O QUE É ÉTICA
Por: Marcelo Júnior • 14/9/2017 • Trabalho acadêmico • 2.274 Palavras (10 Páginas) • 213 Visualizações
Universidade Federal Rural do Semiárido
Marcelo Ferreira Mota Júnior
Ciência e Tecnologia
VALLS, Álvaro L. M. O QUE É ÉTICA. 9. ed. São Paulo: Brasiliense, 2005. (Coleção primeiros passos, 177)
O livro “O que é ética” do autor Álvaro Valls, trata-se da ética, como sendo um estudo que contém aspectos de reflexão, te or científico, filosóficos, teológicos, ações humanas e inclusive, a própria vida do homem possuindo práticas racionais em seu comportamento. Cientificamente falando, apesar do ser humano ser considerado racional, este possui muitos do seus atos irracionais como: problema de liberdade, problema de consciência moral e sobretudo, da lei, entre outros.
Na ética, os problemas teóricos são classificados em problemas gerais e fundamentais. O primeiro, dedica-se a liberdade, consciência, bem, lei e outros. Já o segundo, são os problemas de ética profissional, ética política, ética sexual, etc. Enfatizo que este é um procedimento de cunho didático ou científico, uma vez que, na vida real eles não são separados dessa maneira.
Os assuntos tratados de ética aparece em nossos dia a dia corriqueiramente. Por exemplo, ao subordinar um funcionário, isso devota-se somente num aspecto econômico? Ou existem outros aspectos? No entanto, o ser humano por possuir características irracionais, acata existindo o problema de consciência, ou seja, quando bate o sentimento de culpa, levando-o a pensar o sentimento de culpa.
Na arte, o poder da sedução podendo influenciar o comportamento das pessoas é um problema relacionado com a ética. No mandamento evangélico, o fato de amar os inimigos obrigatoriamente, pode ser também outro problema. Os problemas citados provocam relações com disciplinas teóricas e práticas, mas todos são problemas específicos da ética. É claro que a ética possui função descritiva, partindo-se de estudos já realizados sobre diferente épocas e lugares diferentes.
Vale ressaltar, a sociedade hoje, apresentam diferentes costumes, ideias próprias e sabedoria da sociedade milênios atrás. Em algumas sociedades, como as do antigo Egito, era comum a prática do incesto, sexo entre parentes, por aspectos como alianças político-militares, paz social, questões de honra, da religião, herança como forma de perpetuar a linhagem real, entre outras. Hoje, a maioria das sociedades modernas contém leis sobre o incesto, tornando-o como ilegal.
Ao fazer uma análise mais aprofundada sobre costumes, verificam-se outros, bem como as alianças político-militares, a paz social, as questões de honra, da religião ou de herança. No entanto, quando equiparamos com a atualidade, época marcada pelo capitalismo avançado ou mesmo selvagem, onde a grande maioria se sustenta ou empobrece graças exclusivamente ao seu trabalho pessoal, à sua força de trabalho, independente de linhagem e de herança. No passado, verificou-se que em alguns períodos a pobreza e castidade foram os valores mais altos da escala ético-religiosa. Permitindo assim, a compreensão do homem cristão glorificar cada vez mais o burguês culto, casado, família grande, rico, cultor da vida urbana e social.
Quando referirmos em grandes pensadores que buscavam métodos de esclarecedoras sobre igualdade de gênero humanos, a partir de princípios universais, devemos citar Sócrates e Kant. Sócrates utilizando a técnica de maiêutica, isto é, interrogar o interlocutor até que este chegue por si mesmo à verdade. Também denominado de “fundador da moral”, pois a sua ética não se baseava apenas em leis exteriores e costume do povo e de seus antepassados, mas pela convicção pessoal, alcançada pelo processo de consulta ao seu demônio interior, na tentativa de compreender a justiça das leis.
Por outro lado, Kant procurava a ética de validade universal, apoiando-se na ideia de igualdade fundamental entre homens. Tendo a sua filosofia voltada para o homem, denominada de filosofia transcendental, porque busca encontrar no homem as condições de possibilidade do conhecimento verdadeiro e do agir livre. No centro das questões éticas, aparece o dever, ou obrigação moral, uma necessidade diferente da natural, ou da matemática, pois necessidade para uma liberdade. O dever obriga moralmente a consciência moral livre, a vontade verdadeiramente boa deve agir sempre conforme o dever e por respeito ao dever.
No mundo dos filósofos, outros grandes nomes devem serem citados como Platão, Aristóteles, Santo Agostinho e Santo Tomás de Aquino, Maquiavel e Spinoza, Hegel e Kierkegaard, Marx e Sartre, a cada dia enfrentamos problemas teóricos e práticos, éticos, morais ou de qualquer outra natureza, onde tentamos soluciona-los, baseando-se em ideias, hipóteses ou teorias, com a ajuda daqueles que mais pensaram em sua época, sobre questões do nosso cotidiano.
Na Grécia Antiga, sabe-se que inúmeras ideias, definições e teorias apareceram e estas permanecem até hoje. Sócrates, Platão e Aristóteles, são considerados pelos estudiosos os principais pensadores pela concentração de saber. O pensamento grego surgiu a partir de um estudo feito sobre a natureza do bem moral, buscando assim, o princípio absoluto da conduta. Platão foi um grande discípulo de Sócrates, partindo-se da ideia em que todos os homens buscam a felicidade no centro de preocupações éticas. Ou seja, durante a sua vida, os homens deveriam procurar a ideia mais importante da ideia do Ser e do Bem.
A partir deste Bem superior, o homem precisa buscar descobrir uma proporcionalidade da bens, que o ajudem a chegar ao ser absoluto. Sendo o sábio o ser que assemelhar-se ao Deus, tanto quanto lhe é possível humanamente. Segundo o diálogo das Leis, afirma que "Deus é a medida de todas as coisas". Contendo assim, uma ideia própria de Bem, uma ideia perfeita e subsistente.
Em outra pesquisas feita por Platão, ele verificou um outro quadro geral de virtudes diferentes, são elas: Justiça, prudência ou sabedoria, fortaleza ou valor e temperatura. Assim, o que mais caracteriza a ética platônica é a ideia do Sumo Bem, da vida divina, da equivalência de contemplação filosófica e virtude, e da virtude como ordem a harmonia universal. A maioria de seus escritos tem a forma de diálogos, que são lidos com muito prazer e interesse intelectual e moral. Já o seu discípulo Aristóteles, filósofo da mesma estatura de seu mestre, tem um outro estilo em seus escritos.
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