Associação Brasileira Manutenção

GESTÃO DA MANUTENÇÃO – APAI 2015

SITUAÇÃO DA MANUTENÇÃO COM BASE NO DOCUMENTO DA ABRAMAN

BELO HORIZONTE

JULHO - 2015

INTRODUÇÃO

O desenvolvimento da Organização na busca da excelência considera alguns condicionadores organizacionais que, se atendidos, possibilitam desenvolver uma gestão consistente e eficaz para o cumprimento da missão e o alcance da visão de futuro definido pela Direção. Esses condicionantes são a Cultura, a Estratégia, a Estrutura Organizacional, o Modelo de Gestão, a Avaliação do Desempenho e os Referenciais de Excelência (CARVALHO, 2005).

O Documento Nacional da Manutenção  produzido pela ABRAMAN nos permite observar  dados que estabelece de índices,  como a determinação de parâmetros que possam balizar quanto no controle, melhoria e determinação do desempenho da Manutenção no Brasil.  O Documento Nacional é baseado nas respostas do Questionário que é
oferecido às empresas que desejam contribuir e receberem as informações
globais. 

        Em 2013, 145 empresas responderam ao questionário. Os estudos começaram desde 1997, e essa base de dados mostra a evolução dos indicadores.

Existe várias formas de atuação da manutenção: A estrutura centralizada é aquela onde todas as operações são planejadas e dirigidas por um único Departamento, diferente da descentralizada que preconiza a divisão da planta em áreas ou setores produtivos, cada um dos quais fica sob os cuidados de uma equipe de manutenção. 

Pode-se observar que a manutenção centralizada sempre ganhou mais destaque dentro das empresas, não somente pelo fato de que esse tipo de manutenção reduz custos (menos pessoas trabalhando), mas como permite também uniformizar rotinas e garante melhor aproveitamento de pessoal, tanto na manutenção das áreas como nas oficinas. Em caso de menor atividade, o pessoal pode ser aproveitado na execução de reformas de máquinas, produção de peças sobressalentes e outras tarefas. Além de que terá uma supervisão (gerente) com conhecimentos técnicos para orientar os demais funcionários.

Pode-se observar que com o passar dos anos, a manutenção deixou de se subordinar a diretoria e superintendência e focou na gerencia. Isso é inovador, pois um gerente além de planejar e desenvolver estratégias e processos para melhoria na manutenção possui mão de obra mais barata para a empresa.

Analisando os dados da tabela, pode se concluir que o percentual de empresas que possuem manutenção com pessoal próprio é baixo. Isso devido ao fato da existência de concorrência entre as empresas prestadoras de serviço de manutenção possibilitando ofertas de preços competitivos e vantajosos.

Em termos racionais, a decisão de contratar ou terceirizar deve considerar questões técnicas, estratégicas, sociais, econômicas e políticas. Porém, é uma alternativa válida para atingir tais objetivos como redução de área ocupada e disponibilização de equipamentos, melhor atendimento na prestação de serviços de vez que os mesmos passam a ser fornecida por organização especializada, melhor administração do tempo na gestão da atividade.

Aos poucos a tecnologia vem tomando conta das indústrias e maquinários fazem o papel de seres humanos. Esse fato leva a substituição de uma mão de obra qualificada por  serviços rápidos e menos suscetíveis a erros. Com isso o empresário dá preferência a uma mão de obra não qualificada que irá reduzir custos de sua empresa.

O documento apresenta um aumento na rotatividade do pessoal. Surgiu milhões de empregos nos últimos anos, com um incremento médio anual de 1,8 milhão de postos de trabalho. Este resultado, entretanto, é fruto de uma forte movimentação contratual que podemos observar na tabela.

        Em relação a contratação de serviços, destaca-se o aumento da tendência em diminuir a contratação de serviços na manutenção. Nada mais é que um retrato da terceirização que vem ocorrendo.

Sobre os custos, é notável a redução dos gastos com materiais  dedicados a manutenção de máquinas e equipamentos, isso se dá devido ao reaproveitamento de materiais. As empresas ampliam o conhecimento do funcionário fazendo com que ele consiga reaproveitar um maior número de materiais antes perdidos.