Obtenção do pó de gesso
Por: Igor Santos • 11/6/2015 • Monografia • 737 Palavras (3 Páginas) • 767 Visualizações
Obtenção do pó de gesso
O gesso é um dos mais antigos materiais de construção fabricados pelo homem. Estima-se que houve emprego de gesso por volta do oitavo milênio antes de cristo, na realização de piso e fabricação de recipientes (Sabattini et. al., 2006, p. [1]).
Atualmente o gesso é utilizado tanto para fabricação de pré-moldados (fundição), tendo como exemplos as peças de decoração, placas de forro, blocos reforçados e chapas de gesso acartonado (dry-wall) quanto para revestimento de paredes e tetos de ambientes internos e secos.
Para que se tenha uma maior compreensão sobre a produção do pó de gesso, se faz necessário o estudo da produção do gesso, de forma breve, assim como sua composição e definição.
O gesso é definido como material pulverulento, constituído predominantemente de hemidratos ou de uma mistura de sulfatos (hemidratos, anidrita ou gipsita), um baixo valor percentual de água livre e substâncias consideradas como impurezas: carbonato de cálcio e de magnésio, argilo-minerais e de sais solúveis.
A matéria-prima para a produção de gesso é a Gipsita (CaSO4.H2O), mineral que apresenta grande abundância na natureza, podendo ser encontrado com granulometria variando entre fina e média, em formas estratificadas ou maciças e com tons claros entre o amarelo e o marrom.
Figura 1 - Variedade de gipsita, utilizada para a produção de gesso β.
[pic 1]
Fonte: (BALTAR, et al. 2005, p[452])
Em âmbito nacional as principais jazidas de gipsita, de acordo com o Departamento Nacional de Produto Mineral (DNPM, 2012), estão localizadas na Bacia Amazônica (Amazonas e Pará); Bacia do Parnaíba (Maranhão e Tocantins); Bacia do Potiguar (Rio Grande do Norte); Bacia Sedimentar do Araripe (Piauí, Ceará e Pernambuco); e Bacia do Recôncavo (Bahia). A Bacia Sedimentar de Araripe é considerada a mais viável economicamente, por se tratar de uma região de melhor acesso e maior disponibilidade de gispsita, o contrário da Bacia Amazônica que descarta a extração de gipsita devido a inviabilidade logística e infraestrutura.
Figura 2 - Frente de lavra de gipsita da Mineração Campo Belo em Araripina-PE
[pic 2]
Fonte: (BALTAR, et al. 2005, p[454])
O processo de produção do gesso, consta das etapas: britagem; moagem; peneiramento; calcinação; pulverização; estabilização; e embalagem (Sabattini et. al., 2004, p. [1]).
O processo de britagem é basicamente a fragmentação de blocos do minério, tornando o minério um material granuloso. Antecedente à britagem, faz-se necessário a seleção manual dos fragmentos. O instrumento mais utilizado para tal processo são os britadores de mandíbula.
Em seguida temos a moagem, aonde é moída a gipsita britada, sendo comumente utilizado moinhos de martelo para esse processo.
Posteriormente ocorre o peneiramento, onde é processada a gipsita moída utilizado peneiras vibratórias a seco. Após esses três processos o produto resultante deve apresentar uma distribuição granulométrica uniforme, a fim de evitar uma desidratação desigual para as partículas de gipsita (BALTAR, et al. 2005, p[454]).
Com a matéria-prima em granulometria uniforme, faz-se a calcinação do minério, que consiste, basicamente, na desidratação térmica do sulfato de cálcio di-hidratado. (SILVA, et. al., 2013, p[9] apud PINHEIROS., 2011).
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