Aumento do preço do petroleo

ATIVIDADE ABERTA 04

1. Todos temos acompanhado na mídia as notícias a respeito dos preços do barril do petróleo. No ano passado, os preços caíram de mais de U$ 100 o barril para menos de U$ 50 em algumas semanas. Neste ano, observamos leve recuperação seguida de novas quedas... Mas o que está por trás desta queda de preços? Quais são os players envolvidos neste mercado e que interesses geopolíticos estão envolvidos? Qual o papel da OPEP, U.S. e Rússia neste contexto? Quais serão os impactos na economia mundial?

Juntamente com uma desaceleração da economia mundial e uma alta produção do petróleo de xisto nos EUA, a OPEP, maior produtora de petróleo no mundo, não diminuiu sua produção, fazendo com que o preço do barril caísse no mercado internacional. A Arábia Saudita,

representante mais influente da OPOP, justificou que não diminuiu a produção para que o preço barril tornar-se competitivo em relação ao petróleo de xisto que é mais barato. A Arábia Saudita pode fazer isso, pois o custo de extração do petróleo é por volta de US$ 5,00, sendo menos afetado que outros países que dependem da exportação de petróleo e que tem o custo de extraçã o mais caro como Irã e Rússia. Dessa maneira a OPEP também se “vinga” de sua grande preocupação no Oriente Médio que é o Irã. Com o barril de petróleo a preços

muito baixos o Irã terá dificuldades para sustentar seus programas sociais, perdendo assim apoio popular. A Rússia já vem sofrendo com a desvalorização de sua moeda frente ao dólar e pelas sanções comerciais por causa da guerra com a Ucrânia, com a desvalorização o petróleo terá grandes problemas para manter a situação financeira do país estável. Pode-se considerar que a queda do preço do barril pode ser positiva para os países importadores, mas países como o Japão e o Brasil não só se beneficiarão com isso. O Japão importa todo seu petróleo e contava para que o alto preço do barril gerasse inflação nopaís que passa por um período de deflação. E no Brasil o baixo preço do barril torna a extração do pré-sal inviável dificultando ainda mais a situação da Petrobrás que passa por uma enorme crise interna.