Organização do Trabalho vs Nivel de Consciencia

 DISCIPLINA DE ORGANIZAÇÃO DA PRODUÇÃO

FAE Centro Universitário – Curso de Engenharia de Produção

Prof. José Vicente Bandeira Mello Cordeiro

OS DIFERENTES NÍVEIS DE CONSCIÊNCIA E OS PARÂMETROS DE ORGANIZAÇÃO NO CHÃO DE FÁBRICA:

UM ESTUDO DE CASO

Anderson Kenzo Sato

Bruno Molinari Trica

Luis Eduardo Jimenez

Pedro Villaça Duarte

Raphaela Caprilhone Gugelmin

Uma Corporação é composta de pessoas com diferenças culturais, que devem buscar a sua melhor inter-relação, para que o objetivo comum da Corporação seja atingido. Assim, este trabalho busca correlacionar os diversos parâmetros de organização da produção no chão de fábrica com os diferentes níveis de consciência.

Palavras chave: Diferenças culturais, objetivo comum, parâmetros de organização, níveis de consciência, divisão do trabalho, mecanismos de coordenação.

1. Introdução

Atualmente as empresas têm visto nos programas de melhoria contínua a solução de um problema que vem crescendo e se tornando cada vez mais evidente no cenário econômico, que é a busca por maior competitividade. Neste mesmo cenário, vários autores denotam que a constante mudança se torna a marca registrada deste problema contemporâneo. Portanto fica evidente que a constante melhoria dos processos organizacionais vem ocupando um lugar cada vez mais importante dentro das organizações.

O grande problema nesta nova conduta reside na abordagem a qual as organizações estão acostumadas a operar, geralmente considerando que os processos organizacionais ainda são mecanicistas e não humanos. Esta abordagem muitas vezes de maneira confusa acaba por tornar a melhoria contínua uma ferramenta nas organizações e não a formação de uma nova cultura.

Desta forma, a quebra de paradigma do sistema taylorista/fordista é evidenciada por uma nova abordagem a qual sugere que os fatores humanos devem ser considerados na criação, implementação e manutenção dos programas de melhoria contínua nas organizações.

Por fim, neste presente trabalho, estudaremos sob uma ótica mais profunda, divisão do trabalho, mecanismos de coordenação e níveis de consciência, aplicados à realidade de uma empresa americana do ramo alimentício de grande porte.

1. Revisão bibliográfica

2.1 Níveis de Consciência

Segundo Barret (2003), compreender os níveis de consciência humana tem importantes implicações para os negócios. Segundo ele, as organizações que não apoiam a transformação ou que não proporcionam aos empregados oportunidades para encontrar significado em seu trabalho ou para fazer diferença e ser útil ao mundo, estão limitando severamente seu potencial para o sucesso.

À seguir, de acordo com Lotufo e Rona (2012), apresentaremos os oito níveis de consciência, assim como uma breve explicação de cada um deles:

1. Bege: Arcaico-instintivo. Instinto de sobrevivência: alimento, sexo, água, abrigo, segurança são prioritários. Representa 0,1% da população mundial adulta e possui 0% do poder.
2. Roxo: Busca de harmonia e segurança onde espíritos bons e maus determinam os acontecimentos. Representa 10% da população mundial e possui 1% do poder.
3. Vermelho: Egocêntrico. Busca por poder glória e conquista. Engana e domina aproveitando o máximo. Representa 20% da população do planeta e possui 5% do poder.
4. Azul: Significado, direção e propósito para a vida. É a base das nações antigas. Interpretação literal de leituras sagradas. Representa 40% da população do planeta e possui 30% do poder.
5. Laranja: Apresenta orientação para conquistas e objetivos fora da mentalidade dos outros. Manipula recursos naturais. Enxerga o mundo como uma máquina cujas leis podem ser apreendidas, controladas e manipuladas. Representa 30% da população do planeta e possui 50% do poder.
6. Verde: Sensibilidade, vínculo humano. Pensamento na comunidade, ecologia e no cuidado com a Terra e com a Humanidade. Representa 10% da população e possui 15% do poder.
7. Amarelo: Interativo, sistêmico e ecológico. Flexibilidade e fluidez. O conhecimento e a competência substituem poder e status. Representam 1% da população e possui 5% do poder.
8. Turquesa: Sente a emergência de uma nova espiritualidade. Tem compaixão e harmonia e surgiu há apenas 50 anos com ideias Holísticas. Representa 0,1% da população e possui 1% do poder.

2.2 Divisão do Trabalho

“A especialização produz mais e melhor trabalho com o mesmo esforço.”- Henry  Fayol (1916)

Temos com vantagem na divisão do trabalho a aprendizagem mais eficaz do operador, a automação torna-se mais fácil de ser convertida, com isso também reduzimos o trabalho não produtivo.

Também temos as desvantagens nessa divisão de trabalho, como a monotonia, o dano físico, baixa flexibilidade e baixa robustez.

Ao pensarmos nas abordagens behavioristas, temos nas combinações de tarefas um aumento no numero de atividades separadas e alocadas a um mesmo individuo, com isso vemos que uma forma de enriquecer o trabalho é pensar na altura e ou o carregamento vertical desse trabalho, quando temos um operador com um aumento do numero de tarefas isso promove uma “altura” em seu trabalho , é a inclusão de tarefas extras que promovem a autonomia do operador em seu trabalho(manutenção, set up, planejamento e controle, monitoramento da qualidade).

Pensando na mesma linha de enriquecimento do trabalho, temos o alargamento e o carregamento vertical.

O carregamento vertical são as tarefas citadas acima, enriquecendo o trabalho.

O alargamento vertical nada mas é do que as demais tarefas operacionais designadas ao operador, o alargamento do cargo combina duas ou mais tarefas que eram atribuídas a funcionários diferentes, num cargo só. Todas essas tarefas tem o mesmo nível de responsabilidade, esse sistema aumenta a extensão do cargo, permitindo que os funcionários realizem uma variedade de tarefas.

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