O Paradoxo de Russel
Por: Paulo Lima • 13/6/2022 • Artigo • 310 Palavras (2 Páginas) • 424 Visualizações
Em 1901, Bertrand Russell descobriu o Paradoxo de Russell, que demonstra
uma limitação na Teoria de Conjuntos de Gottlob Frege e Georg Cantor. Russell
provou que nem todos os conjuntos podem conter a si mesmos, pois deixariam de
ser um conjunto. Frege e Cantor afirmavam que todo predicado definia um conjunto,
e Russell comprovou que o predicado “não pertence a si mesmo” era uma exceção
a essa teoria.
Primeiramente, um paradoxo é um argumento que contraria os princípios
básicos e gerais, aparenta falta de nexo ou de lógica, é uma contradição. Na
matemática pode-se dizer que é uma proposição aparentemente coerente, porém
emite falta de nexo, e após uma análise, encontram-se incongruências em sua
estrutura. Já a Teoria de Conjuntos é a área que estuda as relações e
agrupamentos de diferentes elementos.
Ademais, pode-se demonstrar o Paradoxo de Russell por meio de uma
analogia como esta: existe uma norma em determinada empresa, na qual diz que
todos os funcionários que não conhecem as atualizações das Normas
Regulamentadoras (NRs) não podem aprender por si mesmos, devem consultar o
único engenheiro de segurança do trabalho da empresa. Contudo, existe um
problema, o engenheiro é funcionário da empresa e não conhece as atualizações
das NRs. Portanto, há um paradoxo, o engenheiro não pode se atualizar, pois
infringiria a norma da empresa.
A contradição nessa analogia prova que o predicado “não pertence a si
mesmo”, conforme evidenciou Russell, é a contradição da Teoria de Conjuntos, já
que demonstra, com auxílio de um exemplo, o Paradoxo de Russell. De fato, se o
engenheiro de segurança do trabalho se atualizar, então ele não poderá pertencer a
si mesmo, pois está no conjunto do “não pertence a si mesmo”.
Por fim, ao analisar o Paradoxo de Russell percebe-se que mesmo sendo
considerado complexo é possível demonstrá-lo por intermédio de vários métodos,
como o da analogia feita neste texto. Portanto, Bertrand Russell buscou à lógica
para tratar uma problemática da matemática, e recorreu à uma contradição mais
adequada para se opor aos argumentos de Frege e Cantor.
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