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O PLANO DE LOGÍSTICA REVERSA

Por:   •  11/4/2022  •  Pesquisas Acadêmicas  •  1.929 Palavras (8 Páginas)  •  110 Visualizações

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PLANO DE LOGÍSTICA REVERSA

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Disciplina: Logística reversa e Economia circular

Turma: PGO_LRECPOSEAD-36_17012022_2


Introdução e contextualização a respeito da empresa e do produto

Mesmo com várias iniciativas, o lixo urbano ainda vem crescendo a cada dia em nosso país e para piorar a maioria são descartados inadequadamente, provocando uma série de danos ao meio ambiente. À medida que o número de habitantes e consumo de produtos vem aumentado, mais desafiador fica administra o problema do lixo. Diante deste quadro surge a logística reversa, pois ela responsabiliza as empresas pelo ciclo de vida dos produtos que fornece, viabilizando um descarte adequado para seus produtos.

O processo de logística reversa compartilha a responsabilidade pelo descarte dos resíduos com os consumidores e com as empresas. Assim as empresas devem participar das etapas de devolução, reciclagem e destinação ambientalmente correta de seus produtos descartados. São três as etapas básicas da logística reversa, que podem acontecer tanto na fase de pós-venda como na fase de pós-consumo. Primeiro o consumidor devolve o item, embalagem ou peça ao comerciante ou a distribuidora; depois o varejista ou distribuidor se encarrega de devolver o resíduo para o fabricante e por fim, o fabricante encaminha os resíduos recolhidos para o reuso, reciclagem ou destinação adequada.

Um dos setores responsáveis por grande parte da geração de lixo é a indústria de confecção têxtil, segundo o relatório fios da moda somente na região central de São Paulo são gerados cerca de 63 toneladas de resíduos têxteis por dia. No Brás estima-se que são descartados 16 caminhões de lixo têxtil em aterros sanitários por dia, o equivalente a 45 toneladas (MODEFICA; FGVces; REGENERATE, 2020).

Vale salientar que produtos têxteis possuem um ciclo de vida e um custo ambiental que precisam de muita atenção. Na figura 1 é possível o ciclo de vida de uma peça de vestuário desde a produção da fibra, sua confecção, uso e fim de vida.

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Figura 1. Ciclo de vida de uma peça de vestuário. Fonte: (MODEFICA; FGVces; REGENERATE, 2020).

No fim de vida, a maioria das peças de roupas são descartadas no lixo comum e acabam indo para aterros sanitários, causando muitos impactos negativos ao meio ambiente. Para se ter uma ideia, o algodão presente na peça ao se decompor emite cerca de 1,5kg de CO2/kg de fibra, agora imagine toneladas destes materiais descartados em aterros sanitários o impacto negativo que não ocasiona em nosso planeta. Por isso, é essencial que as peças de vestuários sejam reutilizadas ou recicladas, assim conseguimos reduzir os poluentes gerados, além de evitar o uso excessivo dos recursos naturais (MODEFICA; FGVces; REGENERATE, 2020).

Neste trabalho será elaborado um plano de logística reversa para uma empresa fictícia que atua no ramo de confecção de jeans. A Moncay Indústria e comércio Ltda é uma empresa de confecção de jeans atua no mercado a mais de 30 anos. Com qualidade e preço justo, a Moncay confecciona peças jeans com modelagens exclusivas e modelos atemporais para homens e mulheres . Localizada no interior de São Paulo, a fábrica Moncay possui capacidade produtiva de 100 mil peças jeans por mês. Seus produtos podem ser encontrados nas lojas B’mars que possuem mais de 30 lojas espalhadas em todo estado de São Paulo.


Propostas para o design ecológico

Para o processo de lavanderia e tinturaria a Moncay conta com um total de: 10 lavadoras na lavanderia/Produção com capacidade de lavagem de até 4.180 kg de peças jeans por dia, 13 lavadora na lavanderia/ Piloto com capacidade de lavagem de até 440 kg de peças jeans por dia (exclusivo para desenvolvimento de peças piloto) e 3 lavadoras no laboratório com capacidade de lavagem de até 6 kg de peças jeans por dia (exclusivo para teste de produtos químicos e peças pilotos). Essas atividades consomem aproximadamente 215 m³ por dia de água.

Atualmente a Moncay trata seus efluentes líquidos em uma estação de tratamento de efluentes, porém esse efluentes tratados são descartado no rio, seguindo todos os padrões estabelecidos pela legislação. Através de um estudo realizado na água tratada, se percebeu a oportunidade de reutilizar essa água tratada como água de reuso no abastecimento fabril. Diante disso, nossa proposta é a criação de um circuito fechado, onde todo efluente líquido gerado nos processos fabris, após serem tratados, sejam encaminhados a reservatórios. Esses reservatórios serão responsável por alimentar todo abastecimento de água da fábrica, deste modo conseguiremos utilizar em todos os processos de lavagem água de reuso.

Ainda na pegada de reduzir o consumo de água nos processos de lavanderia e tinturaria, mais uma proposta para Moncay é a inclusão em sua produção do uso de jeans sustentáveis. O jeans sustentável é fabricado a partir de um algodão que já nasce colorido, esta matéria-prima ecológica reduz significativamente o uso de água em sua fabricação, já que não requer o uso de corantes. O algodão colorido é uma inovação brasileira desenvolvida pela Embrapa em parceria com o Senai, segundo a Embrapa um jeans convencional chega a gastar até 11 litros de água em sua fabricação, com essa nova tecnológica a Moncay conseguirá reduzir em até 90% do uso de água na fabricação de seus jeans (Embrapa, 2019).

Outro ponto de bastante atenção que observamos é o desperdício de matéria-prima na confecção das peças. Visando reduzir as percas de tecido na produção, sugerimos a substituição do modelo atual (corte manual) por máquinas de corte de alta precisão. Existem várias  máquinas de corte no mercado que são equipamentos que permitem ao usuário programar de maneira digital, toda área de tecido a ser preservada, com isso você consegue um melhor aproveitamento do tecido, evitando cortes imprecisos, falhas durante o corte e desperdícios de material.

Estratégias de retorno do produto pós-consumo

A empresa precisa ter consciência que toda peça de jeans comprada, em um certo momento não fará mais parte do guarda roupa de alguém, seja pelo motivo de desgaste ou por estar fora de moda. Pensando nisso, uma das estratégias de retorno pós-consumo é a criação do programa Jeans return, que tem por objetivo oferecer aos clientes uma alternativa para o descarte de seu jeans usado.

O Jeans return funcionaria da seguinte maneira, o cliente vai até umas das mais de 30 lojas B’mars localizadas no estado de São Paulo, leva voluntariamente as peças jeans que não usa mais e deposita em postos de coleta. Serão aceitas quaisquer peças jeans da marca, podendo ser: calças, jaquetas, vestidos, shorts, bermudas, jardineiras, etc. As peças recolhidas serão então encaminhadas novamente para fábrica, onde passarão por um sistema de triagem e classificação.

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