Artigo Cultura e Poder

Resenha Crítica

Obra: Gerenciando a diversidade cultural

Autor: Maria Tereza Leme Fleury

GERENCIANDO A DIVERSIDADE CULTURAL: experiências de empresas brasileiras

O artigo explora a diversidade cultural dentro das empresas brasileiras, visto que somos uma sociedade miscigenada com raízes africanas, muito presente nas músicas e religiões. E isso nos torna uma sociedade divida onde o acesso a cargos de alto prestigio serão definidos pelas origens econômicas e raciais.

Contudo os EUA criou uma lei onde empresas que tinham contrato com o governo ou dele recebiam benefícios deveria rever o seu quadro de funcionário com o objetivo de gerar uma diversidade cultural dentro das empresas para possibilitar a todos um ambiente que aumente a realização dos objetivos da empresa. E esse não gerencialmente das diversas culturas poderia levar a sérios conflitos internos entre os grupos, gerando perda de lucro na produção da empresa.

Segundo a autora, gerenciar a diversidade cultural significa reter os melhores talentos no mercado de trabalho, promover a inovação e a criatividade dos funcionários, facilitar a resolução de problemas. Sendo assim o objetivo principal do gerenciamento seria descobrir os melhores talentos dentro de um grupo de minorias, sendo feito a parti de um processo de recrutamento.

Para entender melhor como esse gerenciamento da diversidade funcionava dentro das empresas, a autora faz uma pesquisa em 15 empresas que por meio da mídia divulgam estar desenvolvendo programa para trabalhar a diversidade cultural no seu quadro de funcionário. Das 15 empresas, apenas 6 concordaram em participar da pesquisa e o restante disse que seu programa ainda não estava difundido dentro da empresa. Os dados coletados são apresentados em uma tabela com o numero de funcionários de cada empresa, assim como com a prática utilizada pela empresa para promover a diversidade. E com isso a autora levanta pontos de melhorias importantes para cada empresa conseguir implantar a diversidade dentro do seu quadro de funcionários.

O artigo mostra que algumas empresas subsidiárias de multinacionais norte-americanas no Brasil tentam trazer de suas matrizes, meios para desenvolver a diversidade, o que requer uma adaptação à realidade brasileira, visto que não possuímos uma diversidade muito grande.

A autora tenta mostrar que uma melhor adaptação seria começar aumentando o número de participação feminina no quadro de funcionários, pelo fato da mulher se encontrar disponível em diversas profissões.

Um manual foi elaborado para ajudar as empresas a diversificar os funcionários, e a Alpha Brasil foi a primeira companhia a utilizar o manual, e observou que a administração da diversidade agregava além de novas oportunidades de trabalho valor para as empresas.

Os primeiros passos do manual foram coletar os dados da Alpha e assim foi coletados os dados em termos de raça, origem e sexo e colocados em uma tabela. A autora relata que nenhuma das empresas brasileiras tinha esse tipo de dados dos seus funcionários em documentos.

Após isso, a autora observa que a maioria dos funcionários eram brancos, jovens e nascidos em uma parte nobre da cidade de São Paulo.

Implantar esses programas dentro da empresa é uma forma de desenvolver competências visando a atrair, reter e desenvolver os melhores talentos, sem olhar a origem ou gênero, e, além disso, introduzir métodos para facilitar o trabalho em equipe.