A Introdução a Engenharia clinica
Por: michelle.beatriz • 4/3/2021 • Resenha • 1.406 Palavras (6 Páginas) • 241 Visualizações
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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
MBA EM Engenharia Biomédica com ênfase em Engenharia clínica
Resenha Crítica de Caso
Michelle Beatriz de Araújo
INTROD. À ENG. BIOMÉDICA E À ENG. CLÍNICA
Prof. GISELE TEIXEIRA SALEIRO
São José, SC.
2020
MATERIALISE: APOIANDO A REVOLUÇÃO DA IMPRESSÃO EM 3D
Referências: Mazen Zein. “A importância do conhecimento sobre radioproteção pelos profissionais de radiologia” imd, 2013, Lousanne, Suíça.
- Introdução
A empresa Materialise foi fundada em 1990 por Wilfried Vancraen. Com sede na Bélgica e filiais por todo o mundo, a Materialise é um dos maiores provedores de serviços de impressão 3D e manufatura aditiva. Acredita-se que o conceito de impressão 3D surgiu no início da década de 80, porém somente em meados dos anos 80 foi possível realizar de fato uma impressão em 3D, este evento pode realizar-se devido à invenção de Chuck Hull, pioneiro nesta tecnologia. Em Materialise: Apoiando a revolução da impressão em 3D, o autor Mazen Zein aborda a questão da impressão em 3D, esta que também pode ser denominada como prototipagem rápida, sendo uma tecnologia de manufatura aditiva na qual um modelo tridimensional é criado através da sobreposição progressiva de um material.
- Desenvolvimento
A Materialise surge em 1990, adquirindo seu primeiro equipamento, em uma época em esta tecnologia estava no seu estágio inicial, tempo este em que os computadores eram “primitivos” e softwares como CAD eram muito avançados, e viriam a surgir anos depois, acompanhados por desenvolvimentos científicos e tecnológicos. Por este motivo algumas invenções “aguardaram” muito tempo para serem desenvolvidas, como por exemplo a Mammoth, descrita como a maior impressora 3D disponível no mercado, essa produzida pela Materialise.
Ao longo do tempo diversos nomes foram atribuídos a esta tecnologia, sendo fabricação aditiva o mais adequado e impressão 3D o mais informal. O processo de impressão 3D se dirige da seguinte forma, através do CAD é possível criar um modelo de um objeto sólido, a partir disto se faz necessário impressoras de partículas que depositam camada por camada de acordo com este modelo digital. Foi somente no ano de 2012, que fabricação aditiva se afirmou no cenário global, como algo revolucionário, capaz de transformar os meios de produção. Era algo de fato revolucionário, pois trouxe consigo diversas vantagens, como por exemplo:
- Prototipagem com alto nível de detalhamento;
- Peças personalizadas e individualizadas;
- Redução de custos, tempo e materiais;
- Ecologicamente sustentável.
Wilfried Vancraen, engenheiro formado em biomédica, iniciou sua vida profissional no instituto de pesquisa na Katholieke Universiteit Leuven (KUL), local este onde eram “analisados investimentos destinados à manufatura integrada por computador (CIM)”. Devido ao seu amplo conhecimento em manufatura, Vancraen acreditava no enorme potencial desta tecnologia, como uma forma de revolucionar a indústria. Wilfried Vancraen foi aconselhado a buscar investidores, uma vez que não possuía capital para dar “vida” ao seu projeto, porém não obteve êxito em encontrar potenciais investidores, estes que achavam interessante a ideia, mas precisariam de um retorno, algo pouco possível pelas limitações da época.
Vancraen descontente com os resultados obtidos, utiliza da sua habilidade no mercado financeiro e cria seu plano de negócios, assim busca ajuda financeira. Com seu fundo familiar e recursos do instituto, empréstimos e parceiro financeiros, ele adquiriu sua máquina de impressão 3D. Como consequência destes eventos surge a Materialise. Uma empresa em seu início, busca seu espaço no mercado, sendo este extremamente competitivo, mas a Materialise possuía algo promissor, uma tecnologia nova, o que é atrativo uma vez que retorna o valor financeiro aplicado, por este motivo a empresa não só conseguiu se manter, também conseguiu crescer. Conquistando seus contratos exclusivos, a empresa volta sua força para o estudo de três áreas importantes, estas são: CAD, fabricação aditiva e imagiologia médica, pilares fundamentais da empresa. Com a empresa em ascensão e seu software competitivo com os presentes no mercado a empresa cria uma linha de softwares e passa a comercializá-los.
O capitalismo é dinâmico, quando uma empresa busca prestar serviços para áreas muito distintas, a qualidade diminui, trazendo consigo um grande prejuízo econômico, uma vez que isto torna-se menos atrativo para potenciais investidores e até mesmo para possíveis contratantes. Isto ocorreu com a Materialise no ano 2000, como diria o ditado popular “atirou para todos os lados” uma pena que não acertou em nada, sucessivos erros levaram a empresa a perda do seu foco. Inteligentemente a empresa foi subdividida em seis unidades de negócio, cada uma com seu foco.
Uma das principais virtudes da empresa desde seu início foi centrar seus esforços em projetos que renderiam maior valor agregado. Um setor rentável era o de odontologia, esta trouxe consigo um crescimento das atividades. Agora a Materialise passa a competir com grandes empresas, neste negócio. A Nobel Biocare empresa dominante deste mercado, copiou o eficiente sistema da Materialise, os gastos desta com processos de violação de sua patente quase a levaram a falência. Descontente com os eventos ocorridos a empresa busca investidores, então o maior nome de produtos odontológicos no mundo a Dentsply, demonstrou interesse no setor odontológico da empresa, para que o negócio poder aconter a Materialise desmembrou a parte odontológica, surgindo assim a Materialise Dental. Então a Dentsply adquiriu 40% da empresa, agora ambas parceiras, o que ocorreu foi uma troca de conhecimento e tecnologia entre ambas as partes.
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