Formas Para Concreto Armado

1. Definição:

As fôrmas são estruturas provisórias feitas geralmente de madeira, que servem para dar forma e suporte aos elementos de concreto até sua solidificação. Atualmente também tem sido empregado as fôrmas metálicas ou mistas (combinando madeira com outros materiais como plásticos, papelão e outros)

2. Aspectos gerais:

Desde o início do século XX o concreto armado tem sido aplicado no Brasil. Inicialmente o fator fôrmas era irrelevante para a composição dos custos de uma obra. Atualmente, no entanto, este fator não pode ser desconsiderado, pois em média, 60% das horas gastas para moldar a estrutura são dedicadas às fôrmas; outros 25% para a armação e os 15% restantes para a concretagem. Além disso, com o alto custo da madeira, a necessidade de maior qualidade (controle tecnológico dos materiais), a redução das perdas (materiais e produtividade da mão-de-obra), redução de prazos de entrega (competitividade), etc, é de fundamental importância que o engenheiro atente-se para o dimensionamento das fôrmas e escoramentos provisórios considerando os planos de montagem e desmontagem e o reaproveitamento na mesma obra. Vale salientar que essas estruturas provisórias representam cerca de 6% do custo total de uma edificação.

3. Tipos de formas:

Geralmente as formas são classificadas pelo material e pela maneira como são executadas. As principais classificações para fôrmas são:

a. Convencionais:

Feitas de madeira e indicadas para pequenas obras e detalhes específicos.

b. Moduladas:

Podem ser de Madeira ou mistas, são indicadas para obras repetitivas e edifícios altos.

c. Trepantes:

As formas trepantes são de madeira, metálicas ou mistas. As principais aplicações são para execução de torres barragens e silos.

d. Deslizantes:

Esta classificação divide-se em deslizantes horizontais, utilizadas para Barreiras, defensas e guias, e verticais utilizadas para construir Torres e pilares altos de grande seção. Enquanto as formas deslizantes verticais podem ser de madeira, metálicas ou mistas, as horizontais são de madeira.

4. Características das principais fôrmas:

4.1. Fôrmas de madeira:

Entre as razões pela preferência de utilização dessas fôrmas estão a utilização de mão-de-obra de treinamento relativamente fácil (carpinteiro), o uso de equipamentos e complementos pouco complexos e relativamente baratos (serras manuais e mecânicas, furadeiras, martelos etc.), boa resistência a impactos e ao manuseio (transporte e armazenagem), ser de material reciclável e possível de ser reutilizado e apresentar características físicas e químicas correspondentes com o uso (mínima variação dimensional devido à temperatura, não-tóxica etc.). Entretanto o uso desse tipo de forma possui algumas restrições tais quais ao tipo de obra e condições de uso, como por exemplo: pouca durabilidade, pouca resistência nas ligações e emendas, grandes deformações quando submetida a variações bruscas de umidade, baixa resistência ao fogo, etc. Além disso, para cada tipo de obra existem exigências específicas que determinarão a viabilidade de utilização desse tipo de fôrma.

4.2. Fôrmas metálicas:

São feitas de chapas metálicas de diversas espessuras dependendo das dimensões dos elementos de concreto e dos esforços que deverão resistir. Os painéis metálicos são indicados para a fabricação de elementos de concreto pré-moldados, com as fôrmas permanecendo fixas durante as fases de armação, lançamento, adensamento e cura. Em geral possuem vibradores acoplados nas próprias fôrmas. Nas obras os elementos metálicos mais usados são as escoras e travamentos. Embora exijam maiores investimentos, as vantagens do uso de fôrmas metálicas estão relacionadas com a durabilidade.

4.3. Fôrmas mistas:

Geralmente são compostas de painéis de madeira com travamentos e escoramentos metálicos. As partes metálicas têm longa durabilidade (se bem cuidadas) e as peças de madeira tem sua durabilidade restrita a uma obra em particular ou com algum aproveitamento para outras obras.

5. Execução das fôrmas:

Para a execução de fôrmas na obra alguns cuidados devem ser levados em consideração antes da elaboração das fôrmas, como por exemplo: o recebimento e estocagem das peças brutas de madeira e dos compensados, a existência