Física Experimenta Básica Termodinâmica
Por: Guilherme Almeida • 14/9/2020 • Ensaio • 820 Palavras (4 Páginas) • 190 Visualizações
Física Experimenta Básica – Termodinâmica
Experimento 3: Gases Ideais
Objetivos da Experiência:
Uma certa quantidade de n moles de gás pode ter seu estado atual determinado ao serem especificadas algumas de suas grandezas macroscópicas. São elas:
Temperatura T [k];
Pressão p [Pa];
Volume V [m³]
Um gás é chamado de ideal quando essas grandezas, chamadas de variáveis de estado, se relacionam através da equação (I).
pV=nRT (I)
Sendo n o número de moles e R = 8,3145 J/mol.K, chamada de constante universal do gases. Um gás real pode apresentar comportamento de um gás ideal em condições de baixa temperatura.
O objetivo do presente experimento é avaliar a validade da equação de estado dos gases ideias (I) para uma determinada quantidade de ar.
Parte Experimental e Discussão:
O arranjo do experimento é montado de forma tal que seja possível variar a temperatura, a pressão ou o volume de uma quantidade determinada de gás. Ele é apresentado na Figura 1 e é composto pelos seguintes materiais:
bulbo contendo o gás a ser analisado;
câmara externa ao bulbo, por onde passa um fluxo de água para manter a temperatura do gás no valor desejado;
entrada e saída do fluxo de água;
coluna de mercúrio;
termômetro;
reservatório móvel de mercúrio;
mangueira flexível;
tampa do reservatório de mercúrio;
banho térmico com circulador de água e controlador de temperatura.
Da forma que é montado, o arranjo apresentado permite tanto medir quanto variar a temperatura, pressão ou volume do gás presente no bulbo. Um bulbo contendo um gás é conectado por uma mangueira flexível a um reservatório móvel contendo uma coluna de mercúrio. Esse bulbo é envolvido por um tubo de vidro, conectado por mangueiras a um recipiente que circula água a uma temperatura constante, controlada por um controlador de temperatura. O tubo e o reservatório terão suas alturas medidas com uma trena fixa ao equipamento. Neste experimento será variada apenas a pressão p, movimentando-se o reservatório de mercúrio para cima ou para baixo, mantendo a temperatura constante ao longo do tempo.
Figura 1 – Arranjo do experimento
Inicialmente, a tampa do reservatório de mercúrio é aberta para que seja garantida a pressão atmosférica no sistema. Então, é medida a altura da de mercúrio em (4) e (6). A pressão no tubo de ar pode ser expressa pela expressão:
p=p_0+ρgh (II)
Sendo p0 a pressão atmosférica local, ρ = (13,59 ± 0,01) g/cm³ a densidade do mercúrio, g = (9,78 ± 0,05) m/s² a aceleração da gravidade local e h a diferença de altura entre os níveis do mercúrio em (4) e (6).
A pressão atmosférica não é previamente conhecida e, portanto, é medida apenas a variação (acréscimo ou decréscimo) da pressão do gás, dado por ρgh. Sendo assim, ao se combinar as equações (I) e (II), obtem-se:
ρgh=nRT/V-p_0 (III)
O procedimento consistiu em variar a altura do reservatório de mercúrio em diferentes incrementos, registrando a altura nos pontos (4) e (6), para obter variações de pressão ρgh para diferentes volumes V do tubo. Os valores medidos são apresentados na Tabela 1, sendo hp a altura da coluna de mercúrio e hv a altura da coluna de ar. Nota-se que o volume de ar deve ser acrescido do volume da ponta do bulbo, conforme a Figura 2.
Tabela 1 – Dados medidos
hp (cm) hv (cm)
3,3 ± 0,2 8,9 ± 0,2
6,9 ± 0,2 8,5 ± 0,2
10,5 ± 0,2 8,1 ± 0,2
14,1 ± 0,2 7,7 ± 0,2
17,7 ± 0,2 7,3 ± 0,2
21,3 ± 0,2 6,9 ± 0,2
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