Fotografia Brasileira No século XX
Trabalho Escolar: Fotografia Brasileira No século XX. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: mariiolivery • 11/4/2014 • 6.563 Palavras (27 Páginas) • 504 Visualizações
FOTOGRAFIA BRASILEIRA DO SÉCULO XIX/XX.
Por volta de 1860, chega ao Brasil a técnica do colódio úmido (negativo feito sobre placas de vidro sensibilizadas com uma solução química), que melhora a qualidade da matriz, isto é do negativo, e faz proliferar os estúdios de retratistas nas principais cidades brasileiras...
Em 1864, já tínhamos cerca de trinta destes artistas instalados no Rio de Janeiro. Há famosos e obras que ainda se revelam primas. Dentre esses o alemão Revert Henrique Klumb e Joaquim Insley Pacheco.
E por aí seguem os sucessos do novo invento dando forma e cor definitiva à paisagem brasileira, às praças, a elite, em registros que valem por si e pela preservação do tempo no grato registro do documento fotográfico, ainda que os equipamentos de então possam ser considerados rudimentares diante da alta tecnologia e popularização das máquinas hoje dispostas nas esquinas.
Ainda assim, é preciso sensibilidade e mesmo com todos os truques das máquinas moderníssimas, faz-se a fotografia, mas a arte da foto resta preservada a poucas lentes.
E os olhos expressivos, as poses compostas, os detalhes bem demonstrados, as palmeiras em balanço, os monumentos das cidades ou o traço simples do casario modesto, as folhas derrubadas, o lixo aglomerado, o carvoeiro tisnado, o instantâneo para o jornal, o improviso que alcança o incauto e o distraído, a solenidade das festas, as roças, as obras urbanas, os folguedos populares, os deuses e os mitos que assanham multidões, em tudo e por todos os cantos o milagre da fotografia é capaz de desnudar, até o que restar sob as vestes seculares, como o que possa servir de prova e estudos nos laudatórios processos que porfiam entre si em busca da verdade do crime.
E tudo vejo com os olhos que conhecem a floresta e são lavados pela imensidão dos rios de água límpida, bem da cidade do povo manaós, de cuja belle époque a fotografia registrou mitos, lendas, paragens, orgias e misérias.
Pelo rincão do norte não faltaram o gênio e a criação, e a mesma arte fez-se nas matas, seringais, cidades, saraus e mundanismo, pelos anos 1900, pouco antes e além depois, em falas que mesclavam alemão, inglês, francês e português dos lusos...
O alemão ALBERT HENSCHEL abre escritório no Recife, em Salvador, no Rio de Janeiro e em São Paulo, tornando-se o primeiro grande empresário da fotografia brasileira no século XIX. Nessa época, destacam-se ainda:
• WALTER HUNNEWELL, que faz a primeira documentação fotográfica da Amazônia
• MARC FERREZ que produz fotos panorâmicas de paisagens brasileiras e
• MILITÃO AUGUSTO DE AZEVEDO, primeiro a retratar sistematicamente a transformação urbana da cidade de São Paulo.
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AUGUST STAHL – Fotógrafo alemão, documenta a implantação da RECIFE AND SÃO FRANCISCO RAILWAY (1858/1859), na província de Pernambuco, a segunda estrada de ferro a ser construída no Brasil.
AUGUST RIEDEL – Em 1868, documenta a viagem do Duque de Saxe (marido da Princesa Leopoldina, filha do Imperador Dom Pedro II) às províncias de Minas Gerais, Bahia e Alagoas. Compõe um álbum com as fotografias então realizadas.
BENJAMIN MULOCK – Documenta na província da Bahia a construção da BAHIA AND SÃO FRANCISCO RAILWAY, a quinta estrada de ferro brasileira.
CONRADO WESSEL (1891-1941) – Engenheiro químico formado em Viena, em 1928, funda na cidade de São Paulo a primeira fábrica de papel fotográfico da América Latina, comprada mais tarde pela Eastman Kodak (1954), quando a empresa norte-americana se instala no Brasil. A atividade de Wessel contribui para a difusão da fotografia no país entre as décadas de 30 e 50.
Cartão-postal em foto P&B e identificação Wessel atrás, que mostra um jaguar (pois tem pontos pretos no interior das rosetas) em um zoológico não identificado... penso que o animal fotografado não deve ser do Zoo de São Paulo porque sua inauguração ocorreu em 1958; provavelmente seja do Zoo da Aclimação que foi fechado em 1939 e tinha uma onça-pintada em seu acervo; a foto pode ser também do primeiro Zoo do Rio de Janeiro (fechado em 1940) ou então do novo Zoo do Rio de Janeiro inaururado em 1945... Adquirido de Fevereiro em 14/06/13 por R$ 20 reais.
GEORGE LAUZINGER – Porto do Rio de Janeiro, 1867. Livro MHN – Banco Safra.
GUILHERME GAENSLY – Foi um fotógrafo suíço protestante, reconhecido internacionalmente que atuou em Salvador, Bahia, desde a década de 1860. Aos 50 anos de idade transferiu-se para São Paulo, onde retratou aspectos da capital paulista entre 1895 e 1925.
De autoria dos pesquisadores da Fundação Patrimônio Histórico da Energia de São Paulo (Rua dos Lavapés, 463 – Cambuci, São Paulo), o livro IMAGENS DE SÃO PAULO: GAENSLY NO ACERVO DA LIGHT (1899-1925), tem o objetivo de realizar um estudo abrangente sobre a vida do fotógrafo. A equipe empreendeu um trabalho de caráter nacional, envolvendo o estudo em vários acervos de São Paulo, Salvador, Rio e Curitiba. A obra traz fotos que versam sobre uma grande variedade de assuntos, como aspectos da paisagem urbana paulistana, das oficinas de bondes, de obras da antiga Light (como instalação de postes, construção de usinas e assentamento de trilhos) e pretende, através desse trabalho, trazer uma contribuição científica à história da fotografia brasileira, recuperando a trajetória pessoal e profissional de Gaensly. Conteúdo Genérico: coleção composta por imagens de vários marcos arquitetônicos da cidade de São Paulo no início do século, tais como: Estação da Luz (Parque da Luz), Monumento do Ipiranga, Rua Direita, Praça da República, Largo de São Bento, Avenida Paulista, Largo do Rosário, Rua São João, Bairro de Santa Cecília e Serra da Cantareira. Feitas em 1911 e doadas ao Arquivo do Estado de São Paulo, em 1980, pelo Sr. Victor Neublum. Nota: O IMS – Instituto Moreira Salles (www.ims.com.br) também possui em acervo muitas fotos de Guilherme Gaensly.
Cartão-postal: Largo de São Bento, São Paulo
Fotografia de Guilherme Gaensly
Reprodução coleção Antônio Marcelino – Funarte (1982)
LOUIS NIEMEYER – Fotógrafo alemão, registra a implantação da Colônia Dona Francisca, na província de Santa
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