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A PRODUÇÃO TECNOLÓGICA DE RENZO PIANO

Por:   •  18/5/2016  •  Artigo  •  3.119 Palavras (13 Páginas)  •  446 Visualizações

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A PRODUÇÃO TECNOLÓGICA DE RENZO PIANO

Rinaldi, Caroline¹; Pepato, Daniela¹; Fiori, Felipe¹; Martins, Juliane¹; Guedes, Letícia¹; Boscoli, Tatiane¹; Costa, Korina²

1. Discente do curso de Arquitetura e Urbanismo da Unoeste da disciplina de Projetos Contemporâneos

2. Docente do Curso de Arquitetura e Urbanismo da Unoeste da disciplina de Projetos Contemporâneos

RESUMO

A respeito da arquitetura contemporânea, pode-se destacar duas vertentes, o high tech que aborda uma linguagem distinta da arquitetura, onde os arquitetos trabalhando bem próximos a engenheiros, conseguiram por meio das conquistas e avanços da engenharia, produzir um estilo; e a tectônica que segundo Bötticher e Semper “indica não só a probidade material e estrutural de uma obra, mais também uma poética do construir subjacente à prática da arquitetura e das artes afins”. Nas mãos de Renzo Piano ambos se tornam uma estética rebuscada e exagerada, onde a estrutura dos edifícios podia ser excessivamente elaborada por simples capricho do projetista.

Palavras-chave: Renzo Piano, Tectônica, Tecnologia, Aeroporto Internacional de Kansai, Academia de Ciências da Califórnia

INTRODUÇÃO

A arquitetura contemporânea surgiu após os anos 80 e início dos 90 na pós-modernidade, ela se torna na verdade um conjunto de correntes que juntas retomam a arquitetura do passado, fazendo assim uma reinterpretação por meio de releituras, introduzindo assim novos elementos com os demais já existentes. Nesse contexto temos a arquitetura High Tech e a Tectônica, ambas possuem características semelhantes, onde apresentam uma teoria inovadora baseada na tecnologia e na criação pura. Assim as obras começam a ser inéditas e é cada vez mais explorado/valorizado a relação com os materiais e os detalhes, que antes usados como ornamentos, se tornam parte da própria estrutura.

 Essas características são usadas até hoje, sem a necessidade de uma repetição, baseadas na tecnologia influenciaram 4 grandes arquitetos, que foram: Renzo Piano, Norman Foster, Richard Rogers e Jean Nouvell.

A tectônica entra em um contexto de interesse de comunicação, esse termo surgiu após os gregos no século XIX na Alemanha onde se teve três noções para a interpretação da à arquitetura grega: Werkform Kunstform e Tektonik. A noção da Tektonik ou tectônica faria a ligação entre as duas primeiras noções, significando assim a arquitetura na qual ‘as formas obedecem à estática e ao material, e são ao mesmo tempo uma demonstração do seu sistema’. Com base na teoria de Semper a arquitetura se divide em quatro técnicas tradicionais, que são: o têxtil, a cerâmica, a tectônica, e a estereotomia. O termo em geral, se remete a um artesão trabalhando em todos os materiais rígidos e com o passar do tempo esse significado evoluiu à uma noção mais geral de feitura, levando a tectônica como agente primordial na elaboração de um partido arquitetônico. Podemos reconhecer ainda que há uma ruptura entre as origens das artes abstratas e a base construtiva da forma tectônica, sendo libertadora e não apenas mais uma agregação onde entra num estado de conceito de alegorias vanguardistas ou num pastiche histórico. No contexto da arquitetura contemporânea, pode-se destacar 4 arquitetos:

•        Norman Foster - Britânico e vindo de família operária, foi o fundador da Foster & Partners, escritório em que preside até os dias atuais. Reconhecido pelo seu estilo ousado e pela sua preocupação com o meio ambiente, Foster estabeleceu uma reputação internacional com diversas obras, a primeira que realmente impôs sua atenção mundial foi a Sainsbury Centre for Visual Arts, em 1973, que segundo Benévolo (2007, p.138) é “uma peça compacta, colocada sobre um amplo terreno verde “como um isqueiro sobre uma mesa de bilhar””. Como pode-se ver no National Botanic Garden of Wales (1995-2000) e em muitas outras de suas obras, cúpulas e abóbodas envidraçadas em diversos formatos fazem parte de seu repertório arquitetônico, assim como a que fez no Reichstag de Berlim. Outro ponto forte da arquitetura de Foster, que foi a resposta para muitas de suas pesquisas, diz respeito a sustentação em malha triangular, inicialmente executada em Londres, no Swiss Re (1997-2003), em seguida na Greater London Authority (1998-2002), e depois em várias outras obras tanto em Londres quanto no restante do mundo. A partir de seus pressupostos iniciais (liberdade da escolha morfológica, cuidado com a questão ambiental e funcional, e invenção estrutural), pode-se concluir o continuo trabalho de Foster e de sua equipe, que citado por Benévolo (2007, p.154) “formam quase um novo repertório alternativo aos hábitos antigos e recentes”, que resulta em impecáveis acabamentos, sem comparações.

•        Richard Rogers – Nascido em Florença, Rogers como pontua Benévolo (2007, p.154), possui “a facilidade na criação de edificações e a prontidão para adaptá-las aos mais variados contextos”, sendo “baseadas em uma desenvoltura natural na montagem dos elementos construtivos fornecidos pelas tecnologias avançadas”. O arquiteto possui uma extensa gama de escalas projetuais, indo desde pequenas construções até grandes planejamentos, como urbanísticos e territoriais. Em sua parceria com Renzo Piano, venceu o concurso para o Centre Pompidou, de Paris, em 1970, edifício que cristalizou uma corrente de pensamento que marca o renascimento da relação que os arquitetos têm com o sistema de produção, conseguinte projetou o edifício Lloyd´s, em Londres, com um complexo dispositivo de estrutura metálica. Suas obras seguintes, passam por um processo de maior simplificação formal, juntamente com a adequação versátil aos lugares e aos instrumentos; ele renova sua arquitetura principalmente em relação aos materiais e em registros construtivos. Nesse contexto pode-se destacar a Corte Europeia de Justiça, em Estrasburgo (1989-1995). Projetou para diferentes países, incluindo Inglaterra, a exemplo as obras: aeroporto de Heathrow (1989), a Task Force Urban (1998), o Leadenhall Street (2002) ...; na Itália, onde houve fracasso continuo entre os projetos; em Xangai, com o aeroporto de Pudong (2004) ...

•        Renzo Piano – O diferencial de Piano, é o fato dele já ter vindo de origem rigorosamente tecnológica, seguindo seu próprio percurso de formação, totalmente contrário ao ambiente em que se situava, Itália. Não condizente com o contexto em que se encontrava, mudou-se para fora do pais, onde realizou junto com Richard Rogers, seu primeiro grande sucesso, o Centro Pompidou, já citado anteriormente. As obras sucessoras seguem o mesmo padrão, como o museu para coleção De Menil em Houston (1986), o aeroporto de Kansai (1988-1994), a ponte em Ushibuka...obras onde segundo Benévolo (2007, p.170) “a atenção concentra-se, mais do que nas relações com o contexto, no mecanismo das estruturas e dos acabamentos, indagado em todas as suas articulações”. Nos anos 90, juntamente com seus colaboradores, Piano cria a Renzo Piano Building Workshop, que resultou em diversas novas obras, a citar: o Centro Cultural Jean-Marie Tijbauo (1991-1998), o museu Nacional da Ciência de Amsterdã (1992-1997), a Torre KPN, de Roterdã (1997-200) ...Dentre suas obras na Itália podemos citar: a Cidade da Música, em Roma (1994-2002) e a grande sala litúrgica de San Giovanni Rotondo (1991-2004), onde se empenhou em modernizar os métodos construtivos tradicionais juntamente com os matérias. Recentemente, suas obras vão seguindo novas pesquisas, demostrando cada vez mais sua capacidade de aperfeiçoamento.

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