TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

AS DIRETRIZES GERAIS NAS OPERAÇÕES COM PRISÃO DE COLUNA DE PERFURAÇÃO

Por:   •  19/6/2017  •  Projeto de pesquisa  •  3.218 Palavras (13 Páginas)  •  258 Visualizações

Página 1 de 13

DIRETRIZES GERAIS NAS OPERAÇÕES COM PRISÃO DE COLUNA DE PERFURAÇÃO 

  1. OBJETIVO

Descrever os mecanismos que levam a prisão das colunas de perfuração durante as operações em poços de petróleo, apresentar os indícios que possibilitem a identificação dos mecanismos de prisão e propor alternativas para a liberação das colunas, bem como, medidas preventivas para evitar a prisão. As medidas aqui apresentadas são apenas um guia e cada situação deve ser avaliada isoladamente considerando cada aspecto da prisão e experiências prévias de poços semelhantes.

  1. CAMPO DE APLICAÇÃO

Os requisitos descritos neste procedimento são aplicáveis às unidades móveis de perfuração marítimas da Queiroz Galvão Óleo & Gás S.A. Este procedimento deve ser de conhecimento do gerente de unidade de operações, encarregado, sondador, equipe de perfuração, técnico e engenheiro de segurança do trabalho.

  1. TERMOS, DEFINIÇÕES E SIGLAS

BHA (Bottom Hole Assembly): componentes da coluna de perfuração posicionados imediatamente acima da broca. Normalmente consiste de comandos, estabilizadores, válvulas, ferramentas de MWD, LWD e direcionais.

Coluna de Perfuração (Drill string): Toda a coluna de tubos e acessórios até os comandos, embora, dependendo do contexto, se possa também referir essa coluna como incluindo os comandos.

Coluna presa: quando não é possível mover a coluna de perfuração em um dos sentidos ou rotacioná-la, diz que a coluna está presa, ou em outras palavras, a coluna é dita presa quando a força necessária para movê-la excede o limite de dos drill pipes ou do sistema de elevação da sonda.

Comando (Drill Collar): São elementos tubulares fabricados em aço forjado, usinados e que possuem alto peso linear devido à grande espessura de parede. Suas principais funções são fornecer peso sobre a broca e prover rigidez à coluna, permitindo melhor controle da trajetória do poço. A conexão desses elementos é feita por união enroscáveis usinadas diretamente no corpo do tubo. Externamente os comandos podem ser lisos ou espiralados. São normalizados pelo API e sua especificação deve levar em conta as seguintes características: diâmetro externo, diâmetro interno, tipo da união, acabamento externo e a existência ou não de ressalto para o elevador.

Heavy Weight: São elementos tubulares de aço forjado e usinados que têm como função principal promover uma transição de rigidez entre os comandos e os tubos de perfuração, diminuindo a possibilidade de falha por fatiga. As características principais são: maior espessura das paredes, uniões mais resistentes e revestidas de metal duro e reforço central no corpo do tubo revestido de metal duro.

Hookload (carga no gancho): peso suspenso movimentado pelo guincho de perfuração, incluindo o peso do conjunto catariana + top drive.

Set Back: área de estocagem de tubos de perfuração, comandos e heavy weights na posição vertical localizada normalmente no piso de perfuração da plataforma.

Survey: levantamento do desvio do poço feito em intervalos durante a perfuração de um poço. Durante o survey são enviados comandos para as ferramenta downhole (normalmente pulsos de pressão) solicitando o envio das informações.

Tubo de Perfuração (Drill Pipe): São tubos de aço sem costura, tratados internamente com aplicação de resinas para diminuição do desgaste interno e corrosão, possuindo nas suas extremidades as conexões cônicas conhecidas como tool joint, que são soldadas no seu corpo. Na sua especificação são consideradas as seguintes características: diâmetro nominal (diâmetro interno que varia de 2.3/8” a 6.5/8”), peso nominal, tipo de reforço para a soldagem das uniões, tipo ou grau do aço, comprimento nominal (range) e tipos de rosca.

  1. DESCRIÇÃO
  1. Diretrizes Gerais

O controle do poço deve ser sempre prioritário quando se utilizam tampões de diferentes densidades. Em caso de prisão de coluna em uma situação de controle de poço, O CONTROLE DO POÇO É PRIORITÁRIO.

Elementos de coluna com inspeções periódicas dentro da validade e em perfeitas condições são mandatórios e em caso de aplicações severas os elementos da coluna deverão ser inspecionados imediatamente.

Os equipamentos de medição de peso e torque devem possuir calibrações válidas e sua perfeita operacionalidade deve ser verificada antes do inicio de qualquer operação de tentativa de liberação de coluna presa.

Deverão ser de conhecimento da equipe de perfuração e estarem disponíveis em local de fácil acesso as seguintes informações:

- Esquema atualizado do BHA

- Data sheet de todos os elementos que compõe a coluna de perfuração (esforços limites e dimensões)

- Manual de operação do drilling jar (trações e compressões para armar e disparar)

- Peso do BHA abaixo do drilling jar

- Peso livre subindo e descendo na profundidade de prisão

Em caso de utilização de subs deve-se certificar da capacidade e status da inspeção desses componentes.

Nenhuma operação de liberação de coluna deverá ser conduzida sem que se conheça a capacidade de tração e torque de todos os elementos da coluna além de seu status de inspeção.

A capacidade de todos os equipamentos de elevação deve ser compatível à tração aplicada à coluna em todas as tentativas de liberação. Nos casos extremos, especialmente onde colunas de perfuração com capacidade de tração elevada são utilizadas, o limite de carregamento do deck deverá ser avaliado, considerando-se a hookload, o setback e a carga dos tensionadores de riser. O limite de cada unidade está disponível no manual de operação da sonda, que deve ser consultado em caso de dúvida.

...

Baixar como (para membros premium)  txt (22 Kb)   pdf (213.7 Kb)   docx (39.1 Kb)  
Continuar por mais 12 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com