por sua historicidade por seu modo de produzir sentidos, podemos dizer que um mesmo texto é atravessado por várias formações discursivas”. (p.88)

“Não é objeto de nosso interesse, nessa perspectiva, a organização do texto. O que interessa é como o texto manifesta concretamente a ordem do discurso com sua materialidade”.(p 88)

. Considerações materiais

“Esta dimensão ambígua da historicidade mostra que o analista não toma o texto como ponto de partida absoluto nem como ponto de chegada. Ele considera como o lugar em que se podem observar os gestos de interpretação dos sujeitos” (p.89)

“Uma vez atingido o processo discursivo que é o que faz o texto significar, o texto, ou textos particulares analisados desaparecem como referências específicas para dar lugar à compreensão de todo um processo discursivo do qual eles – e outros que nem mesmo conhecemos – são parte” (p.89)

“é preciso considerar as posições do sujeito, é regionalização dos sentidos, a projeção histórica, política, sobre linearidade( textualidade) em que funciona abundantemente a ideologia(e o inconsciente)” (p.89)

. Texto/Discurso

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