Ciclos termodinâmicos
Por: Lucas Santana • 9/3/2016 • Trabalho acadêmico • 972 Palavras (4 Páginas) • 382 Visualizações
Os ciclos termodinâmicos são etapas realizadas por um sistema com a finalidade de adquirir trabalho ou de realizar trabalho sobre o sistema. Cada motor tem um funcionamento diferente para se obter trabalho do sistema. Por exemplo, o ciclo que funciona no motor a diesel é diferente do ciclo do motor a gasolina ou álcool. Os dois citados são diferentes do ciclo a vapor e estão distante de serem ciclos ideais.
Dentre os ciclos existentes, vamos nos ater aos ciclos de Otto e Diesel.
Ciclo de Otto
Nikolaus August Otto, engenheiro alemão, foi responsável pelo projeto do motor de 4 tempos em 1876. Em 1886 teve sua patente anulada porque alguém já tinha tido a mesma ideia. Otto e mais dois irmãos não se deram por vencidos e fizeram protótipos do motor, onde conquistaram aceitação do mercado, por ter eficiência maior e mais silencioso que os concorrentes. Os primeiros modelos eram movidos a gás e alguns anos depois foram melhorados e passaram a ser de gasolina com admissão de ar.
Basicamente o ciclo é formado de quatro etapas:
→ AB – Processo de compressão adiabática;
→ BC – Processo de Aquecimento Isométrico de Calor;
→ CD – Processo de Expansão Adiabática;
→ DA – Processo de Rejeição Isométrica de Calor;
[pic 1]
O motor de combustão interna, a álcool ou a gasolina, é um exemplo típico do distanciamento entre a prática e a teoria. Dentre os elementos que fazem parte do motor, destacam-se necessários ao funcionamento as válvulas (que controlam a entrada e saída de ar ou produto da explosão), a vela que emite a faísca que dá início à explosão e no interior do motor o virabrequim que controla várias funções do motor como o acionamento das válvulas, a sincronia dos pistões e a transmissão de energia mecânica para a caixa de câmbio.
[pic 2]
Corte lateral e a relação do processo detalhado no ciclo de Otto:
[pic 3]
Funcionamento de um motor tipo Otto
→ 1º Admissão: Nessa etapa a válvula de admissão permite a entrada, na câmara de combustão, de uma mistura de ar e combustível enquanto o pistão se move de forma a aumentar o espaço no interior da câmara.
→ 2º Compressão: Nesta o pistão se move de forma a comprimir a mistura, fazendo seu volume diminuir. Aqui ocorre uma compressão adiabática e em seguida a máquina térmica recebe calor numa transformação isocórica.
→ 3º Explosão: No término da compressão um dispositivo elétrico gera uma centelha que ocasiona a explosão da mistura ocasionando sua expansão.
→ 4º Exaustão: Quando a válvula de saída abre e permite a exaustão do gás queimado na explosão. A expansão adiabática leva a máquina ao próximo estado, onde ela perde calor e retorna ao seu estado inicial, onde o ciclo se reinicia.
[pic 4]
Os motores desse tipo não teem fontes quentes e frias explícitas. A fonte quente resulta do calor gerado na explosão do combustível enquanto a fria da substituição de uma fração do fluido de combustível quente e queimado por outra fria, a ser queimada e explodida.
Ciclo de Diesel
Rudolf Diesel patenteador de um motor à combustão de elevada eficiência, em 1900, demonstrou um motor movido a óleo de amendoim.
Formas de reaproveitamento do óleo de cozinha estão sendo estudadas, para a utilização do óleo combustível para motores movidos a Diesel. O óleo de cozinha auxilia a diminuir a emissão de poluentes em motores diesel, além de melhorar o desempenho dos lubrificantes internos do motor.
Funcionamento de um motor tipo Diesel
O ciclo de diesel é essencialmente caracterizado pela combustão ser causada pela compressão da mistura ar + combustível.
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