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O Anuário Mineral Brasileiro

Por:   •  28/5/2023  •  Resenha  •  1.555 Palavras (7 Páginas)  •  65 Visualizações

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Universidade de Caxias do Sul

Centro de Ciências Exatas e Tecnologia

Processos Metalúrgicos

Professor Victor Hugo Velazquez Acosta

PANORAMA MUNDIAL DA FUNDIÇÃO

Matheus Cesar

Maurício Zanette

Rafael Machado

Silfarnei Alves da Silva

Horário: 38-39

Caxias do Sul, 17 de março de 2020

1 -FERROS FUNDIDO

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Figura 1 - Produção de Fundidos no Brasil

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Figura 2 - Gráfico da evolução da produção de ferro fundido

Pela figura 1, os dados mais recentes referentes à produção do ferro fundido da ABIFA indicam que a produção em jan/20 é maior em relação à de dez/19, mas ainda menor de que a de jan/19. Podemos observar uma pequena alta em 2019, em relação aos anos de 2017 e 2018, sinalizando um folêgo da crise econômica. Através da Figura 2, complementamos a compreensão do quadro da produção brasileira de ferro fundido, que apresenta um cenário de queda logo após a crise da Europa em 2012, que refletiu no Brasil

e persiste até os dias atuais, ampliada pela crise política interna do país. Mais recentemente, houve uma pequena recuperação em 2019/2020 como mencionado anteriormente.

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Figura 4 - Exportação(t) e ( mil US$ - FOB)

Figura 5 - Exportação Mensal de Fundidos(t)

Verificamos um impacto menor nas exportações brasileiras, já que a crise mundial de 2012 não persistiu tanto quanto a crise interna brasileira. Os países mais importadores -segundo Brasil Mineral(2018) -,como China e EUA, tiveram um papel fundamental nas exportações brasileiras. Houve um decrescimento de aproximadamente 35% entre jan/13 e jan/20, apesar da estabilidade apresentada durante a década, algo que pode ser visto como um reflexo da disputa comercial entre os EUA e a China, e que afeta os preços dos

produtos e o volume das importações/exportações internacionalmente, tornando o futuro das exportações incerto.

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Figura 6 - Produtividade t/h ANO

A produtividade brasileira teve a maior queda (2016) no pico da crise política-econômica do país, porém houve uma recuperação, apresentada no gráfico e também citada pelo Presidente da ABIFA Afonso Gonzaga. Conforme ABIFA(2020):

Tendo em vista os principais índices da economia e as projeções dos principais mercados consumidores de fundidos no país(…)

(...) Afonso Gonzaga, presidente da ABIFA, acredita que o setor tem condições de crescer entre 5,5% e 6% este ano, com a manutenção da capacidade instalada em 4 milhões de toneladas anuais. A projeção da entidade é que a demanda do setor aumentará gradativamente, atingindo 3,2 milhões de toneladas em 2023. Para isso, Gonzaga confia nos desdobramentos da Reforma Previdenciária e Trabalhista brasileira, além da implementação da Reforma Tributária, que, juntas, proporcionarão maior competitividade ao empresariado brasileiro, paralelamente à facilitação da oferta de crédito para investimentos.

2 -AÇOS

De acordo com os dados apresentados pela ABIFA, entre os anos de 2013 a 2019, os produtos fundidos em aço representaram em média 9,3% do desempenho total do período, apresentando maior participação em 2019 com 11,3%. Porém, tal resultado está atrelado principalmente ao recuo do desempenho do país, que na produção de fundidos em geral passou de um volume de mais de 3 milhões de toneladas em 2013, para cerca de 2,3 milhões de toneladas em média nos últimos dois anos do intervalo avaliado.

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Analisando os dois extremos do período analisado, ou seja, os anos de 2013 e 2019, a produção anual de aço no Brasil não apresentou alta significativa - cerca de 10% quando comparamos os números isoladamente, porém, nos idos de 2012 já se produziam valores extremamente próximos aos da produção atual.

Tais números mostram que a produção de aço no Brasil não é considerada uma prioridade de investimentos nacionais, conforme a estagnação do setor.

Com relação a participação vinculada ao mercado externo de itens fundidos em aço, a indústria nacional comercializa cerca de 13% da produção para o exterior, números um pouco melhores do que os apresentados nos idos de 2013, onde a produção era bastante próxima à atual, porém com volume de exportação na casa dos 10%.

Com relação à quantidade de dinheiro arrecadado através de exportações, a quantia caiu de 176 milhões de dólares em 2013 para 96 milhões de dólares em 2019, fator que pode ser explicado pela desvalorização de nossa moeda em relação ao dólar ao longo dos anos.

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Segundo a publicação da modern casting de dez/2019, ano base de 2018, o Brasil ocupa a 7ª posição no que diz respeito ao volume fundido em aços, com uma parcela de 2,1% da produção global do setor. O país com a maior capacidade produtiva foi a China, com uma participação de praticamente 50% da produção mundial.

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3 -NÃO FERROSOS

Com base nos dados da ABIFA, no período entre 2013 a 2019, que medem o desempenho da indústria de fundição do Brasil, a produção de metais não ferrosos representou cerca de 8% da produção total, com pico em 2017, onde os não ferrosos obtiveram participação acima dos 11% na produção nacional. Tal aumento no período foi ocasionado pela maior demanda de produtos baseados em alumínio frente aos outros metais, uma vez que dentre os metais não ferrosos o alumínio é majoritário, assim tendo forte influência nos índices de desempenho de industrialização dos materiais não ferrosos.

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