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História da Meor no mundo

- Checoslováquia

No final da década de 50, experimentos nos reservatórios de petróleo da Checoslováquia, apresentaram resultados modestos. As permeabilidades desses reservatórios variavam entre 3000 mD a 8100 mD.

Um aumento de 6% a 12% na produção foi observado durante os seis meses de duração do experimento. Os pesquisadores atribuíram a esse fato, a produção de biosurfactantes pelas bactérias inoculadas. Experimentos utilizando bactérias do gênero Clostridium, que são capazes de amadurecer no óleo e produzir grandes quantidades de gases, apontaram a relação do gás produzido pelas bactérias, com o desprendimento do óleo do interior de arenitos.

 - Romênia

Por volta de 1971, Lazar liderou as pesquisas romenas sobre Meor. No geral, as permeabilidades dos reservatórios eram maiores que 300mD, as temperaturas variavam entre 50°C e 55°C, e o pH dos reservatórios era praticamente neutro.

Os pesquisadores concluíram que as bactérias eram capazes de metabolizar o melaço e migrar pelo reservatório, e simultaneamente, produzir gás, ácidos orgânicos ou minerais, biopolímeros e biosurfactantes. As produções de óleo de dois reservatórios testados, atingiram até 200% de aumento durante os períodos de 1 a 5 anos.

- Hungria

Entre os anos de 1965 e 1972, foram realizados testes de tratamento microbiológico em alguns reservatórios de petróleo, na Hungria.

Os experimentos húngaros em um reservatório com 600 mD a 700 mD, revelaram que as bactérias agiram em uma área de 60.000 m². Utilizando outro reservatório para realizar testes, com permeabilidade variando entre 10 mD a 70 mD, perceberam que não ouve crescimento bacteriológico. O trabalho dos húngaros indicou que a permeabilidade é um dos fatores chaves para o progresso do método Meor.

- Inglaterra

As pesquisas realizadas pelos cientistas britânicos no Mar do Norte, demonstraram que as severas condições dos reservatórios, como: elevada profundidade; espessa lâmina de água e difícil acesso a boca do poço, dificultavam o desenvolvimento microbiológico no interior do reservatório.

Então Moses e Springham, evidenciaram o potencial de aplicação das bactérias anaeróbicas metanogênicas, que poderiam utilizar o óleo cru como fonte de energia em reservatórios com ambientes severos.

- China

Durante dez anos, os chineses pesquisaram a produção de biopolímeros in-situ a partir do crescimento microbiológico em óleo cru.

O cientista chinês Wang, supôs que os biopolímeros produzidos de forma extracelular, poderiam aumentar a viscosidade da água e assim contribuir com a recuperação do óleo residual. Ele concluiu com seus experimentos, que 50% do óleo residual deixado após uma recuperação secundária convencional, foi recuperado após a injeção de biopolímeros (polissacarídeos) no interior do reservatório e que tal operação, poderia ser perigosa devido ao risco de entupimento da zona porosa ao redor do poço injetor.

- Estados Unidos

As pesquisas americanas iniciaram no início da década de 50, com os trabalhos de ZoBell, e mais tarde, por Hitzman. Diversas pesquisas em reservatórios maduros e conferências sobre Meor foram realizadas ao longo dos anos, como a 1ª International Conference on Microbial Enhancement of Oil Recovery, realizada em 1982, Oklahoma.

Vários laboratórios e corporações dos USA se engajaram em desenvolver novas tecnologias sobre Meor. Demonstraram grande interesse na engenharia genética pelo grande potencial de aplicação na seleção e cultivo de bactérias e patentearam uma série de tecnologias e novas descobertas, tornando o país referência mundial sobre estudos do método Meor.

- Canadá

Os estudiosos canadenses, focaram em duas vertentes de pesquisas: produção de gás a partir do óleo cru em condições anaeróbicas; e o uso de biopolímeros para bloqueio seletivo de zonas de alta permeabilidade.

Jack et al. com seus estudos, concluiu que a produção de gás metano a partir da fermentação do óleo cru convencional ou parafínico, é possível, porém a taxa de crescimento bacteriano é bem pequena.

- Outros

Muitos países ao redor do mundo, se dedicaram em contribuir com as pesquisas para otimizar a recuperação de óleo utilizando microrganismos. O grande potencial dos produtos metabólicos produzidos pelas bactérias, atraíram a atenção mundial da comunidade cientifica. Por isso, buscaram associar outros estudos como a engenharia genética e a bioengenharia, para o cruzamento e seleção de espécies promissoras para utilização no método Meor.

Países como: Austrália; Israel; Suíça; Alemanha; Ex União Soviética; entre outros, também contribuíram de forma significativa com o desenvolvimento do Meor.

Os principais objetivos das pesquisas romenas foram:

1. Caracterizar a população bacteriológica das águas das formações de reservatórios candidatos;
2. Selecionar as bactérias que se adaptam as condições de reservatório;
3. Selecionar as bactérias com habilidades de metabolizar o óleo em laboratório;
4.  Teste de campo utilizando bactérias isoladas das águas de formações e bactérias localizadas em usinas de açúcar.

Apenas dois dos sete reservatórios testados, Baicoi e Vata, apresentaram resultados positivos. As produções de óleo destes reservatórios atingiram até 200% de aumento durante os períodos de 1 a 5 anos. Por exemplo, um dos poços do reservatório de Vata produzia 0.2 ton de óleo por dia, após o tratamento microbiológico, começou a produzir 0.6 ton de óleo por dia (Teh Fu Yen, 1990).